Presságio de um futuro nefasto, o romance distópico é um gênero literário que teve grande impulso no século passado, com obras como Farenheit 451, de Ray Bradbury; 1984, de George Orwell, e Admirável mundo novo, de Aldous Huxley. Distopia (Ateliê Editorial, 184 pp., R$ 35), do jovem estreante Hélio Franchini Neto, estampa a filiação ao gênero em seu próprio título, e narra com vigor uma nova e assustadora era da humanidade, situada em um futuro longínquo. Apesar da tecnologia avançada, sucessivos períodos de violência generalizada levaram o homem a se distanciar de seu passado, de sua própria história. As línguas desapareceram quase que por completo em favor de uma língua geral, os significados das palavras já não são os mesmos do passado. As nações que hoje conhecemos também sumiram, o planeta se dividiu em três “mundos”, que se digladiam em uma guerra tão permanente quanto estéril.