“Tivemos maioria dos votos em todas as classes no quesito valor e no quesito cabeças perdemos por causa de dois votos que foram, segundo as próprias empresas, registrados de maneira contrária àquilo que elas desejavam. Estas duas instituições corrigiram o erro durante a própria assembleia e se manifestaram também nos autos do processo”, explicou Herz.
Inicialmente, 53% dos credores da classe IV votaram contra a aprovação do plano, e antes mesmo da assembleia acabar, dois credores informaram à administradora da RJ o erro ao proferir os votos – o que resultaria na aprovação do plano com 51,11% dos votos, mas o magistrado não aceitou o pedido. Ao Valor, Sacramone disse que permitir a alteração do voto pode se configurar num incentivo para que em outros casos isso aconteça.
Em sua mensagem, Herz afirma ainda que existem várias ações alternativas no judiciário, em instâncias superiores, que serão tomadas para tentarem aprovar o plano apresentado. “Nossa operação está no caminho correto e temos muita confiança com relação ao nosso futuro”. E afirma: “A Cultura não deixará de existir em cinco dias. Se depender da gente, teremos pelo menos mais 70 anos pela frente”.
Também ao Valor, Sergio Herz disse ainda que “prepara a empresa para voltar ao lucro em 2021”. Segundo o executivo, durante a crise a varejista implementou diversas mudanças em seu modelo de negócio. “Estamos muito confiantes de que as com medidas tomadas teremos um futuro muito promissor. Estamos trabalhando para equacionar qualquer pendência e obviamente que abertos a futuras parcerias”, disse ao jornal.