Nos últimos cinco anos, Mitra Esfahani se inspira em apenas duas coisas: sua melhor amiga, Beatrice Ortega, e o Livro, um caderno que ela e Bea preenchem com versos de um poema épico e sem fim desde que tinham 13 anos. Para Mitra, que guarda muita dor no coração, o Livro é um dos poucos espaços em que pode se abrir e ser ela mesma, e o único no qual vê por completo a personalidade brilhante e solar de Bea. Em Só mais um poema épico de amor (Pitaya, 352 pp, R$ 69,90 – Trad.: Angélica Andrade), de Parisa Akhbari, as duas compartilham tudo: de reclamações sobre a escola em que estudam até os sentimentos complicados de Mitra a respeito de sua mãe ausente e os relatos de todas as vezes que o coração de Bea foi partido. Nada é feio ou complicado demais para o Livro. Exceto a única coisa que pode mudar a relação delas: o fato de que Mitra é perdidamente apaixonada por Bea. Mas um “eu te amo” pode ser tão inconstante e ter tantas variáveis quanto o futuro que sonharam juntas.