Apanhadão: Redescobrindo Machado de Assis
PublishNews, Redação, 24/06/2019
E mais: Rita Lee lança livro infantil, as novidades da Flip, editora de Malafaia pede recuperação judicial e Edir Macedo processa sebo no interior do Rio

Durante esse feriado prolongado, o Estadão noticiou que uma coleção rara de livros de George Orwell foi doada para uma universidade americana. A coleção conta com as primeiras edições de A revolução dos bichos e 1984 em diversas línguas.

O jornal também contou que a cantora Rita Lee lança mais um livro, dessa vez para as crianças. A obra Amiga ursa – Uma história triste, mas com final feliz é inspirada na ursa Rowena, conhecida como a ursa mais triste do mundo, que foi tirada de seu habitat e passou duas décadas acompanhando um circo pelo Brasil. Com ilustrações de Guilherme Francini, o livro foi lançado pela Editora Globo e traz a própria Rita, como vovó Ritinha, a atriz Brigitte Bardot, como papisa BiBi, e Luisa Mell como Lulu.

Na coluna da Babel, destaque para o livro A escola não é uma empresa, do sociólogo francês Christian Laval que ganha nova tradução. A obra será lançada em julho pela Boitempo.

Sobre a Flip, a coluna contou que além de sua casa com uma programação para professores da rede pública, a Liga Brasileira de Editoras (Libre) estará presente também na Biblioteca do colégio Cembra com venda de livros e mais ações destinadas a professores e mediadores de leitura.

A Flip também foi destaque na coluna Painel das Letras. A coluna adiantou, por exemplo, que a Casa TAG – estreante nesse ano – receberá um debate que contará com a presença de José Luís Peixoto e Pilar del Río. A Folha também deu destaque para o antigo casarão do Instituto de Física transformado em espaço cultural com café e a Livraria do Comendador. Ainda na Folha, Antonio Carlos Secchin assina artigo no suplemento Ilustríssima relacionando o tom melancólico de Carnaval, livro de Manuel Bandeira publicado há 100 anos, à libertinagem real que tomou as ruas do Rio naquele ano de 1919, quando a população, após surto de gripe espanhola, exorcizou a sombra da morte.

Machado de Assis era um escritor brasileiro e considerado por muitos um dos maiores nomes da literatura brasileira, mas muitas questões sobre sua vida ainda eram desconhecidas do público. No ano em que completa 180 anos, diversas ações têm como objetivo reconfigurar a imagem do escritor. O Globo deu o exemplo de uma que acontece no Morro do Livramento, no Centro do Rio, onde o professor Pedro Guilherme Freire explica para seus alunos que antes de virar o Bruxo do Cosme Velho, celebrado na Academia e nos salões, Joaquim Maria Machado de Assis foi um garoto pobre do Livramento. Outras ações como a campanha Machado de Assis Real lançou a “primeira errata feita para corrigir o racismo na literatura brasileira” e recriou a foto clássica do autor, ressaltando suas feições negras.

O site Gospel Mais noticiou que a editora Central Gospel, de Silas Malafaia, entrou com pedido de recuperação judicial. Em um vídeo publicado em suas redes, Malafaia explicou que recorreu ao pedido para evitar o agravamento da crise financeira da editora que segundo ele vende 25% do que vendia em 2015.

Já a BBC contou a história do casal dono de um sebo que descobriu que estava sendo processado por Edir Macedo por conta de uma placa colocada em frente de sua loja em 2017. Na vitrine havia um banner que convidava a entrar racistas, machistas e homofóbicos, dizendo que ali era uma casa de cultura e inteligência que poderia ajudá-los. A placa também convidava a entrar pessoas que consideram a obra de Jair Bolsonaro, Silas Malafaia e Edir Macedo uma vergonha para a humanidade. Na ação, o bispo pede que o sebo faça uma nota se retratando com a mesma visibilidade da placa original e pede indenização de R$ 25 mil.

Tags: Apanhadão
[24/06/2019 09:30:00]