A HarperCollins está com vagas abertas. O primeira é para ser a nova analista de marketing e a pessoa será como responsabilidade o planejamento estratégico e criativo das campanhas de marketing do selo. Já a vaga de assistente editorial precisa ter formação em Produção editorial, Letras ou Jornalismo e será responsável por acompanhar todas as etapas editoriais da produção do livro. As vagas são para trabalhar no centro do Rio de Janeiro.

Após anos atuando como escola para escritores — e à frente da editora Oito e Meio —, o Carreira Literária anuncia uma nova etapa em sua trajetória: agora também é uma agência literária. A proposta nasce do desejo de ampliar sua atuação e oferecer um suporte mais completo aos autores que acompanham a escola. Segundo o material de divulgação, a agência acredita em livros que unem entretenimento e relevância social, e também em estratégias concretas para conectar essas histórias aos leitores certos. O trabalho não se limita à intermediação entre autor e editora. A equipe atua lado a lado com os escritores na construção de público leitor e no posicionamento das obras no mercado. A ideia é que os livros representados já cheguem às editoras com ações estruturadas de divulgação, clubes de leitura parceiros, compras garantidas e uma base real de leitores engajados. Uma das principais ações nessa formação de público é a criação do clube de leitura da agência, onde os livros dos agenciados serão lidos e debatidos por um grupo de leitores ativos. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A Editora Oficina Raquel anuncia a nova edição do Literalab, um curso de formação literária voltado a escritores em início de trajetória e profissionais da cultura que desejam compreender, com profundidade, o universo do mercado editorial. Ao longo de sete encontros na sede da Editora, o programa constitui uma experiência formativa e combina teoria crítica, prática criativa e escuta editorial. O curso é voltado a pessoas que escrevem com intenção e buscam orientação real, propondo uma jornada de escrita consciente, reflexão crítica e conexão com profissionais atuantes no setor. O time de especialistas convidados inclui nomes como Raquel Menezes, Erika Neves, Marcelo Moutinho, Nicole Bonfim, Leonardo Neto, Jorge Marques e Ítalo Carvalho. Inscrições podem ser feitas pelo site. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A literatura coreana e, em especial, a escrita de Han Kang, autora conhecida pelo livro A vegetariana e vencedora do Nobel 2024, serão tema da série de encontros Caminhos da literatura coreana no Brasil: Han Kang, previstos para ocupar o Sesc Pinheiros (Rua Paes Leme, 195 — São Paulo / SP) a partir do dia 16 de setembro. As atividades são propostas pelo Sesc Pinheiros e pela editora Todavia, que publica as obras de Han Kang no Brasil. A programação tem apoio do Instituto de Tradução de Literatura da Coreia. Com vagas limitadas, as inscrições são gratuitas e devem ser feitas pela Central de Relacionamento Digital do Sesc a partir do dia 10 de setembro, às 15h. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O poeta e ativista cultural Sérgio Vaz publica seu novo livro, Coração de criança não morre, pela Global Editora. A obra será a primeira publicada pela editora simultaneamente nos formatos impresso, e-book e audiolivro. O livro apresenta uma narrativa híbrida que atravessa o conto lírico, a memória e a crônica poética. Aos 60 anos, Sérgio Vaz propõe um reencontro simbólico com a sua criança interior, crescida na periferia paulistana, em uma trama marcada por reflexões sobre o tempo, a infância, a perda, os afetos e o papel vital da literatura. Com sua linguagem direta, o autor constrói um texto que emociona e convida à reflexão sobre a infância como território de resistência e a poesia como forma de sobrevivência. “Conseguimos um grande feito: nosso primeiro livro lançado em impresso, e-book e áudio. Demostramos assim, a competência e dedicação da Global em atentar-se sobre as necessidades dos leitores. Além de, é claro, gerar uma relação de conveniência e comodidade”, destaca André Luis Silvestre Souza (Cafu), Gerente Nacional de Vendas da Global. A ideia é avaliar o modelo para também implementar em futuros lançamentos. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Em iorubá, Agbara quer dizer “potência”. Neste sábado, 13 de setembro, a partir das 13h, o Fundo Agbara, primeiro fundo filantrópico para mulheres negras do Brasil, vai oferecer ao público um dia de celebração, conhecimento e troca no Festival Agbara, a ser realizado no Central 1926realizado no Central 1926 (Praça da Bandeira, 137 – São Paulo / SP). O evento propõe uma imersão em arte, cultura viva e economia criativa, colocando o letramento racial e o protagonismo feminino no centro do diálogo. “Nosso compromisso é com o bem viver: criar caminhos para que mulheres negras tenham acesso a recursos, fortalecendo o letramento racial e consolidando a cultura negra como um pilar essencial do desenvolvimento do país”, afirma Aline Odara, fundadora e diretora executiva do Fundo Agbara. O festival já ficou conhecido por sua multilinguagem, envolvendo apresentações de samba, rap, poesia, slam e discotecagem. Leia Mais para saber como se inscrever.

O Centro Cultural Banco do Brasil Brasília (Asa sul Trecho 2, Centro Cultural Banco do Brasil — Brasília / DF) recebe nesta terça-feira, dia 9 de setembro, a partir das 19 horas, o evento "Memórias do Cacique: um diálogo com Raoni Mẽtyktire, Beptuk Metuktire e Fernando Niemeyer", que marca o lançamento do livro Memórias do Cacique (Companhia das Letras). A obra concretiza um desejo de longa data do Cacique Raoni, e é uma realização do Instituto Raoni em parceria com a Companhia das Letras, com apoio do Instituto Socioambiental (ISA) e do Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN). Cacique, pajé e cuidador de seu povo, tornou-se uma liderança que conheceu o mundo dos brancos, fez alianças pessoais e políticas, dentro e fora do Brasil, e formou uma visão de mundo própria, em que mito e história convergem, revelando a complexidade do pensamento originário. O livro foi construído a partir de entrevistas inéditas realizadas pelos tabdjwy de Raoni, seus netos, entre 2020 e 2023. O material foi traduzido para o português por meio de um trabalho meticuloso e extenso de uma equipe de tradutores Mêbêngôkre, sob a coordenação do antropólogo Fernando Niemeyer, que também supervisionou a redação e edição do manuscrito. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O romance A fraude (Companhia das Letras, 576 pp, R$ 129,90 – Trad.: Camila von Holdefer) se passa durante as décadas de 1860 e 1870, quando o Caso Tichborne gerou comoção no Reino Unido com uma trama de identidades falsas, disputa de riquezas e tensões colonialistas. O Requerente alegava ser Sir Roger Tichborne, herdeiro de uma grande fortuna. A defesa, porém, tentava provar que o homem não passava de um golpista. O julgamento se torna uma obsessão na casa do romancista William Harrison Ainsworth. Especialmente para Sarah, sua ex-criada e agora segunda esposa, que crê sem ressalvas na versão dos fatos oferecida pelo Requerente, e para Eliza Touchet, governanta e amante ocasional do escritor. Adepta da causa abolicionista, Eliza fica fascinada por uma das testemunhas, um escravo jamaicano liberto que insiste em permanecer ao lado do Requerente apesar das evidentes contradições do caso. Zadie Smith se inspira em pessoas e acontecimentos reais para envolver o leitor em uma história mordaz e repleta de seu humanismo característico.

Vencedor do Booker Prize 2023, A canção do poeta (DBA Literatura, 204 pp, R$ 88,90 – Trad.: Rogerio W. Galindo), escrito por Paul Lynch, é um registro silencioso de gente que não soube quando partir. Ao atender a porta em uma noite escura, Eilish vê o marido, Larry, ser intimado para um interrogatório por membros da recém-formada polícia secreta do governo federal. O episódio se revela o início de uma noite mais longa e mais escura: Larry, vice-secretário-geral do Sindicato de Professores, não volta para casa, e o totalitarismo na Irlanda avança, gerando uma resposta de grupos rebeldes que desencadeia uma guerra civil. Eilish tenta proteger a família, entre a esperança do retorno à normalidade e a possibilidade de ir embora do país, com implicações definitivas. A paisagem interior da personagem, que o autor delineia com lirismo assombroso, espelha a desintegração do exterior: uma Irlanda distópica que soa como alerta inequívoco em tempos de erosão da democracia.

Um apagão elétrico no Complexo da Maré é o ponto de partida para uma desastrosa ação policial, que afeta a vida dos diversos narradores de Lázaro (Cepe, 164 pp, R$ 55). Neste romance, todos os personagens estão costurados a uma mesma tragédia, cada um com um ponto de vista e um envolvimento distinto com o episódio da morte do rapaz que dá nome à obra. Lázaro explora a complexa teia de violência presente na cidade do Rio de Janeiro, e explora as diversas vozes e camadas implicadas em um drama considerado cotidiano. O livro trata temas e questões que vão do luto mais íntimo às políticas de segurança pública, de interesse coletivo. O livro marca a estreia do escritor pernambucano Mel Gomes na literatura.

Como uma semente que vagou ao vento, Apolinária — ou Polu, para os íntimos — deixou para trás um marido que nunca amou em Tabocas do Brejo Velho, no interior da Bahia, às margens do rio São Francisco, e foi germinar em São Paulo, em 1946. Sozinha, se estabeleceu na periferia da capital paulista e criou dois filhos, trabalhando como servente e empregada doméstica. Neste romance que consolida Bianca Santana como uma das principais escritoras brasileiras em atividade, as vozes da neta Bianca e da avó Polu se alternam, conforme a primeira tece com maestria memória familiar e pesquisa histórica, a segunda explora a fina linha que une a família, o dia a dia que sobrepassa o racismo e a ascensão social por meio do trabalho. O resultado é um convite para nos aprofundarmos nas nuances da identidade negra no Brasil. Apolinária (Fósforo Editora, 112 pp, R$ 69,90) também ilumina marcos históricos, num diálogo com o presente que remete à necessidade urgente de reparação do passado brasileiro.

Romance inaugural da escritora carioca que vem sendo incensada nos últimos anos Júlia Lopes de Almeida (1862-1934), Memórias de Martha (Via Leitura, 80 pp, R$ 26,90) foi publicado pela primeira vez em 1888, primeiro como folhetim e, depois, já como livro. Assim como em suas obras seguintes, nesta destaca-se a preocupação de Júlia em dar voz a uma protagonista feminina e em ressaltar sua importância para a sociedade. Narrado em primeira pessoa, o livro é uma autobiografia ficcional da jovem Martha. Órfã de pai, vê-se, junto à mãe, relegada à pobreza de um cortiço – como era tão usual naquele tempo – no bairro de São Cristóvão, no Rio de Janeiro. Durante o seu crescimento como mulher, encontra na educação a única chance de escapar da sina da maioria das mulheres daquela época. As constantes preocupações da mãe, que aconselha a filha a aprender os afazeres domésticos para que possa se sustentar depois de sua morte, enquanto a menina vislumbra a ascensão por meio da carreira de professora, evidenciam as transformações do papel social da mulher no fim do século XIX. Uma obra essencial para a compreensão da emancipação da mulher em nossa sociedade. A edição contém o texto integral, incluindo notas explicativas para os termos não usuais.