Com registro de público recorde, acabou neste domingo, a edição de 2015 da Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro. Segundo a contagem da Fagga, foram 676 mil pessoas que passaram pelos pavilhões da Bienal nos 11 dias de evento – a expectativa inicial era que esse número fosse de 600 mil pessoas. A predominância é do público jovem. De acordo com o balanço apresentado pela Fagga, 56% do público da Bienal tinha entre 15 e 29 anos. Quem passou pela Bienal, ainda de acordo com os dados oficiais, comprou, em média, 6,6 exemplares. Isso redundou em um faturamento estimado de R$ 83 milhões. “Tivemos um recorde de venda de livros, com um faturamento 18% acima da edição anterior. São números lindos, mas, ainda assim, frios perto do calor humano que testemunhei aqui nos últimos 11 dias. Acho extraordinário andar pelos corredores e ver tanta gente interessada por livros”, comemorou Marcos Pereira, presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), realizador do evento.

A Sextante, a campeã de venda entre as editoras brasileiras em 2015, comemorou a sua performance no evento. Os seus livros de colorir – em especial a dupla Jardim secreto e Floresta encantada – ganharam um espaço de 50 m² dentro do estande da editora, mas o best-seller da editora durante o evento não foi um livro de colorir. O campeão de vendas foi Diário de um zumbi do Minecraft, que acompanha a vida de um simpático monstrinho do jogo Minecraft, febre entre crianças e adolescentes do mundo inteiro, e mostra que eles não são tão diferentes dos humanos quanto se pensa. A editora comemora crescimento de 40% nas vendas em comparação à última edição da Bienal. Outro produto licenciado do game Minecraft fez a cabeça dos clientes da Record. Na editora, o best-seller foi Invasão do mundo da superfície, de Mark Cheverton, também inspirado no jogo.

A Intrínseca revelou à coluna Painel das Letras que vendeu 43 mil exemplares até a última quinta-feira. O primeiro lugar na lista de mais vendidos da editora foi Não se iluda, não, de Isabela Freitas. Já a Companhia das Letras é dona do que é apontado como o maior sucesso de vendas da Bienal: Muito mais que 5inco minutos, da vlogueira Kéfera Buchmann. Na mesma pegada, o quarteto fantástico Paula Pimenta, Bruna Vieira, Thalita Rebouças e Babi Dewet foi responsável pelo sucesso da Autêntica, que faturou, nos cinco primeiros dias da Bienal, o mesmo valor apurado em 2013.

A Bienal do Rio de 2017, já tem data marcada: será entre os dias 31 de agosto e 10 de setembro.

Números da Bienal do Rio 2015

Público: 676 mil pessoas
Faturamento estimado: R$ 83 milhões
Média de livros comprados por visitante: 6,6
Número de autores: 248 autores nacionais e 27 estrangeiros
Programação cultural: 184 sessões e 850 atividades paralelas
Registros em redes sociais: 48,8 milhões