
No entanto, Cristiano Santos, gerente da PMC, faz uma observação importante: “Em abril de 2020, foi o maior tombo do índice na série histórica da PMC. Então quando olhamos para essas grandes variações, precisamos lembrar que muitas dessas lojas declararam uma perda muito grande de receita. Por exemplo, se uma loja tinha um faturamento de R$ 100 mil e em abril ela só vendeu 10%, depois, se ela crescer 100%, ela passa de R$10 mil para R$20 mil. Ou seja, o patamar ainda está muito baixo em relação ao cenário que se tinha antes da pandemia”, explica Cristiano.
O setor de Livros, Jornais, Revistas e Papelaria seguiu neste mesmo ritmo e apresentou crescimento de 3,8% entre março e abril. Na comparação anual, o crescimento é de 95,9%. Na avaliação do IBGE, esse resultado reverte o sinal do indicador interanual depois de 14 meses no campo negativo. “[O setor] vem sendo influenciado pela contínua substituição dos produtos impressos pelo meio eletrônico e redução de lojas físicas, movimento intensificado pela pandemia de coronavírus”, descreve o relatório do órgão.
No acumulado do ano, no entanto, o setor que inclui os livros, apresenta queda de 33,9% e de 36,3% nos últimos 12 meses. O IBGE pontua que o indicador acumulado no ano permanece no vermelho desde janeiro de 2020 e no acumulado nos últimos 12 meses tem apresentado resultados negativos desde fevereiro de 2014.