
Em Porto Alegre, a Livraria Taverna é um desses comércios que externalizou a sua preocupação com a situação. Pelas suas redes sociais, fez um apelo: “Estamos vivendo um momento delicado que exige responsabilidade e colaboração de todos. (...) Nós, assim como tantas outras pequenas livrarias, estamos desamparados. O faturamento está menor a cada dia e as contas não param de chegar (...) Durante as semanas de contenção da pandemia, estamos estimulando a compra de livros por telefone, pelo what's e pelo nosso site. Entregamos de bicicleta e motoboy (para residentes de Porto Alegre/RS) e para todo o Brasil via Correios”.
Depois desse desabafo, Ederson Lopes, um dos sócios da livraria, recebeu uma ligação, no mínimo, insólita. “Recebi um telefonema hoje que me deixou estático, sem reação. Era uma vizinha e cliente aqui da livraria, ela queria saber o valor do nosso aluguel. Achei aquela pergunta meio estranha e invasiva, mas acabei falando o valor”, escreveu nas suas redes sociais.
A vizinha pediu a conta bancária e contou a sua decisão de pagar o aluguel do mês, que estava atrasado desde o último dia 5.
“É um presente, não quero nada em troca. Pra mim é muito importante a presença de vocês aqui na rua”, disse ao livreiro.
A vizinha misteriosa pediu anonimato e, por isso, o PublishNews não falou com ela.