Apanhadão: como pequenas livrarias estão enfrentando mais essa crise
PublishNews, Redação, 27/04/2020
E mais: O Globo faz análise da lista de mais vendidos e Folha noticia que tradutor resolveu adulterar obra de autor conservador

O Globo fez uma análise sobre as últimas listas dos mais vendidos. É que clássicos da literatura passaram a superar outros títulos vendedores como A sutil arte de ligar o foda-se, título mais vendido de 2018 e 2019. Para entender o novo cenário, o jornal conversou com editores da Record, Companhia das Letras, Intrínseca, a agente literária Lucia Riff e o livreiro Daniel Louzada. “Como é natural que as empresas reduzam a produção, quem possui uma variedade maior de publicações consegue reagir ao presente e encontrar, no catálogo, títulos que tenham ressonância com o presente. Assim, navegam melhor na crise”, resumiu o publisher da Companhia, Otávio Marques da Costa.

Também n'O Globo, matéria contou como pequenas livrarias estão enfrentando a crise provocada pela pandemia do novo coronavírus. A partir da iniciativa de Beatriz Alves de mapear livrarias que, mesmo com as portas fechadas, estão fazendo entregas, o jornalista Ruan de Sousa Gabriel conversou com pequenos livreiros que estão aproveitando diversas brechas para fazer seus livros chegarem aos leitores.

A Folha repercutiu a história do autor canadense, Grant Patterson, que processou a editora brasileira Fonte Editorial. O motivo? Trechos de suas obras tidas como "conservadoras" foram mudados pelo tradutor Daniel Costa. O autor escolheu dois livros seus para serem traduzidos para o português, Southern cross e Back in slowly, e as duas obras voltaram para a mesa de Patterson com diversas mensagens políticas. Por exemplo, em Back in slowly, um dos personagens, o senador Buscetti, do PMDB, tenta “derrubar Dilma por corrupção”, diz o narrador. Já a versão em português é diferente – Buscetti e seus colegas “estavam tentando derrubar Dilma Rouseff do poder por uma invenção da mídia golpista brasileira”. Agora, Patterson processa a Fonte para ter seu dinheiro de volta e uma indenização por danos morais. Já o tradutor diz que o autor deveria agradecê-lo.

O Painel das Letras noticiou que a Saraiva pediu autorização à Justiça para vender mesas, cadeiras, balcões, estantes e uma série de bens móveis para gerar caixa na crise. Segundo a coluna, a rede já tem compradores interessados e estima receber R$ 128 mil com as vendas.

Ainda na coluna, o grupo de editores Juntos Pelo Livro, enviou uma carta à comissão do prêmio Jabuti pedindo a redução do preço da inscrição e que a data limite seja adiada em 30 dias. O prazo original acaba na quinta-feira (30). O grupo sugere ainda que, neste ano, o Jabuti não realize sua cerimônia --em vez disso, a ideia é anunciar os ganhadores em uma entrevista coletiva. A organização do prêmio está avaliando.

O Ziraldo concedeu uma entrevista ao Estadão para falar para dar uma mensagem aos seus pequenos leitores nesse momento de isolamento social. Na conversa, o pai do Menino Maluquinho declarou que o coronavírus tem tudo para ser um bom vilão de uma história em quadrinhos.

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[27/04/2020 11:00:00]