Vencedores do Prêmio Minas de Literatura
PublishNews, Redação, 12/05/2009

Luis Fernando Veríssimo foi escolhido na categoria Conjunto da Obra por se tratar de expoente num gênero – a crônica – que, embora largamente praticado no Brasil, raras vezes é contemplado em certames literários. A premiação contempla também a consistente contribuição deste autor para o romance brasileiro. Jornalista, Luis Fernando é filho do escritor Érico Veríssimo. São de sua autoria, dentre outros, Sexo na cabeça, O gigolô das palavras, A mão do Freud, Orgias, O analista de Bagé, publicados pela L&PM Editores, A mesa voadora, pela Editora Globo e Traçando Paris, pela Artes e Ofícios. Além disso, tem textos de ficção e crônicas publicadas nas revistas Playboy, Cláudia, Domingo (do Jornal do Brasil), Veja, e nos jornais Zero Hora, Folha de São Paulo, Jornal do Brasil e no jornal O Globo.

Na categoria Poesia, a obra A língua do homem sem braço foi escolhida pela qualidade da linguagem e densidade poética. O autor, Eduardo Jorge de Oliveira, nasceu em 1978, em Fortaleza, Ceará. Formado em publicidade, ele mora em Belo Horizonte há aproximadamente um ano, onde é mestrando em Literatura na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O livro tem como temática a questão do corpo dentro do poema, e como ele se reflete na escrita. Com a obra Lugar Reni Adriano Batista conquistou a categoria Ficção. O título é um romance sucinto, mas denso. Repleto de referências ao imaginário mítico-popular brasileiro, as personagens se debatem com a impossibilidade discursiva sobre o outro e sobre si mesmas, enredadas numa trama de extrema perversidade, mas entremeada de delicadezas.

A vencedora da categoria Jovem Escritor Mineiro, Maria Zilda Santos Freitas, é estudante de Letras na UFMG e não tem, ainda, qualquer trabalho publicado. De acordo com a comissão julgadora seu projeto, “Insetos”, foi escolhido pela originalidade e pela contribuição de seu desenvolvimento para a literatura brasileira contemporânea. O enredo traz a história de uma menina órfã que se perde do irmão na cidade grande. Lá, ela passa de mendiga à prostituta, mas se torna uma observadora da cidade. Sempre com uma visão muito poética, até ingênua, a menina se confunde entre si mesma e seu alter-ego, formado pela (sobre)vida da metrópole. Os personagens são todos comparados/metaforizados com insetos.
[12/05/2009 00:00:00]