Apanhadão: Homens são maioria entre finalistas de prêmios literários
PublishNews, Redação, 11/11/2019
E mais: As eleições para o comando da Libre; Bienal de Contagem é interditada no primeiro dia de programação; Yuval Harari dá aula para deputados e senadores e as preparações para o centenário de Clarice Lispector

A coluna Painel das Letras fez as contas e concluiu que os homens são maioria entre finalistas dos principais prêmios literários. No Prêmio São Paulo de Literatura, por exemplo, Ana Paula Maia – vencedora deste ano – concorria com sete escritores e apenas outras duas mulheres: Carola Saavedra e Martha Batalha. No Oceanos, dos 10 finalistas só três são mulheres e no Jabuti, entre os finalistas em livros de contos, há quatro homens e uma mulher (20%). Nos romances, são duas escritoras (40%). A situação se inverte, porém, em crônica e poesia – cada uma traz dois homens e três mulheres (60%).

A Painel também trouxe notícias sobre as eleições para a o comando da Libre. Marcadas para 18 de novembro, elas tiveram só uma chapa inscrita. O grupo é encabeçado por Tomaz Adour, da editora Vermelho Marinho, e Lizandra Magon de Almeida, da Pólen, e deve começar a nova gestão a partir de 2 de janeiro de 2020.

A Bienal do Livro de Contagem gerou polêmica na última sexta (8). É que o evento foi interditado pelos Bombeiros por irregularidades que poderiam, segundo a corporação, colocar em risco vida de frequentadores. A assessoria alegou que o evento começou a ser planejado há mais de um ano e que todos os documentos necessários e solicitados pelos órgãos responsáveis (Secretária de Cultura, Esporte e Juventude e Prefeitura Municipal de Contagem) foram preenchidos e que a parte que deixou de cumprir com as responsabilidades foi a prefeitura de Contagem. A nota emitida ainda ressaltou que “coincidência ou não”, isso ocorre após a organização divulgar uma programação com 80% de atrações negras e uma equipe com 26 pessoas transexuais, travestis e transgênero. Nomes como Elza Soares, Miriam Leitão, Sérgio Abranches, Ailton Krenak e Anielle Franco estavam entre os convidados. Após as exigências dos Bombeiros serem cumpridas, a Bienal foi liberada.

Na última semana, Yuval Noah Harari, autor dos best-sellers Sapiens, Homo Deus e 21 lições para o século 21 participou de uma aula magna no Congresso Nacional com uma plateia composta majoritariamente de deputados, senadores e servidores do Congresso. Segundo a assessoria da Câmara, Harari afirmou que as sociedades precisam de "políticos com mentes equilibradas e quietas” e criticou o movimento de "políticos autênticos" que imediatamente dizem a primeira coisa que vêm às suas cabeças. Durante sua explanação, Harari afirmou que há três principais ameaças ao futuro da humanidade: a crise no meio ambiente, a guerra nuclear e as mudanças causadas pela tecnologia.

E a Bahia tem cerca de 30 festas literárias em um ano. A informação é do portal Correio*, que apresentou os dados da Fundação Pedro Calmon. Este mês, já acontecem três delas: a Festa Literária de Uauá (Fliu), a Feira Literária de Canudos (Flican) e o Festival Literário Nacional (Flin), em Cajazeiras. A matéria ainda falou sobre a importância das feiras, as características de algumas e ainda trouxe o calendário dos próximos eventos.

Na coluna da Babel, destaque para o centenário de Clarice Lispector. Com a chegada da data, toda a obra de Clarice, que é publicada pela Rocco, será reeditada com novo projeto gráfico. Outra novidade é uma nova edição, revista e bastante ampliada, segundo a editora, de Eu sou uma pergunta, biografia escrita por Teresa Montero. A obra será lançada com material inédito. Já a Buzz publica, em 2020, edição especial de Como Clarice Lispector pode mudar sua vida, obra de 2017 de Simone Paulino.

Esta semana, a Todavia lança a obra Sobre os ossos dos mortos, da Nobel de 2018 Olga Tokarczuk, com tradução de Olga Bagińska-Shinzato. E no dia 13, a Rocco apresenta a continuação de O Conto da Aia. Os Testamentos tem tradução de Simone Campos.

N’O Globo, Ancelmo Gois trouxe imagens de como vão ficar o Campo de Santana e a fachada da Biblioteca Parque Estadual para a 3ª edição da Ler, Salão do Livro Carioca, que abre dia 20 agora. As minibibliotecas e os bancos em forma de livro ficarão no Campo de Santana como legado da Ler, que, este ano, pregará a diversidade.

Ainda segundo o “coleguinha”, a escritora Izaura Garcia de Carvalho Mendes, que acusou o padre Marcelo Rosssi de plágio foi condenada pela Justiça. A 1ª Vara Empresarial do Rio a condenou a indenizar o religioso e a editora Globo em R$ 50 mil (cada um).

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[11/11/2019 10:00:00]