Apanhadão: Rosa Montero e Carlos Heitor Cony com novos livros
PublishNews, Redação, 20/06/2022
Estadão entrevista autora espanhola, que lança 'A boa sorte' (Todavia); Folha revela publicação póstuma de romance inédito de Cony, pela Nova Fronteira

Rosa Montero | © Divulgação Todavia
Rosa Montero | © Divulgação Todavia
No noticiário sobre livros no fim de semana, o Estadão entrevistou a espanhola Rosa Montero [foto]. Um dos grandes nomes da literatura produzida em seu país, a autora lança no Brasil A boa sorte (Todavia), no qual se propõe a explorar contradições que marcam a existência de todas as pessoas. Ela define o livro como “um thriller existencial, sem assassinatos e muitos mistérios”. Os personagens, habitantes do vilarejo Pozonegro, carregam segredos que vão intrigar o protagonista, Pablo, forasteiro que escolhe viver no local.

Também no Estadão, a coluna Babel informou que a portuguesa Matilde Campilho, uma das integrantes da delegação do país que é homenageado na próxima Bienal Internacional do Livro de São Paulo, irá lançar no evento seu trabalho mais recente, Flecha. O livro, que sai no Brasil pela Editora 34, é uma coletânea de histórias, entre microcontos, memórias e outros textos curtos.

Na coluna Painel das Letras, da Folha, está a informação de que um romance póstumo e inédito de Carlos Heitor Cony (1926-2018) deve ser publicado pela Nova Fronteira em julho. O manuscrito de Paixão segundo Mateus foi encontrado depois que a família do escritor doou, no ano passado, seu acervo completo para a Academia Brasileira de Letras, da qual Cony era membro. Para familiares do jornalista e escritor, a obra deve ter começado a ser elaborada ainda na década de 1990. O romance acompanha um jovem seminarista que se desencanta com a religião.

Também na Folha, o caderno Ilustríssima trouxe entrevista com o sociólogo Marcelo Ridenti, que falou de seu novo livro, O segredo das senhoras americanas: intelectuais, internacionalização e financiamento na Guerra Fria Cultural (Editora Unesp). Professor titular na Unicamp, ele conta que a cada ano, entre 1962 e 1971, 80 jovens brasileiros passavam, gratuitamente, um mês em cidades norte-americanas, e faziam um curso na Universidade Harvard. Eram jovens de tendências de esquerda, que poderiam então se encantar com o “american way of life”.

O Valor publicou texto analisando The man who broke capitalism, de David Gelles, ainda sem edição brasileira. O homem que quebrou o capitalismo ao qual o título faz referência é Jack Welch, o executivo que, na opinião do autor, esteve na origem de muitos dos males que afligem o capitalismo americano hoje. Mesmo no fim dos anos 1990, quando ele estava no auge de sua carreira como presidente da General Electric, Welch era uma figura controversa. Os cortes brutais de empregos encorajados por ele na década renderam a comparação a uma devastadora bomba de nêutrons. Sua prática de demitir a cada ano 10% dos funcionários com pior desempenho na equipe se alastrou pelo mundo corporativo.

O Globo entrevistou Carol Moreira e Mabê Bonafé, do podcast Modus operandi. A dupla escreveu o livro Modus operandi: guia de true crime (Intrínseca), um manual que passeia pelo gênero policial, listando os tipos de crime, explicando os passos de uma investigação e mostrando como funcionam o sistema judicial e carcerário. Elas têm uma coleção intensa de crimes chocantes na cabeça, e trataram de rechear com eles o livro que será lançado nesta semana pela editora Intrínseca.

Outra entrevista no Globo foi com Bruno Thys, jornalista com longa carreira em redações de veículos como Jornal do Brasil, Veja e Extra. Durante a pandemia, revirou gavetas e encontrou textos antigos. Motivado por uma fala do escritor americano Paul Auster. passou a escrever de duas a três horas por dia. O resultado é O canto do violino, lançado pela Máquina de Livros, editora da qual ele é sócio. Na história, um advogado carioca compra um violino usado na internet e, ao reformá-lo, encontra misteriosas peças dentro do instrumento.

Tags: Apanhadão
[20/06/2022 09:00:00]