No episódio do Podcast do PublishNews desta semana, falamos sobre a grandiosa Bienal Internacional do Livro de Pernambuco – que ocorreu no início do mês. Na edição de aniversário de 30 anos, mais de 300 mil pessoas visitaram o evento, que movimentou R$ 30 milhões. Os convidados do podcast são Mirela Paes e Sidney Nicéas. Ambos destacaram o impacto cultural e comercial do festival. No episódio, gravado no dia 13 de outubro, eles discutem a importância do evento para a literatura da região, a programação voltada para jovens, a acessibilidade e os resultados de vendas. Além disso, falam sobre a necessidade de fomentar a cultura do livro no Brasil e os planos para a próxima Bienal, em 2027. Este podcast é um oferecimento de Câmara Brasileira do Livro (CBL), MVB América Latina e UmLivro. Você também pode ouvir o programa pelo Spotify, iTunes, Google Podcasts, Overcast e YouTube. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O Governo de São Paulo está levando uma comitiva com dez empresas para a Feira do Livro de Frankfurt, na Alemanha, que começa nesta quarta-feira (14). A missão empresarial integra o CreativeSP, programa da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado e da InvestSP, agência de promoção de investimentos vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico. As empresas selecionadas, que terão acesso e poderão fechar negócios e parcerias com alguns dos maiores players globais do setor, são: Bennu Editora, Companhia Editora Nacional, Editora Aleph, Lume Livros, Pinard, Primavox, Editora Rua do Sabão, TAG Experiências Literárias, Taverna do Rei e Ubu Editora. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Território fértil de experimentação, memória e crítica social, o jornalismo em quadrinhos está em expansão no Brasil. Para o jornalista Augusto Paim, os quadrinhos não são atalhos visuais nem formas simplificadas de contar histórias, mas uma linguagem artística capaz de humanizar narrativas e explorar camadas profundas de complexidade, tão rigorosas quanto outras artes. Essa convicção começou a se desenhar em 2006, quando, ainda estudante de jornalismo na Universidade Federal de Santa Maria, ele se perguntou se seria possível praticar jornalismo em quadrinhos. Desde então, construiu uma trajetória que o consolidou como referência no campo. Doutor pela Universidade Bauhaus de Weimar, organizou as primeiras edições do Encontro Internacional de Jornalismo em Quadrinhos no Brasil, publicou reportagens em veículos como Itaú Cultural e Cartoon Movement e, atualmente, coordena o evento internacional 24 Horas de Quadrinhos, em Berlim. Ele respondeu a algumas perguntas da coluna sobre o assunto. Clique no Leia mais para ler a entrevista.

O cartunista e ilustrador Greg Vieira, colaborador das revistas Continente e Pernambuco da Cepe Editora, é um dos finalistas do 28º Prêmio Cristina Tavares de Jornalismo. Greg concorre na categoria Criação Gráfica com o desenho 'Capiba de todos os ritmos', que ilustra a capa da edição nº 277 da Continente, referente ao último trimestre de 2024. A inspiração da capa veio da figura do músico Lourenço da Fonseca Barbosa (1904–1997), o mestre Capiba, maior compositor de frevos do país. “A figura dele é muito carismática, ele tem um semblante doce, uma cara de gente boa. Tudo isso influenciou a ilustração — fiz Capiba dançando, com a mão para cima”, explica o artista pernambucano, com mais de 30 anos de carreira e muitos prêmios na estante de casa, acrescentando que o texto da matéria é assinado pelo jornalista e pesquisador musical José Teles.

Encerrando o calendário literário de 2025, o Loba Festival – Literaturas e Obras de Autoras realizará a sua 2ª edição em dezembro, no Edifício Oswald de Andrade, em São Paulo. Com o tema “Celebrando a Escrita Feminina Brasileira”, o evento reforça o convite a ler mais mulheres, valorizar suas narrativas e fortalecer a leitura como ato coletivo. A programação contará com painéis, palestras, rodas de conversa, oficinas e espaços de troca entre autoras, editoras, pesquisadoras e profissionais do livro. Entre as presenças confirmadas estão Aline Bei, Lilia Guerra e Amara Moira, além de Maria Carolina Casati, Fernanda Teixeira Ribeiro, Tatiana Nascimento e Luisa Tieppo. Leia mais para acessar outros detalhes do evento.

A Livraria Leitura está contratando nova pessoa para o cargo de assistente de loja. Entre os requisitos para a vaga estão possuir Ensino Médio completo, e ter experiência com vendas é um diferencial. Pessoa ficará responsável por realizar tarefas no dia a dia da loja. É preciso também ter disponibilidade para trabalhar em São Paulo.

O Festival Literário Internacional de Belo Horizonte (Fli BH) chega à sua 6ª edição com programação diversa e gratuita na Funarte MG em outros espaços culturais da cidade. A ser realizado no final de outubro, sob o tema 'Da minha língua eu vejo o mundo', o festival propõe uma celebração das diversas línguas faladas no Brasil e no mundo, valorizando a palavra como instrumento de encontro, memória e transformação. Na programação, destaque para nomes como os quatro que aparecem na foto: Fereshteh Najafi (do Irã), Ricardo Aleixo (de Minas Gerais), Lina Meruane (do Chile) e Lino Eustáquio (de Moçambique).

A próxima edição do Encontro com os Escritores terá como convidado o romancista Milton Hatoum, que apresenta ao público o recém-lançado Dança de enganos, volume final da trilogia O lugar mais sombrio. O evento gratuito será realizado este mês, na Biblioteca Mário de Andrade, em São Paulo, com mediação do jornalista literário Manuel da Costa Pinto. As inscrições gratuitas estão abertas no site da Universidade do Livro. Recém-eleito para a Academia Brasileira de Letras e cotados ao Prêmio Nobel de Literatura deste ano, Hatoum é um dos maiores nomes da literatura brasileira contemporânea. Com mais de 400 mil exemplares vendidos no país e traduções em 17 idiomas, sua obra é marcada pela fusão entre dramas familiares e contexto histórico-político.

O projeto de cinema ao ar livre do Museu da Língua Portuguesa, Luz na Tela, vai receber três sessões da 49ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo nos dias 16, 17 e 18 de outubro, a partir das 19h, no Auditório do Museu. Localizado no histórico prédio da Estação da Luz (Praça da Luz, s/n — São Paulo / SP), o museu recebe exibições gratuitas de curtas, animações, documentários e longas. A instituição participa pelo segundo ano consecutivo da programação da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Em Não há pássaros aqui (Todavia, 224 pp, R$ 79,90), ao receber um telefonema dizendo que sua mãe havia desaparecido após protagonizar uma série de escândalos na vizinhança (como tentar arrastar uma criança para dentro de sua própria casa), Ana precisará retornar ao endereço onde jurou jamais colocar os pés novamente. O que encontra ao entrar na casa da mãe a surpreende: pegadas de lama pelo chão, lixo por toda parte, móveis destruídos. O que teria acontecido com Andrea durante os cinco anos em que as duas cortaram contato uma com a outra? Estreia de Victor Vidal, Não há pássaros aqui é uma meditação ― frequentemente dolorosa, mas sempre esclarecedora ― sobre como aquilo que vivemos na infância pode ter as mais inesperadas consequências durante a vida adulta.

Nos últimos cinco anos, Mitra Esfahani se inspira em apenas duas coisas: sua melhor amiga, Beatrice Ortega, e o Livro, um caderno que ela e Bea preenchem com versos de um poema épico e sem fim desde que tinham 13 anos. Para Mitra, que guarda muita dor no coração, o Livro é um dos poucos espaços em que pode se abrir e ser ela mesma, e o único no qual vê por completo a personalidade brilhante e solar de Bea. Em Só mais um poema épico de amor (Pitaya, 352 pp, R$ 69,90 – Trad.: Angélica Andrade), de Parisa Akhbari, as duas compartilham tudo: de reclamações sobre a escola em que estudam até os sentimentos complicados de Mitra a respeito de sua mãe ausente e os relatos de todas as vezes que o coração de Bea foi partido. Nada é feio ou complicado demais para o Livro. Exceto a única coisa que pode mudar a relação delas: o fato de que Mitra é perdidamente apaixonada por Bea. Mas um “eu te amo” pode ser tão inconstante e ter tantas variáveis quanto o futuro que sonharam juntas.

Um redemoinho de desejo, prazer e liberdade. Transitando entre a boemia de Nova York e a próspera comunidade negra de Detroit dos anos 1970, Lewis Jones é a personificação da independência e do caos. Aos trinta e poucos anos, vai com amigos a festas hedonistas regadas a champanhe e passa manhãs em lençóis de seda com um rol de amantes. A certa altura, sua vida desregrada é posta à prova por Brook, um homem cruelmente charmoso que não tolera ser controlado. Histórias de uma garota malcomportada (Fósforo, 224 pp, R$ 84,90) é o romance de estreia de Nettie Jones e foi publicado nos Estados Unidos em 1984 por Toni Morrison, então editora da Random House, que o considerava “extraordinário”. O livro aborda temas como sexualidade e negritude, agência e exploração, individualidade e autodestruição a partir de experiências radicais da própria autora. A sátira sadiana de Jones chocou seus primeiros leitores e críticos, que chegaram a acusá-la de ser pornográfica, deixando a obra fora de circulação.

Narrado no coração da Amazônia acreana, entre cantos da floresta e transes espirituais, A hora mágica (Patuá, 280 pp, R$ 60), de Carlos Messias, estabelece um ponto de contato entre saberes ancestrais dos povos originários e a ciência contemporânea dos psicodélicos. O romance combina oralidade indígena, linguagem poética e rigor narrativo para retratar tanto o impacto dos enteógenos na mente humana quanto a relevância das cosmovisões da floresta. Primeira obra de ficção brasileira a mergulhar no universo da ayahuasca e das medicinas tradicionais amazônicas, a narrativa acompanha Caio Bandeira, um psiquiatra em crise que encontra, em uma aldeia do povo ika yubë, caminhos para além da racionalidade ocidental. Guiado pelo pajé Sibiruá, ele vivencia cantos de cura e cerimônias xamânicas, em meio a tensões sociais e políticas ligadas ao agronegócio, ao fundamentalismo religioso e ao crime organizado.

“Não acorde os monstros”, a mãe dizia quando se cansava de ouvir os gritos do filho. “Não acorde os monstros”, ela repetia aos berros. Os monstros se pareciam com todos os homens daquela família”. Seguido por mais de meio milhão de pessoas nas redes sociais e conhecido por sua escrita lírica, que parte da memória como território criativo, Luca Brandão mergulha ainda mais fundo nas tensões da prosa em seu novo livro. Em Não acorde os monstros (Rocco, 144 pp, R$ 54,90), ele expõe as marcas visíveis e invisíveis da violência cotidiana, atravessada pelo machismo, e suas consequências na vida de um filho. A narrativa em primeira pessoa acompanha um homem de trinta anos atormentado que, ao encarar a finitude da vida em tempos de Covid, se depara com o peso de uma herança silenciosa: a sombra de uma masculinidade tóxica que tentou rejeitar.