Apanhadão: Livraria Leitura aumenta suas vendas on-line e entra na disputa com a Amazon
PublishNews, Redação, 10/01/2022
E mais: livros de autoras brasileiras viram aposta do streaming; Banca Tatuí é convidada a participar da Este Arte; e o prelo das editoras

A revista Exame informou que a Livraria Leitura, maior rede de livrarias no varejo físico do país, avança na internet e entra na disputa com a Amazon. A loja virtual já responde por cerca de 7% das vendas totais da Leitura e vende mais do que qualquer unidade física da rede. A Leitura voltou a vender pela internet em 2019, pouco antes da pandemia. O desafio, no entanto, é manter rentabilidade frente à política de descontos agressivos da concorrência. “O difícil é ganhar dinheiro no digital. Nossa meta é ir crescendo de forma saudável, no azul. Tem empresas de grande porte que dão muito desconto, vendem praticamente abaixo do custo. Nós não vamos entrar nessa concorrência de crescer com prejuízo”, afirma Marcus Teles, presidente da rede.

A Folha noticiou que os livros de Thalita Rebouças, Paula Pimenta e outros viram aposta do streaming. Crescimento de plataformas na pandemia e paralisação da Ancine impulsionam a adaptação de obras nacionais. É que, se o governo Bolsonaro não distribui aos produtores os recursos públicos para fazer girar a roda do cinema, multinacionais como a Netflix e Amazon assumem a tarefa.

A coluna Painel das Letras, da Folha, noticiou que A palavra que resta (Companhia das Letras), de Stênio Gardel, teve seus direitos de publicação vendidos para a editora italiana Mendel e para a americana New Vessel. Já Apague a luz se for chorar, que Fabiane Guimarães lançou pela Alfaguara, deve ganhar uma adaptação para o cinema nas mãos do produtor e diretor Flávio Tambellini.

A coluna também adiantou o prelo das editoras. A Tusquets, parte da operação da Planeta no Brasil, acaba de comprar os direitos de dois livros do espanhol Pedro Almodóvar que já haviam saído no país há algumas décadas e agora serão editados em conjunto pela primeira vez. O livro reúne Patty Diphusa, compilado das memórias de uma atriz pornô ficcional na fogosa Madri dos anos 1980, e a novela Fogo nas entranhas, sobre um magnata da indústria de absorventes que prepara um libidinoso plano de vingança. O primeiro livro já teve edições pela Martins Fontes e pela Azougue. O segundo saiu pela Dantes no começo do século. A previsão é que o volume saia em agosto. A coluna informou também que a Dublinense vai publicar uma das grandes sensações literárias da França em 2021. Se adaptar, romance de Clara Dupont-Monod, ganhou prêmios como o Goncourt des Lycéens e o Femina e já vendeu impressionantes 250 mil cópias. A Relicário planeja ainda para este semestre uma tradução inédita de Short Talks.

Matéria da Associated Press, reproduzida pelo Estadão adiantou que conto raro de Toni Morrisson, Recitatif vai ser publicado. Texto foi escrito no início dos anos 1980 e revela a habilidade da escritora em fazer experiências com a forma da linguagem.

A Folha noticiou que o escritor brasileiro Jorge Amado foi considerado pela Academia Sueca em 1971 para ganhar o prêmio Nobel de literatura. É isto o que revela um documento recentemente divulgado pela instituição, que só abre os nomes considerados para cada prêmio 50 anos após a ocasião. Naquele ano, o poeta chileno Pablo Neruda foi o vencedor.

O Globo informou que os 100 anos de Saramago chegam com livros infantis, exposição e série com Fábio Porchat. Comemoração do centenário do Nobel português começa com lançamento de duas obras para jovens leitores; festejos se estendem por Portugal, Espanha e Brasil.

A colunista Sonia Racy, do Estadão, noticiou que a Banca Tatuí foi convidada a participar da Este Arte – evento equivalente à SP-Arte ou à Arte-Rio de Punta del Este.

N'O Globo, Ancelmo Gois anunciou que as autoras cariocas Angela Brandão, Ilana Eleá e Lucelena Ferreira lançam, dia 13 agora, o livro Fio de corte, na Travessa de Ipanema. O livro sai pela editora 7Letras e Heloísa Buarque de Hollanda assina a contracapa.

E O Globo também informou que após decisão da Justiça, Sergio Camargo diz que livros da Palmares ficarão expostos em “cercadinho da vergonha”: “À esquerda de quem entra”. Títulos que não poderão ser doados foram recolhidos por presidente da instituição: “Os livros delinquentes ficarão no fundo da biblioteca”, disse ele em seu Twitter.

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[10/01/2022 10:10:00]