A 25ª Feira Internacional do Livro de Bogotá (Filbo) teve o Brasil como país homenageado deste ano e, segundo Enrique González Villa, presidente da Câmara Colombiana do Livro, a participação do país “foi a mais bem-sucedida desde que se criou o sistema de homenagens a países, há 20 anos”.
O pavilhão brasileiro, com três mil metros quadrados, projetado por Daniela Thomas, Felipe Tassara e Álvaro Razuk, recebeu a visita de cerca de 300 mil pessoas, dentre 450 mil que estiveram na feira – é, ainda segundo Enrique González, uma visitação bem acima da média. “Em geral, o pavilhão do país convidado recebe menos da metade do total de visitantes da Feira, mas o Brasil superou a marca dos 50%”, afirmou. “Esta também foi a edição da Filbo que mais visitantes recebeu, e devemos isso em grande parte ao Brasil, cuja participação teve muita repercussão na mídia e conseguiu atrair muito público.”
Os autores brasileiros marcaram presença desde a abertura do evento, que teve a participação da escritora Nélida Piñon. Ao todo foram 70 debates com 55 autores durante a Filbo, muitos dos quais realizados junto com autores colombianos. A feira foi encerrada com uma palestra do biógrafo Fernando Morais e a apresentação do grupo carnavalesco Orquestra Voadora. Além disso, o Brasil promoveu espetáculos de música e dança em espaços diversos da cidade, que contaram com audiência de 4,2 mil pessoas, e dois festivais de cinema brasileiro, com público de mais de mil pessoas.
Segundo dados da organização, a livraria do pavilhão brasileiro, administrada pelo Fondo de Cultura Económico, vendeu 6,5 mil livros durante o evento. Os autores mais vendidos foram Clarice Lispector, Guimarães Rosa e Jorge Amado. A curadoria da programação literária da participação brasileira foi realizada pela escritora e professora Guiomar de Grammont (que acaba de ser contratada como editora de ficção nacional da Record). Já a participação brasileira na Filpo teve a organização conjunta da Fundação Biblioteca Nacional (FBN), vinculada ao Ministério da Cultura (MinC), e do Ministério das Relações Exteriores (MRE), em parceria com a Câmara Brasileira do Livro (CBL) e a Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ).