Apanhadão: As repercussões sobre a reoneração do livro proposta pelo governo
PublishNews, Redação, 10/08/2020
E mais: As estratégias das editoras para atravessar a quarentena; o novo secretário nacional de Fomento e Incentivo à Cultura; Livraria da Travessa de Icaraí retoma obras e o prelo das editoras

A coluna Painel S.A, da Folha, falou sobre as estratégias adotadas pelo mercado editorial para atravessar a quarentena. Entre as principais ações, as editoras optaram por reduzir lançamentos e tiragens. Sonia Jardim, presidente do Grupo Editorial Record, diz que a solução foi priorizar obras já conhecidas. Em abril foram só dois lançamentos. Já o número de reedições chegou a 600 no semestre. A Planeta lançou 37 livros entre março e julho deste ano, parte deles só em formato digital. O plano original era apresentar 54 novos títulos. Houve também uma redução expressiva no tamanho das tiragens, de até 40%. A Sextante afirma que trabalhou com tiragem média de 6 mil exemplares nos lançamentos entre abril e julho, 2 mil a menos do que a média habitual. A Intrínseca, por outro lado, preferiu manter seu projeto de aumentar em 15% o volume de lançamentos e 10% na tiragem média. Ao mesmo tempo em que o mercado perdeu com as lojas fechadas, as vendas de e-books foram altas nas editoras consultadas.

O jornal também falou sobre o tributo que ameaça encarecer livros e quebrar editoras que já agonizam.O Ministério da Economia confirma a intenção de acabar com a isenção do livro, ressaltando que não se trata de nova taxação, mas de um benefício que não será mantido.

Na última sexta (07), o podcast Café da Manhã, também da Folha, fez uma edição especial para falar sobre o projeto de reforma tributária proposta pelo governo e que preocupa o mercado editorial. Para entender melhor a situação, o Café da Manhã conversou com o repórter da Folha Walter Porto e Marcos da Veiga Pereira, presidente do SNEL e um dos donos da Sextante.

E o colunista Ancelmo Gois questionou o silêncio de Mário Frias em relação à taxação de livros.

O ministro da Casa Civil, general Walter Braga Netto, nomeou na última sexta (07), o capitão André Porciuncula Alay Esteves, da Polícia Militar da Bahia, como novo secretário nacional de Fomento e Incentivo à Cultura, da Secretaria Especial da Cultura, comandada por Mario Frias.Com o cargo, Esteves receberá um salário de R$ 16.944,90, de acordo com informações do Diário Oficial da União. Maurício Noblat Waissman também foi nomeado secretário nacional de Desenvolvimento Cultural da Secretaria Especial da Cultura. Ele receberá salário de valor igual, informa matéria da Folha.

N'O Globo, a colunista Ana Cláudia Guimarães informou que, com obras retomadas, a Livraria da Travessa de Icaraí abrirá em novembro. O imóvel de três andares na Rua Tavares de Macedo abrigará 50 mil livros.

O Painel das Letras informou que o clube de assinaturas TAG passa a atuar, agora em agosto, em um novo ramo. A empresa passa a oferecer um clube de livros voltados a negócios e crescimento pessoal, intitulado Grow e atrelado a uma plataforma exclusiva de debates on-line.

Mônica Bergamo também adiantou que São Paulo tem apoio de Buenos Aires para se tornar a Capital Mundial do Livro em 2022. O título é concedido pela Unesco e terá seu resultado anunciado em setembro. O tema, a propósito, será abordado no Podcast do PublishNews que vai ao ar na próxima segunda-feira (17).

No prelo das editoras, Lauro Jardim adiantou que Lira Neto lança no fim do ano pela Companhia das Letras um livro em que narrará uma saga muito pouco aprofundada: a dos judeus sefarditas que, no século XVII, foram expulsos (depois de presos) de Portugal durante a Inquisição. E o Painel das Letras destacou que Claudia Rankine e David Brookshaw irão engrossar a literatura sobre racismo. Rankine vai começar a ser publicada pela Todavia a partir do ano que vem. Em abril deve sair a obra Just Us: An american conversation. E a Figura de Linguagem irá reeditar Raça e cor na literatura brasileira, de Brookshaw.

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[10/08/2020 10:00:00]