No episódio desta semana do Podcast do PublishNews, vamos falar de "Romance", gênero que movimenta muitos exemplares no mercado editorial dentro e fora do Brasil, e tem leitores e leitoras ávidas e com um fraco pelas tramas românticas. Duas grande editoras – a Record e a HarperCollins Brasil – estão reformulando seus selos voltados a esse público, Verus e Harlequin, respectivamente. A Harlequin está desde 2005 no Brasil, e este ano, com Julia Barreto como editora, anunciou uma expansão de linha editorial e reformulação de marca. Já a Verus, comandada por Rafaella Machado, tem a ideia de trazer para os leitores histórias de amor diversas, do mesmo jeito que o selo Galera Record vem publicando obras com os mais variados temas para o público jovem. O Podcast do PublishNews é um oferecimento da MVB, a empresa que torna os seus livros visíveis com serviços como Metabooks e Pubnet; da UmLivro, novo modelo de negócios para o mercado editorial: mais livros e mais vendas; e da Câmara Brasileira do Livro (CBL), a entidade que representa editores, livreiros, distribuidores e demais profissionais do setor. Você também pode ouvir o programa pelo Spotify, iTunes; Google Podcasts, Overcast e YouTube.

Em reportagem neste fim de semana, o jornal O Estado de S. Paulo falou sobre a vida dos livreiros. A reportagem ouviu quatro profissionais que trabalham na cidade de São Paulo, cada um deles com diferentes experiências em livrarias de perfis e públicos variados. Em abril de 2024, a morte de Gabriel García Márquez completa 10 anos. O g1 fez uma reportagem em vídeo sobre os lugares da Colômbia que inspiraram os livros do autor e de "personagens" que vivem lá até hoje. No Metrópoles, Guilherme Amado revelou a capa do novo livro de García Márquez em sua coluna. O livro póstumo do escritor colombiano começará a ser vendido no dia 6 de março, cerca de 20 anos depois do seu último livro. A CNN Brasil falou sobre a reinvenção dos clubes de livro pelas gerações Z e Millennials. De acordo com a reportagem, os clubes adquiriram novas características para se adaptar à essas gerações, que ingressam nesses espaços como forma de socializar. No UOL, o colunista Rodrigo Casarin escreveu sobre a obra da autora Annie Ernaux e os efeitos de seus livros nos leitores. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O Rio2C, cuja próxima edição ocorre de 4 a 9 de junho, na Cidade das Artes no Rio de Janeiro, prorrogou até o dia 28 de fevereiro as inscrições para as suas ações voltadas a negócios na área de mercado audiovisual, incluindo o pitching editorial. As inscrições do Pitching Editorial são gratuitas por meio do site https://www.rio2c.com/mercado/... Em 2024, além de dois palcos dedicados ao segmento – o Screening Room e o Writers room, que recebem profissionais renomados para abordar as temáticas mais relevantes do setor –, o encontro oferece oportunidades para a consolidação de novos projetos, bem como a possibilidade de networking com executivos influentes da indústria, a partir das Rodadas de Negócios e os Pitchings Audiovisual, Creator, Editorial e Startups. Depois de promover na última edição 1,8 mil reuniões e gerar mais de R$ 180 milhões em negócios no setor, o mercado audiovisual do Rio2C volta ainda maior, com a participação de mais de 200 players, marcando o retorno de grandes empresas internacionais do segmento. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O Brazilian Publishers – projeto setorial de fomento às exportações de conteúdo editorial brasileiro, resultado da parceria firmada entre a CBL e a Apex-Brasil – está recebendo livros vencedores do Prêmio Jabuti para compor a "Jabuteca", exposição de livros que estará presente nos maiores eventos mundiais do setor do livro. Editoras interessadas em exibir suas obras, contempladas com o Prêmio Jabuti em qualquer edição nas cateogiras Infantil, Juvenil, Ficção e Não ficção, podem participar da mostra especial. Basta encaminhar os livros aos cuidados da CBL, atentando aos gêneros literários e prazos para remessa de exemplares de cada evento. Clique no Leia Mais para ler a nota na íntegra.

Estão abertas as inscrições para o lançamento de livros durante a 4ª Conferência Nacional de Cultura (4ª CNC). Para participar, basta preencher o formulário, destinado a delegados(as) e convidados(as) da Conferência, com informações como título, idioma, autores, editora, ano de publicação, número de páginas e um breve resumo da obra. Livros autorais, coletâneas e resultados de projetos de pesquisa estão entre os formatos que podem ser selecionados, além de redes de pesquisa nacionais e internacionais. Após um hiato de 10 anos, o Ministério da Cultura (MinC) realiza, de 4 a 8 de março de 2024, a 4ª Conferência Nacional de Cultura (CNC). Com o tema “Democracia e Direito à Cultura", o evento deverá reunir mais de 3 mil participantes de todo o Brasil no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília, para debater políticas públicas culturais e definir orientações prioritárias para assegurar transversalidades nas ações do setor. As propostas aprovadas durante o evento vão embasar as diretrizes do novo Plano Nacional de Cultura (PNC), que nortearão a pasta na próxima década. Clique no Leia Mais para ler a nota na íntegra.

Iniciando a série “Encontro com os Clássicos – Viagens e Literatura”, ministrada pelo acadêmico Jacyntho Lins Brandão, a Universidade Livre da Academia Mineira de Letras (AML) realiza o primeiro módulo do curso, intitulado “Literaturas Antigas e Medievais”. As aulas ocorrerão em formato híbrido (presencial e virtual), de 11 de março a junho de 2024, com encontros às terças-feiras, das 19h às 21h, na sede da AML (Rua da Bahia, 1466 – Centro – Belo Horizonte / MG) ou pela plataforma Zoom. As inscrições já estão abertas, neste link e o investimento, independentemente do formato, é de 4x R$ 200. Neste módulo serão abordadas obras que vão da Descida de Inana ao mundo dos mortos (séc. XX a. C.) à Divina Comédia de Dante (séc. XIV). O segundo módulo, previsto para acontecer de agosto a novembro, tratará do tema nas literaturas modernas e contemporâneas. Clique no Leia mais para conferir a programação completa do curso.

Em homenagem ao escritor Murilo Rubião, a editora Literíssima vai promover um concurso literário para premiar os melhores contos que tenham o escritor como protagonista ou citações de suas obras. A iniciativa é voltada para jovens de 14 a 21 anos residentes em Belo Horizonte (MG). As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no site literissima.com.br/murilorubiao. O concurso, aberto aos alunos de escolas públicas e privadas, é um incentivo para revelar novos talentos da cena literária mineira, segundo a editora. Como premiação, os vencedores vão participar de oficina de escrita com a sobrinha-neta de Murilo Rubião, Sílvia Rubião, e a escritora Rafaela Polanczyk. Além disso, os 50 melhores textos serão publicados em um livro. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A aula aberta Jorge Amado e a invenção de um Brasil, parte do projeto Por que ainda ler?, ocorre nesta quarta-feira (28), às 19h, na Biblioteca do Sesc 14 Bis (R. Dr. Plínio Barreto, 285, Bela Vista, São Paulo - SP), com Joselia Aguiar, escritora e jornalista, para falar sobre a trajetória do autor. Ex-diretora da Biblioteca Mário de Andrade e curadora da Flip por dois anos, Joselia lançou em 2018 Jorge Amado: Uma biografia (Todavia), na qual mergulha na vida e documentos do baiano para retraçar a história de um dos mais populares escritores do século 20. No bate-papo, Joselia parte dessa jornada para analisar a extensa obra e os elementos que ainda a tornam fundamentais para entendermos o Brasil de hoje. O evento tem entrada gratuita. Clique no Leia Mais para ler a nota na íntegra.

O livro A polícia da memória (Estação Liberdade) será adaptado para o cinema com direção de Reed Morano (The Handmaid's Tale), e com roteiro de Charlie Kaufman, vencedor do Oscar de melhor roteiro original em 2005 (Brilho eterno de uma mente sem lembranças). A protagonista será interpretrada pela recém-indicada ao Oscar de melhor atriz e ganhadora do Globo de Ouro Lily Gladstone, reunindo novamente a atriz e o produtor executivo Martin Scorsese. Ainda não há data de lançamento. A polícia da memória foi finalista do International Booker Prize 2020, e do National Book Awards 2019, e foi publicado originalmente em 1994. O livro chegou ao Brasil em 2021. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O Instituto de Leitura Quindim (ILQ) e o grupo teatral caxiense Trupe de Maricas realizam a 3ª edição do projeto Vivências Lúdicas, uma parceria bem-sucedida iniciada em 2021. As aulas começam no dia 2 de março, sempre aos sábados de manhã, das 9h, às 10h30, no ILQ (Rua Sinimbu, 1670 - 6º andar - Centro, Caxias do Sul / RS), e serão ministradas pelo artista Felipe Dalbosco. O objetivo da atividade é investigar o teatro e a corporeidade, através de jogos e brincadeiras, com crianças e adolescentes de sete a 17 anos. Isso se dará por meio das aulas que possibilitarão exercícios de criação e improvisação de cenas, coordenação motora e apropriação do espaço, musicando com o corpo e dançando com sons. Interessados em participar devem fazer as inscrições diretamente com o grupo Trupe de Maricas, pelos telefones (54) 99693-0094 ou (54) 99923-5266. A mensalidade das oficinas é de R$ 180 por aluno. Outra ação que também está de volta é o Quindim pela cidade. A iniciativa nasceu em 2022 e tem como objetivo promover a circulação de artistas, facilitando o acesso das famílias à cultura e à educação. A 4ª edição do projeto iniciou no último sábado e terá mais quatro encontros ao longo do ano. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

É fragrante fojado dôtor vossa excelência (Civilização Brasileira), de Carla Akotirene, faz uma crítica feminista e decolonial dos procedimentos jurídicos, expondo a institucionalização do racismo e a perseguição punitivista da população negra representadas na forma das audiências de custódia, segundo a editora. Um lançamento em Salvador (BA) ocorre na próxima quarta-feira (28), às 18h, na Academia de Letras da Bahia (Av. Joana Angélica, 198 - Nazaré – Salvador / BA), com sessão de autógrafos e bate-papo com a promotora de justiça Livia Vaz e o advogado criminalista Marinho Soares. São Paulo também receberá um evento na Livraria Megafauna, no dia 14 de março. O livro concentra as principais críticas de Carla Akotirene aos aparelhos jurídicos brasileiros, aqui representados pela Vara de Audiência de Custódia do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia. As audiências de custódia são uma oportunidade de as pessoas presas em flagrante delito manifestarem os motivos da detenção e as condições de tratamento a que são submetidas pela forças policiais e judiciais. Clique no Leia Mais para ler a nota na íntegra.

Madri 1940 (Carambaia, 248 pp, R$ 109,90 – Trad.: Sérgio Molina), obra de Francisco Umbral, se desenvolve em três planos: as supostas memórias de um jovem falangista debochado, um mapa da repressão dos primeiros anos do franquismo e a crônica de uma vida cultural em processo de desaparecimento. O enredo, marcado pelo escárnio e pela ironia, se desenrola logo depois da chegada de Franco ao poder ao fim da Guerra Civil espanhola e se estende até 1945, com o término da Segunda Guerra Mundial. Mariano Armijo, narrador e protagonista, é um anti-herói perfeito: delator, ganancioso, carreirista, amoral, talvez psicopata. Embora partidário do fascismo, despreza Franco, por considerá-lo fraco e contemporizador demais em comparação a Adolf Hitler e Benito Mussolini. Mesmo assim, Armijo tenta ascender socialmente no cenário da vitória de Franco. As circunstâncias o empurram para o jornalismo, plataforma ideal para quem se presta anonimamente a ser dedo-duro. Seus alvos são os republicanos, vencidos na Guerra Civil, mas a “limpa” inclui também um rival literário. Armijo, além de mulherengo, revela-se necrófilo e pedófilo.

Para Isabel: Uma mandala (Estação Liberdade, 144 pp, R$ 56 - Trad.: Federico Carotti), romance póstumo do autor italiano Antonio Tabucchi, traz uma trama vibrante que engenhosamente progride ao estilo de um quebra-cabeças, com uma aura detetivesca e metafísica. Tal como numa mandala vários círculos concêntricos simbolizam a jornada rumo à unidade do eu, este romance mapeia a luta espiral pela verdade de uma história. O pano de fundo é um antigo amor entre o escritor polonês Tadeus Slowacki e a revolucionária portuguesa Isabel, cujo rastro perdido em tempos salazaristas desenha um retrato fragmentado desse período político sombrio. Mas são as sombras da história particular de Isabel que estão no ponto focal deste enredo, numa investigação-peregrinação que quer levantar, um a um, os véus do sigilo feito necessário para uma perseguida por um regime ditatorial. Assim, ao final de cada capítulo — como um refrão que se repete — a personagem encontrada pelo protagonista aponta uma nova personagem-chave que faz a história avançar para um novo círculo. Carregado de inconformismos e intuições sobre o verdadeiro destino ou paradeiro da amada, o herói da trama inicia sua jornada em Lisboa (uma conhecida paixão de Tabucchi) e daí parte para viagens que vão ficando cada vez mais misteriosas, mas também cada vez mais sensoriais.

Trabalho revolucionário de um mestre da literatura, O oceano no fim do caminho (Intrínseca, 336 pp, R$ 99,90 – Trad.: Renata Pettengill) foi publicado em 2013 e logo se tornou um best-seller mundial. Agora, o aclamado livro de Neil Gaiman ganha uma edição em capa dura ilustrada pela artista Elise Hurst, um conto de fadas comovente que convida o leitor a repensar as maravilhas e o lado sombrio da infância. Em Sussex, na Inglaterra, um homem de meia-idade volta à casa em que cresceu para um funeral. Embora a construção não seja mais a mesma, ele é atraído para a fazenda no fim da estrada, onde, aos sete anos, conheceu uma garota extraordinária, Lettie Hempstock, que morava lá com a mãe e a avó. Ele não pensava em Lettie há décadas, mas ao se sentar à beira do lago nos fundos da velha casa, o mesmo a que ela se referia como um oceano, o passado esquecido ressurge como uma forte maré. Quarenta anos antes, a morte de um homem despertou consequências inimagináveis, e Lettie ― com magia, amizade e a sabedoria digna de alguém com muito mais de 11 anos ― prometeu protegê-lo, não importasse o que acontecesse. Autor de clássicos como Deuses americanos e Coraline, Neil Gaiman revisita e reimagina a própria infância em O oceano no fim do caminho, uma obra marcante e melancólica sobre memória, amadurecimento e sobrevivência.

Tia Beth (Insígnia, 360 pp, R$ 64,90), mãe sobrevivente da ditadura militar brasileira, é a personagem que dá nome ao romance do escritor e professor de direitos humanos Leonardo de Moraes. Solitária e distante dos membros da família, ninguém fala que o único filho dela desapareceu durante o regime. Este silêncio atravessa gerações, até que ela decide contar sua história para um sobrinho-neto com objetivo de registrar as memórias da época em um livro. Assim, o jovem Leonardo conhece o contexto social, histórico e político do país a partir dos relatos de uma mulher que vivenciou os principais momentos do Brasil no último século. Ao mesmo tempo em que mergulha no passado, esse contato auxilia o garoto a lidar com os próprios conflitos pessoais e a fortalecer elos familiares. Com uma narrativa fluida composta por capítulos curtos, que equilibram diálogos, reflexões internas, cartas íntimas e textos de diários, o autor expõe lutos, dores e traumas causados durante a ditadura. Ao abordar experiências pessoais, Beth explica como o conservadorismo e os preconceitos sociais afetaram suas escolhas. Entretanto, ela também percorre períodos marcantes para a população, como a Segunda Guerra Mundial; a criação de campos de concentração para imigrantes japoneses, italianos e alemães; a alienação política; a efervescência cultural dos anos 1960; e a resistência dos artistas contra o regime militar.