A Folha trouxe no sábado uma entrevista com o escritor argentino Alan Pauls, que decidiu escrever sobre os novos tempos do comportamento humano usando o bom humor. Seu novo livro, A metade fantasma (Companhia das Letras), narra um encontro amoroso inserido numa comparação de percepções do mundo, distintas entre o século XX e o século XXI. O autor refuta classificar o enredo como um conflito de gerações. Na entrevista, defende seu romance como uma convivência entre dois instantes da história em transição. Pauls, conhecido por obras como Trilogia das "histórias" e O passado, conversou com o jornal de Berlim, onde está residindo com suporte de uma bolsa para escritores.
Na mesma edição, a Folha traz análise do novo livro de Elena Ferrante lançado na Itália, I margini e il dettato (Edizioni E/O). O título pode ser traduzido como “as margens e a escrita”. O novo livro da autora reclusa que preserva sua real identidade é uma antologia de textos curtos, alguns bem curtos mesmo. Quase como um desfile de cartas, é possível avançar na leitura e tentar saber mais sobre Ferrante, como se fosse um diário íntimo. O volume tem apenas 160 páginas, mas com a densidade que caracteriza a obra da escritora.
No Valor, a entrevista é com Eric Jorgenson, autor de O almanaque de Naval Ravikant - um guia para a riqueza e a felicidade, publicado nos EUA em 2020 e lançado agora no Brasil pela Intrínseca. O megainvestidor indiano que está no título do livro chegou à América aos nove anos, pobre, junto com sua mãe solteira. Hoje, aos 48, ele tem participação em mais de 200 empresas associadas a algumas das maiores marcas do mundo. O livro fala de sua trajetória, principalmente enquanto foi CEO da startup AngelList, plataforma que conecta investidores a novos negócios. “Os princípios de Ravikant são amplos”, conta Jorgenson. “Mas qualquer um pode encontrar pelo menos uma ideia no livro para mudar algo na vida.”
A escritora chilena Isabel Allende conta em entrevista para o Estadão como a morte de sua mãe influenciou seu novo romance, Violeta (Bertrand). Apresentando na obra um século na vida de Panchita, mulher nascida em 1920, quando a gripe espanhola assustava o mundo, a autora faz sua personagem morrer em 2020, unindo duas pandemias como marcos para discutir as mudanças na vida de todos nesse período. Feminismo, questões de gênero e aquecimento global são questões entrelaçadas numa história com paixões, infidelidades e amor materno, temas caros na obra da chilena. “Depois que minha mãe morreu, muitas pessoas que conheciam o relacionamento profundo que tínhamos sugeriram que eu escrevesse sobre ela, mas não pude fazê-lo, talvez porque estava ainda emocionalmente muito próxima a ela”, disse Isabel na entrevista. “Preferi escrever um romance com uma personagem parecida com a minha mãe e, por meio dela, contar alguns acontecimentos relevantes do século XX.”
Na coluna de Mônica Bergamo, na Folha, ela informa que a editora Sextante deve lançar em março o novo livro de Marie Kondo, guru para quem decide dar uma repaginada na decoração, com duas séries na Netflix. Depois de seu primeiro livro lançado no Brasil, sobre decoração para a casa, que vendeu 400 mil exemplares, Kondo agora adapta seu método de trabalho para escritórios e outros cenários profissionais. O volume é escrito em parceria com o psicólogo Scott Sonesnhei.






