
Pelo que consta no aditivo do seu plano de recuperação judicial, aprovado pelos credores em fevereiro de 2021, a varejista contava com esse recurso para quitar parte de suas dívidas e ainda fazer caixa para seguir com a operação.
Essa foi a terceira tentativa de venda desses ativos. Nas duas primeiras vezes, também não houve interessados na compra.
A informação foi confirmada por uma fonte interna da Saraiva que disse também que a empresa “já está trabalhando para propor alternativas ao plano”.
Resultados 2T2021
No último dia 13, a varejista apresentou a seus investidores, os resultados financeiros referentes ao segundo trimestre de 2021.
No período, as receitas brutas da empresa totalizaram R$ 20,4 milhões, perda de 27,1% em relação a igual período de 2020.
A queda foi especialmente sentida no e-commerce, que apresentou baixa de 85% no seu faturamento bruto, caindo de R$ 23,3 milhões, em 2020, para R$ 3,3 milhões, no segundo trimestre de 2021.
No entanto, a empresa ressalta que tem privilegiado o aumento da margem bruta (lucro bruto / receita) em detrimento da receita bruta. Como reflexo dessa estratégia, o lucro bruto ajustado apresentou um ganho de 3,2 p.p. na margem bruta, que passou de 38,0% no 2T20 para 41,2%.
O documento aponta ainda redução de 33,9% na despesa operacional recorrente do segundo trimestre de 2021 em comparação com mesmo intervalo de 2020.
No período, a empresa também conseguiu melhorar o seu Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização). Mesmo ainda no vermelho, esse índice saiu de R$ 30,5 milhões negativos em 2020 para R$ 19,2 milhões negativos em 2021: melhoria de R$ 11,5 milhões.
A empresa informa ainda que migrou a sua operação de e-commerce para o modelo de full-commerce, em que todas as atividades do canal são realizadas diretamente por um parceiro comercial. Na avaliação da administração, isso contribui para uma operação mais rentável e ágil.