
Para Ismael Borges, responsável pelo Bookscan, ferramenta da Nielsen que monitora o mercado de livros no País, os números mostram que o mercado editorial não ficou imune à crise, no entanto, num exercício de otimismo, aponta que o foram vendidos um milhão de livros a mais do que em 2015. “Os três últimos períodos do ano foram particularmente pesados, mas não neutralizaram integralmente os ganhos anteriores. A performance em faturamento merece análise mais aprofundada, já que são muitas as variáveis envolvidas além da própria inflação do período. Os números indicam que os varejistas enfrentaram a crise cedendo menos descontos. As editoras sentiram mais a crise, já que o preço médio se manteve praticamente paralisado”, analisa o executivo. Em 2014, os varejistas deram, em média, desconto de 21,20%. Em 2015, o desconto médio aplicado ao preço do livro foi de 18,75%.
O relatório faz inferência sobre o faturamento das editoras. Essa projeção aponta aumento no faturamento das casas em 0,31%, ou seja, uma queda real, descontando a inflação, de 9,36%. “Esperávamos uma recuperação das vendas no 4º trimestre de 2015, após o excelente resultado da Bienal do Rio de Janeiro, mas infelizmente ela não veio. Temos que nos preparar para enfrentar 2016, com a previsão da manutenção do quadro recessivo”, comenta Marcos da Veiga Pereira, presidente do SNEL.
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