Apanhadão: 84% das editoras de SP tiveram salário cortado com a pandemia
PublishNews, Redação, 08/06/2020
E mais: Slam das minas virtual; busca por obras sobre discriminação cresce nos EUA; e o prelo da Oficina Raquel e Tusquets

O Painel das Letras apresentou os dados do Sindicato dos Trabalhadores de Empresas Editoras de Livros (Seel / SP) que constatou que 84% das editoras de São Paulo já recorreram a medida provisória 936/2020 para reduzir os salários dos funcionários. Ao todo, 51 editoras paulistas já adotaram a medida e 17 delas optaram por acordos de suspensão de trabalho. Entre as demais, a metade optou por reduzir rendimentos dos empregados em 25% – as grandes estão neste grupo. Já o sindicato no Rio de Janeiro não revelou números tão detalhados, mas informou que, entre as grandes casas no estado, Record, Grupo Guanabara e Ediouro já promoveram cortes nos rendimentos de seus funcionários.

O Slam das Minas fechou uma parceria com o Polo Cultural, espaço da zona norte de São Paulo e transportou as batalhas de slam para o ambiente virtual. Segundo o Estadão, o novo estilo das batalhas conta com uma estrutura que envolve um diretor de TV e produtores. As batalhas serão transmitidas no canal do Polo Cultural no YouTube. A ideia é que os eventos aconteçam todo primeiro sábado do mês.

Com a morte de George Floyd, no dia 25 de maio, a busca por obras sobre discriminação racial aumentou nos EUA. Na Amazon, livros não-ficção sobre a experiência negra lideram a lista de mais vendidos e no site da Barnes and Noble, oito dos 10 best-sellers são livros já publicados anteriormente.

A coluna da Babel adiantou que a editora Oficina Raquel relançará em novembro o livro Oh, Margem! Reinventa os Rios, de Cidinha da Silva, em uma edição ampliada. Cidinha é autora de, entre outros, Um Exu em Nova York e organizadora de Ações Afirmativas em Educação: Experiências Brasileiras. E o selo Tusquets, da Planeta, lança este mês O amante, clássico de Marguerite Duras que sairá com a mesma edição da Cosac Naify.

O portal Ecoa preparou uma lista de livros que falam sobre racismo e desigualdade para ajudar a colaborar com um mundo mais igualitário. A lista conta com livros como Mulheres, raça e classe (Boitempo), de Angela Davis; Sem gentileza (Dublinense), de Futhi Ntshingila; e Quando me descobri negra (Sesi), de Bianca Santana.

A morte de Harry Hoffman foi destaque no jornal norte-americano The News York Times. Nos anos 1980, o ex-presidente da Waldenbooks foi considerado o livreiro número um dos EUA, abrindo centenas de lojas e usando estratégias de marketing agressivas para a época. Hofman tinha 92 anos e morreu em decorrência de uma insuficiência cardíaca, conforme disse a sua filha Jan Keeling.

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[08/06/2020 10:00:00]