Do ponto de vista dos 182 expositores que participaram da 26ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que aconteceu de 02 a 10 de julho, ela foi a ‘Bienal das Bienais’, com grande parte das editoras reportando recordes de vendas. Agora, a SMTur Secretaria Municipal de Turismo, através do Observatório do Turismo e Eventos da SPTuris, reforça essa afirmação ao divulgar mais números sobre o evento e que demostram o impacto além das barreiras do mercado editorial. Os dados divulgados mostram a Bienal de SP movimentou R$ 374,8 milhões na cidade, valor calculado pelo Centro de Inteligência da Economia do Turismo (CIET), da Secretaria de Turismo e Viagens do Estado, e gerou 3.400 postos de trabalho. Além disso, cada visitante comprou aproximadamente sete títulos e gastou em média R$ 203,34 (em livros) durante a feira. A pesquisa que foi realizada durante o evento demonstra ainda que 39,4% dos entrevistados afirmaram ter ensino superior completo, com média de renda familiar mensal entre R$ 2.425,00 e R$ 4.848,00. Clique no Leia mais para saber outros detalhes da pesquisa.

A americana Colleen Hoover continua firme no caminho de levar seu É assim que acaba (Galera Record) para ser o mais vendido do ano. O livro está agora entre os dez mais vendidos em 28 países, e nesta semana volta a liderar a Lista dos Mais Vendidos do PublishNews com 3.192 exemplares vendidos. Surpresa é a segunda colocação para Nova economia (Gente), de Diego Barreto [foto] que vendeu 2.438 cópias na semana. Lançado no ano passado – já com destaque no PN –, a obra dá uma nova arrancada, vendendo 2.438 exemplares na semana. O autor, VP de Finanças e Estratégias do iFood, defende que estamos sempre a uma inovação de distância de que tudo aquilo que sabemos e conhecemos se torne obsoleto. Para não correr o risco de se afogar na avalanche de informações desse novo mundo, Barreto ensina como navegar nos mares da nova economia e utilizar essa realidade a seu favor. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

Entre as notícias do mercado editorial divulgadas durante esta semana, a coluna Lauro Jardim, no Globo, destacou que dois livros de Inácio de Loyola Brandão vão virar filmes, O cineasta José Eduardo Belmonte acaba de adquirir os direitos de Dentes ao sol e O beijo não vem da boca. Na coluna Um livro por semana, no Estadão, Maria Fernanda Rodrigues falou de 100 filmes: da literatura para o cinema (BestSeller). Uma compilação de Henri Mitterrand, lançada originalmente em 2014, que a colunista aponta como boa dica de leitura para quem se interessa por cinema, literatura e a ligação entre as duas artes. A Folha falou da reedição de Lugar de negro (Zahar), obra da antropóloga Lélia Gonzalez e do sociólogo Carlos Hasenbalg que mudou toda a maneira como se estuda racismo no Brasil. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

A 7ª Festa do Livro da Universidade de São Paulo (USP) de São Carlos acontece este mês, entre os dias 23 e 25, com uma programação literária que contará com autores e artistas brasileiros que discutirão as propostas do Ciclo 22. O tema remete à reflexão sobre quatro grandes marcos (1822, 1922, 2022 e 2122), com o objetivo de debater o bicentenário da Independência do Brasil, o centenário da Semana de Arte Moderna e o Movimento Modernista do Brasil, bem como projetar futuros ao país. O evento será aberto ao público sempre das 10h às 20h, no térreo do edifício E1 do campus 1 da USP de São Carlos (Av. Trabalhador Sãocarlense, 400). Participam da festa 32 editoras. Além da Editora da Universidade de São Paulo (Edusp), haverá estandes da Companhia das Letras, Aleph, Editora Unesp e UFSCar/FAI, entre outras. A lista completa das editoras presentes você confere no site do evento. Clique no Leia mais para ter acesso à íntegra desta nota.

Foi anunciada nesta quinta-feira (11) a morte do cartunista e quadrinista francês Jean-Jacques Sempé. Ele tinha 89 anos e ganhou fama internacional com O pequeno Nicolau, série de HQ que ele criou ao lado de René Goscinny (1926-1977), um dos autores de Asterix, e que vendeu 15 milhões de exemplares no mundo. Apesar do imenso sucesso entre o público infantojuvenil com O pequeno Nicolau, série que foi levada ao cinema em 2009 em duas versões, com atores e em animação, é inegável que o grande reconhecimento da crítica mundial ao trabalho de Sempé veio da série de mais de uma centena de ilustrações que ele fez para as capas da revista The New Yorker. A causa da morte não foi divulgada. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

A Rádio Cultura FM, que tem a maior parte de sua programação voltada para a música clássica, estreia uma série de programas sobre o escritor francês Marcel Proust (1871-1922). Com pesquisa e apresentação do jornalista Fillipe Mauro, a programação apresenta o imaginário musical do autor da monumental obra Em busca do tempo perdido. Dividida em quatro episódios, que vão ao ar às 14h nos próximos domingos, Em busca da música perdida explora como a música participou da criação de uma das obras inaugurais da literatura moderna, introduzindo timbres, compassos, ritmos, harmonias e melodias onde antes havia apenas palavras. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

A poeta gaúcha Claudia Schroeder lança neste sábado (13), às 16h30, na Livraria Taverna (Casa de Cultura Mário Quintana - Rua dos Andradas, 736 – Porto Alegre / RS), o seu terceiro livro. Em As línguas são para outras coisas (Taverna), Schroeder coloca a mulher como dona de seus desejos e prazeres. Assim, o que há bem pouco tempo poderia ser visto como mera fantasia ou fetiche, reveste-se de contornos subversivos. As personagens travam, ao longo dos poemas, suas lutas por afirmação da liberdade feminina com os instrumentos que estão ao seu alcance. Em meio a vasto repertório, que inclui anáguas de fibras encharcadas e perfumadas, scarpins pretos e finas lycras rosadas, se sobressai a Língua que surge no título do livro. O exercício metalinguístico da prática poética se faz presente ainda em outros momentos ao comparar a quebra dos versos com crises conjugais e ao revelar a relação com os editores do livro. A tarde de autógrafos terá leitura de poemas e um pocket show de Valéria Barcellos. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

Será lançado amanhã no Rio de Janeiro A menina do cabelo azul, livro de Morena Cattoni com ilustrações de Luiza Viveiros de Castro. A obra é publicada pela Zucca Books, editora independente com projetos autorais inovadores voltados para o público infantojuvenil. Morena, que é diretora teatral e professora de interpretação, escreveu o livro para mostrar às crianças que elas podem ser o que quiserem e que precisam esperar experimentar muitas coisas, sobretudo na pré-adolescência. Luiza acredita que o livro tem muito a ver com a menina que ela foi e também com sua filha, Olívia, de sete anos. "É um momento de se afirmar, de ter vontades e escolhas próprias, de se fazer ouvir e buscar seu próprio caminho”, afirma a ilustradora. Morena também tem uma filha, Isabela, de quatro anos. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

Quem será Melinha Marchiotti? Por entre suas vagas notícias, brotam mais perguntas do que respostas. Seria talvez uma inclassificável atriz da belle époque, ou uma louca internada por trinta anos num manicômio? La Marchiotti pode ser um espelho do próprio romance, escrito por um personagem-escritor apaixonado, que debocha quando o acusam de pornográfico, plagiário e impostor. Afinal, o que seria a literatura senão uma senhora obscena que mente para buscar sua própria verdade poética? Após décadas fora das livrarias, a saga em torno da diva Melinha Marchiotti surge em nova edição. Publicado pela primeira vez em 1984, Vagas notícias de Melinha Marchiotti (Record, 350 pp, R$ 69,90), de João Silvério Trevisan, representa um terremoto de inventividade e transgressão, tanto linguística e estilística, quanto estrutural e temática. Ousado, polêmico e esfuziante, este romance mistura ficção romanesca, poemas, diários reais, cartas apócrifas, fragmentos narrativos, memórias cinematográficas, boatos obscenos, entre outros gêneros e subversões textuais possíveis. É uma obra que instiga e confunde as barreiras entre vida real e literatura ficcional, e que celebra a liberdade de ser e de criar, com direito ao escracho próprio de quem está bem vivo. O livro vem acompanhado de um ensaio de Fábio Figueiredo Camargo, doutor em literaturas de língua portuguesa e pesquisador de literatura homoerótica na Universidade Federal de Uberlândia.

Copacabana, década de 1990. À medida que chega à adolescência, Manu, caçula de uma família de classe média, percebe que a imagem que tem de si não coincide com aquela que os outros à sua volta enxergam — ou esperam enxergar. Como aponta Chico Felitti na orelha do livro, Vinco (Companhia das Letras, 256 pp, R$ 69,90) não trata simplesmente de uma única transição, e sim de “um tapete tecido com todas as transições que formam a vida de Manu: de criança a adolescente. De adolescente a adulto. De neto a amigo. De brasileiro a estrangeiro ilegal na França. De homem para mulher. De mulher para homem. De homem ou mulher para algo ainda sem nome”. Assim, Manoela Sawitzki descreve na obra os traumas, as dores e as vitórias dos processos de transição de gênero. “E o faz não apenas com sua competência de pesquisadora e escritora, mas, sobretudo, com uma delicadeza e afetividade brilhantes”, completa Heloisa Buarque de Hollanda.

Primeiro romance do jornalista Zé Ronaldo Müller, O quarto estava gelado e escuro (Gryphus, 224 pp, R$ 59,90) se passa nos anos 1980 e acompanha os jovens Pedro (o narrador) e Felipe. Eles partem para Nova York deixando para trás suas vidas confortáveis de classe média alta, em busca de sua independência. É a época de ouro do mercado financeiro de Wall Street, as drogas estão por todo lado e as festas não têm fim. São noitadas, restaurantes, compras, festas em lofts, um caleidoscópio de hedonismo, e dois jovens em busca de autoconhecimento e da realização de seus desejos. Eles se enturmam com o jet-set europeu e partem para a Itália, a bordo de iates suntuosos, navegando pelo Mediterrâneo em um dolce far niente, a não ser curtir a vida, tomar sol, nadar e festejar. A busca final de Pedro está na Califórnia, para onde vai, desejando atingir seu ponto de ajuste, mas é forçado a reconhecer a inevitável perda e, possivelmente, a redescobrir seus melhores instintos e amadurecer. Este é um romance de formação da juventude e de como a vida pode ser surpreendente.

Jeremy Harkiss, capitão de torcida e presidente do grêmio estudantil, não permitirá que se assumir como um garoto trans arruíne seu último ano na escola. Então, em vez de se esconder, curvando-se aos transfóbicos de plantão e à gestão conservadora do lugar, Jeremy resolve fazer barulho – e, para ele, não há melhor forma de chamar a atenção de todos do que desafiar seu popular ex-namorado, Lukas, pelo título de Rei do Homecoming, o evento anual mais importante do colégio. Lukas Rivers, estrela do futebol americano na escola e líder do comitê do Homecoming, está apenas tentando sobreviver ao caos de sua vida após perder o irmão mais velho, além de ter que superar o término do namoro de longa data. Porém, quando Jeremy ameaça não só partir novamente o coração dele, mas também roubar sua coroa no esperado evento, Lukas inicia um plano para sabotar a campanha de Jeremy. Os dois garotos começam a levar sua rivalidade longe demais, e muita coisa entra em jogo. É quando, finalmente, eles terão que encarar as cicatrizes que ambos estão escondendo... bem como as borboletas no estômago que insistem em aparecer e eles já não conseguem controlar. Que vença o melhor (Plataforma 21, 432 pp, R$ 69,90 – Trad.: Vic Vieira Ramires), de Z. R. Ellor, é, acima de tudo, uma história sobre o amor: será o sentimento dos personagens mais forte que a ambição?