Apanhadão: Diversidade racial e de gênero no mercado editorial americano
PublishNews, Redação, 03/08/2020
E mais: Flora Süssekind deixa a Fundação Casa de Rui Barbosa; Editora 34 prepara uma antologia de Lawrence Ferlinghetti; Companhia já prepara centenário da Semana de Arte Moderna e Prêmio Serrote define júri

Uma matéria do The New York Times reproduzida na Folha fez uma análise sobre o setor editorial dos EUA. Segundo o texto, o mercado por lá está prestes a viver uma revolução, com novos líderes. Com a morte de titãs do setor dos livros como Carolyn Reidy, executiva-chefe da Simon & Schuster; Sonny Mehta, o antecessor de Reagan Arthur na Knopf; Susan Kamil, editora da Random House, e Alice Mayhew, editora da Simon & Schuster por muitos anos, o mundo editorial americano perdeu alguns de seus líderes mais destacados e agora, as editoras americanas veem uma onda de diversidade racial e de gênero em cargos de poder.

No Estadão, o destaque foi a saída de Flora Süssekind da Fundação Casa de Rui Barbosa. A pesquisadora decidiu se aposentar depois de 39 anos na fundação. "Eu estava em licença prêmio desde janeiro, pensando se devia de fato sair, se seria mais útil, nesse momento, à Casa Rui, lá dentro ou fora. Conclui pelo fora. Mas é uma dor”, disse a pesquisadora ao Estadão. Em janeiro, ela e outros colegas foram exonerados de cargos de chefia do Centro de Pesquisa da Fundação ligada à Secretaria Especial da Cultura.

A coluna da Babel informou que a Editora 34 prepara uma antologia com 101 poemas de Lawrence Ferlinghetti. Para novembro, está previsto Poesia como arte insurgente, com tradução de Fabiano Calixto. A coluna contou também que o Prêmio Serrote, que está com inscrições abertas até 1º de setembro, terá em seu júri Djamilia Pereira de Almeida, Carla Rodrigue, Paulo Roberto Pires e João Fernandes. E a edição virtual da Balada Literária, que acontece de 3 a 7 de setembro, presta homenagem a Geni Guimarães e traz nomes como Conceição Evaristo, Daniel Munduruku, Eliane Potiguara entre outros.

A coluna Painel das Letras adiantou que a Companhia das Letras já prepara centenário da Semana de Arte Moderna. Editora pretende lançar, em 2022, projeto enciclopédico com inéditos de 30 autores.

Ainda na coluna, depois de meses sem lançar nenhum título, a Carambaia volta com a obra Senhores do orvalho, do haitiano Jacques Roumain, considerado o livro fundador da literatura moderna de seu país com um retrato do cotidiano do povo negro. A edição terá tradução de Monica Stahel. E Roteiro Literário - Paulo Leminski, de Rodrigo Garcia Lopes, vai ganhar uma nova edição em setembro pela Kotter Editorial, com novo título, Foi tudo muito súbito: Um ensaio sobre Paulo Leminski. E antes, em agosto, Garcia Lopes lança seu sétimo livro de poemas, O enigma das ondas, pela Iluminuras.

O Valor reproduziu uma matéria do Financial Times que analisou as estratégias de Jeff Bezos, da Amazon, para "seduzir" Washington e contornar a pressão do Congresso e da Casa Branca contra seus negócios.

Matéria do Globo analisa o sucesso da série Little fires everywhere na lista de principais indicados ao Emmy 2020. Exibida no Brasil pelo Prime Video, é uma adaptação do romance Pequenos incêndios por toda parte (Intrínseca), da americana Celeste Ng. Lançado em 2018, o livro ganhou uma nova edição, em junho, na esteira do sucesso da série, com uma capa especial estampada pela dupla de atrizes.

Com prefácio de Angela Davis, a Pallas Editora vai lançar, em novembro, Assata, uma autobiografia, que conta a história de Assata Olugbala Shakur, a ativista dos Panteras Negras, informou o colunista Ancelmo Gois do jornal O Globo.

Tags: Apanhadão
[03/08/2020 10:00:00]