Apanhadão: Amazon deixa de vender livros de 'cura gay'
PublishNews, Redação, 16/09/2019
E mais: Qual o plano da empresa para o Brasil?; os cinco escritores imigrantes fundamentais na literatura americana contemporânea; e os destaques da Primavera Literária do Rio

Neste final de semana, a Amazon irritou líderes de movimentos reacionários nos EUA porque a varejista baniu da sua loja livros que se propunham a promover a “cura gay” – método que não tem respaldo científico e é rejeitado por psiquiatras e psicólogos sérios. Segundo a Veja, a iniciativa da gigante do varejo eletrônico não foi bem recebida, por exemplo, por alguns grupos cristãos, como o Voice of the Voiceless (Voz dos Sem Voz), que afirma ter a missão de “defender os direitos dos ex-homossexuais com indesejada atração pelo mesmo sexo”. Em seu próprio site, a companhia de Jeff Bezos explica o motivo de retirar certos tipos de publicações: “Reservamos o direito de não vender determinados conteúdos, como pornografia ou outros conteúdos inadequados”. No caso da “cura gay”, a Amazon ainda segue recomendação da ONU que 1990 decidiu extirpar a homossexualidade de sua lista de doenças.

Ainda sobre a Amazon, o que a gigante de Seattle quer no país? É isso que o Estadão quis saber em uma matéria que analisou como a empresa tem agido nos sete anos em que atua no Brasil. Na última semana, o lançamento do Amazon Prime – que combina frete grátis e acesso a serviços de streaming, por R$ 9,90 – causou um abalo nas ações das mais poderosas varejistas locais. Isso porque, com o Prime, a Amazon implanta por aqui o pilar de sua estratégia: a de estar presente nos momentos do cliente de lazer para ser lembrada quando ele decidir comprar. Mas apesar do abalo momentâneo causado pelo Prime, a maioria dos analistas diz que, pelo menos por enquanto, a Amazon não é uma ameaça iminente para as rivais.

O Estadão também listou os cinco escritores imigrantes fundamentais na literatura americana contemporânea. Chimamanda Ngozi Adichie, Gary Shteyngart, Chigozie Obioma, Ocean Vuong e Imbolo Mbue figuram a lista. A matéria conta ainda um pouco sobre a vida e obra de cada um deles.

Na coluna da Babel, o destaque foi para a Primavera Literária do Rio, marcada para acontecer entre 3 e 6 de outubro no jardim do Museu da República. Com feira de livro de editoras independentes e debates o evento irá homenagear a Amazônia e terá o tema Equidade, Sustentabilidade e Bibliodiversidade. Entre os nomes confirmados estão Luiz Costa Lima, Francisco José Viegas, Ramon Nunes Mello, Alberto Mussa, Luís Antônio Simas e Maria Regina Celestino.

O Coletivo Alice também foi assunto na coluna. Formado por 14 editoras especializadas em literatura infantil e juvenil, o coletivo tem como objetivo trocar experiência, e organizar feiras de livros e eventos que promovam a literatura para a infância e se aproximar de escolas e instituições. Fazem parte do grupo as editoras Pulo do Gato, Barbatana, Solisluna, Memória Visual, Jujuba, Passarinho, Gato Leitor, Livros da Matriz, Olho de Vidro, Piu, Pólen, Projeto, Quatro Cantos e Ôzé.

O Painel das Letras contou que a Storytel irá disponibilizar a versão em áudio da saga As Brumas de Avalon em outubro —a série em quatro volumes conta a história do Rei Arthur narrada por quatro mulheres. Nos primeiros três dias de funcionamento do serviço, o audiolivro mais escutado por enquanto é O Assassinato no Expresso Oriente, de Agatha Christie.

Faleceu na última sexta (13), Donaldson Garschagen, redator, editor e diretor da Encyclopaedia Britannica do Brasil (que editava Barsa, Mirador). Segundo Ancelmo Gois, numa época pré-internet, Don dedicou grande parte da vida às enciclopédias, um canal de divulgação de conhecimento que marcou muitas gerações. Ele também foi tradutor da Record e da Companhia das Letras.

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[16/09/2019 10:50:00]