Apanhadão: Saraiva abre nova rodada de negociação com credores e busca sócio
PublishNews, Redação, 05/11/2018
Em entrevista ao Valor, Jorge Saraiva Neto diz que não consegue dizer quais as consequências e o final dessa negociação

Nos últimos dias a Saraiva iniciou uma nova renegociação com cerca de 500 fornecedores que reúnem R$ 100 milhões em dívidas em atraso. Em entrevista ao Valor Econômico, Jorge Saraiva Neto, CEO da rede de livrarias, disse: "Eu não consigo hoje dizer quais são as consequências e o final dessa negociação. Essa situação foge do nosso controle. Não tenho controle sobre todo esse cenário. Isso está sob o controle dos fornecedores. A Saraiva hoje não tem condições de quitar integralmente no curto prazo os seus débitos com seus principais fornecedores". O Valor diz ainda que a empresa analisa a hipótese de vender ativos ou vender uma fatia do negócio, para reduzir o endividamento. Fonte ouvida pelo jornal disse que uma possibilidade é a entrada da rede no Novo Mercado da B3, segmento de mais elevada governança e conversão de ações PN (preferenciais) em ON (ordinárias) e a emissão de debêntures conversíveis em ON, o que reduziria a fatia da família Saraiva, hoje dona de 59% das ON, na empresa.

A crise do setor livreiro também foi alvo de uma matéria na Folha que aponta, além das questões macroeconômicas, o modelo de gestão das livrarias como um dos culpados pelo momento que beira a catástrofe. Ainda sobre esse assunto, a coluna da Mônica Bergamo, também na Folha, revelou que editoras estão se articulando para participar em bloco das negociações com Cultura e Saraiva. A coluna traz ainda a notícia de que a prefeitura de São Paulo retomará o programa “Minha Biblioteca”, que vai comprar dois livros por ano para cada um dos 430 mil alunos da rede municipal de ensino.

Ainda na Folha, a coluna Painel das Letras adiantou que a Azougue prepara uma novidade: a Expressa, revista de quadrinhos que será distribuída no Brasil, Portugal e Argentina. Cada edição trará homenagem a um quadrinista, com uma entrevista com o eleito, sua obra e alguns rascunhos. O escolhido para a primeira edição será Jaguar. A coluna adianta ainda que a Relicário comprou os direitos de Confiscation des mots, des images et du temps, da filósofa francesa Marie-José Mondzain e que a Companhia prepara para dezembro o livro Reflexão como resistência, homenagem a Alfredo Bosi organizada por Augusto Massi, Erwin Torralbo Gimenez, Murilo Marcondes de Moura e Marcus Mazzari.

Já a Babel, no Estadão, destacou que a Companhia das Letras colocou em pré-venda livro que reúne todos os contos de Lygia Fagundes Telles em um único volume de mais de 800 páginas. Adianta ainda que a Estação Liberdade fechou contrato com a francesa Gallimard para a publicação no Brasil dos dois volumes de A saga dos intelectuais franceses, em que o historiador François Dosse faz um “panorama da aventura histórica e criativa” dos intelectuais entre o fim da ocupação nazista (1944) e o bicentenário da Revolução Francesa e a queda do muro de Berlim (1989).

N’O Globo, o "coleguinha" Ancelmo Gois contou que Ana Maria Machado e Tatiana Salem Levy terão livros publicados no Egito pela editora Al Arabi. Ancelmo diz ainda que a Saraiva está passando o ponto da sua loja em Copacabana. O aluguel é de R$ 140 mil.

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[05/11/2018 11:34:00]