Iniciativas para dar novo significado a esses ícones urbanos despontam vez ou outra. É o caso da Banca Tatuí, levantada pela Lote 42 em São Paulo, que ajudou a dar vida nova à rua Tatuí, no bairro de Santa Cecília. A banca -- refundada como microlivraria em 2014 -- deixou de vender jornais e revistas e passou a vender livros produzidos por editoras e artistas independentes.
Agora, o Rio de Janeiro também terá a sua microlivraria montada dentro de uma antiga banca de revista. E não é qualquer banca de revista. É a tradicionalíssima Banca da Paz, localizada na Praça Nossa Senhora da Paz, no coração de Ipanema. O espaço de 25 m² foi assumido pela Ediouro que montou ali mais do que um showroom dos seus produtos, uma livraria vendendo volumes de outras casas editoriais.
Ao contrário da Tatuí, o acervo da Banca Literária da Paz, como foi batizado o espaço, é composto por livros que frequentam as listas de mais vendidos, tendo como base a Lista do PublishNews. Segundo Chaves, 80% do espaço da microlivraria é ocupado por livros, mas há espaço para bomboniere, tabacaria, café, bebidas geladas e jornais e revistas.
Para compor o seu acervo, a Banca Literária tem tido o apoio da Catavento, distribuidora que fornece os volumes para o espaço.
“Nós como Ediouro temos uma preocupação com esse segmento, por conta do Coquetel [segmento de revistas de passatempo da empresa]. Queremos que esse mercado se recupere e queremos mostrar que há uma chance para que isso aconteça”, disse ao PublishNews, Everson Chaves, gerente de Marketing da Ediouro. A ideia, segundo o executivo, é multiplicar o modelo.
Um coquetel nesta sexta-feira (26), às 18h, marca a inauguração do espaço.