Desde então, a festa tem acontecido todos os anos, com a ajuda da prefeitura, empresas locais e nos dois últimos com o apoio do governo do Estado de Alagoas. Nesse ano o governo investiu R$ 100 mil na realização do evento.
A cidade que já é conhecida pelo incentivo à música (são cinco bandas filarmônicas que funcionam como escola), tenta, com a Flimar, fazer uma mistura entre música, literatura e conhecimento durante os quatro dias do evento. Nessa edição, os dois homenageados serão a alagoana Nise da Silveira, primeira mulher a ser homenageada, e o cantor Raimundo Fagner.
“Quando me perguntam quantos livros eu vendo durante a Flimar, sempre respondo que isso não importa. O mais importante é incentivar a leitura, por isso a Flimarzinha [a programação infantil do festival] é muito mais importante do que a Flimar”, disse o curador Carlito Lima.
A Flimarzinha atende as crianças das redes de ensino das cidades da região, com muitas atividades para desenvolver a cultura e o hábito de leitura. Por sinal, a Flimar pensa sempre no legado que a festa deixa na cidade, e viu nos últimos sete anos a cidade melhorar na saúde, infraestrutura e principalmente na quantidade de livros lidos pelos moradores. Waleska, moradora da cidade, disse ao PN que essas melhorias são fruto desse trabalho: “trabalho no museu aqui, faço faculdade de História, leio, escrevo e vejo a mudança que a Flimar trouxe para a cidade”.
O evento que vai até dia 03 de setembro, conta com várias palestras, saraus e show do músico Fagner, gratuito, no sábado.
“Gosto de trazer gente que saiba falar e que seja interessante. Não adianta trazer um intelectual, em cinco minutos todo mundo vai dormir!”, falou Carlito.
A noite terminou com a apresentação da Camerata Pro Jovem e do Quarteto em clarinete Manguaba, em frente ao Adro do Convento.