Apanhadão: A volta das livrarias... lá fora
PublishNews, Redação, 26/05/2020
E mais: As estratégias das livrarias por aqui para sobreviver à pandemia, um resumo da Lei das Bibliotecas Escolares, Nós adquire os direitos de livro que venceu o Goncourt este ano

Diversos países na Europa e em outros continentes começaram a colocar em prática as fases da saída gradual da quarentena e reabrir o comércio. Quando participou do Podcast do PublishNews, Rui Campos, da Livraria da Travessa, disse que sua loja em Lisboa teve um bom movimento e superou suas expectativas na semana de reabertura. Na Nova Zelândia, os números também parecem animadores. Segundo o The Guardian, as livrarias relataram um grande aumento nas vendas que se comparam ao Natal. Lá, o povo se uniu para comprar do comércio local, o que já surtiu efeito em muitas livrarias independentes. A sensação é que após o isolamento, as pessoas preferiram comprar do comércio local, do que ter livros mais baratos de empresas como a Amazon.

Voltando à realidade nacional, a Veja falou sobre as estratégias adotadas por pequenas livrarias para sobreviver à pandemia pegando exemplos da Lote 42 e Livraria Mandarina. Se adaptar aos eventos e vendas on-line tem sido o caminho de muitas. “Nosso faturamento não aumentou, mas temos mantido nossa receita”, contou na matéria Roberta Paixão, uma das proprietárias da Mandarina. Para Bernardo Gurbanov, presidente da Associação Nacional de Livrarias, a “missão agora é sobreviver” e falou sobre a importância de um maior apoio do poder público. “A recomposição do capital de giro é crucial para pequenas e médias livrarias. Precisamos de linhas de crédito que tenham juros baixos”

O portal Biblioo fez um resumo da Lei das Bibliotecas Escolares. Promulgada em 2010, a Lei nº 12.244 estabeleceu um prazo de dez anos para as escolas do ensino básico das redes públicas e privadas criassem suas bibliotecas. Dez anos depois, a lei está longe da sua realização. Isso porque segundo o Anuário Brasileiro da Educação Básica 2019, apenas 45,7% das escolas públicas de ensino básico contam com bibliotecas ou salas de leituras. A matéria fala também de outras ações e debates que ocorreram nos últimos anos sobre a implementação da lei e o que, de fato, mudou neste tempo.

Na Folha, Mônica Bergamo trouxe os números do Clube de Autores, plataforma de autopublicação que registrou 40% de aumento no lançamento de novos livros nos últimos dois meses. Além disso, na página há uma galeria com algumas livrarias independentes de São Paulo.

O Painel das Letras analisou que as editoras começaram a apostar em livros que tenham a ver com o cenário da pandemia. A Todavia lançará uma coleção de e-books sobre o tema e a Intrínseca também lançou obras que falam sobre a gripe espanhola e os vírus. A editora, assim como HarperCollins, Rocco e Record, também resgatou outras obras do seu catálogo que tenham a ver com o momento.

Já na coluna da Babel, o destaque foi para a parceria entre a FTD e a plataforma Dentro da História. Nesta semana, três livros da FTD serão lançados dentro da plataforma que propõe que o leitor seja o protagonista das obras. São eles: Agora Eu Sou, de Januária Cristina Alves, Que Confusão! Perdi Meu Bicho de Estimação, de Tino Freitas, e Uma Amizade Assustadora, de Maria Amália Camargo.

Ainda na coluna, a Nós adquiriu os direitos de Le tiers temps, romance de estreia de Maylis Besserie que ganhou o Goncourt este ano e que conta de forma ficcionalizada os últimos tempos de vida de Samuel Beckett, quando ele morou em um asilo em Paris.

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[26/05/2020 08:00:00]