No Podcast do PublishNews desta semana, conversamos com Dalton Morato, diretor Jurídico, administrativo e de relações institucionais na Associação Brasileira de Direitos Reprográficos (ABDR), sobre a atual situação da indústria cultural brasileira, focando no Projeto de Lei 2338/2023, que regulamenta a inteligência artificial e seus impactos nos direitos autorais. Na conversa, Dalton discute a importância de proteger os direitos autorais na era digital, a relação entre tecnologia e criação literária, e as implicações da pirataria. O episódio foi gravado no dia 24 de julho, dias depois do advogado retornar de Brasília, no momento de discussão do projeto de Lei que trata da regulamentação da inteligência artificial. Dalton explica que a lei brasileira sobre o tema é vista como um modelo internacional, em que todo e qualquer uso necessita da prévia autorização do autor e, se este quiser, deve haver um pagamento para que sua obra seja reproduzida. Mencionou também a existência da Comissão Especial sobre Inteligência Artificial (PL 2338/23) e a urgência de engajamento público na questão. Este podcast é um oferecimento de Câmara Brasileira do Livro (CBL), MVB América Latina e UmLivro. Você também pode ouvir o programa pelo Spotify, iTunes, Google Podcasts, Overcast e YouTube.

A 22ª edição da Bienal do Livro Rio, realizada entre os dias 13 e 22 de junho, movimentou R$ 1,18 bilhão para a economia do estado do Rio de Janeiro, o equivalente a 0,10% do PIB fluminense. Os números, que fazem parte de uma pesquisa inédita realizada pelo Ibmec, mostram ainda que 62% dos visitantes são moradores da capital, 29%, de outras cidades do estado e 9%, turistas de outras regiões do Brasil. Os dados da pesquisa mostraram que foram mais de 740 mil pessoas e 6,8 milhões de livros vendidos, um crescimento de 23% em relação a 2023. Mais de 700 expositores participaram da festa literária. Ainda de acordo com o levantamento do Ibmec, a estimativa é que os gastos diretamente associados ao evento tenham sido de R$ 589 milhões. Valor próximo à estimativa que a Prefeitura do Rio divulgou (R$ 535,4 milhões) na tarde do último dia do festival. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A jornalista Tatiany Leite assumiu uma missão e a cumpriu: criar uma planilha com toda a programação da Festa Literária Internacional de Paraty 2025, reunindo a agenda oficial do evento e a das Casas Parceiras – incluindo, claro, a Casa PublishNews. Até agora, são mais de 620 painéis em pelo menos 28 espaços, entre o Palco Principal e as casas espalhadas pela cidade. A 23ª edição da Flip começa nesta quarta-feira (30) e vai até o domingo (3 de agosto). É possível acessar a planilha neste link: https://docs.google.com/spread... "Em meio a tantas tecnologias e debates sobre como usá-las a favor do nosso mercado, me dei conta que faltava algo muito básico: todas as informações que precisamos ao alcance de um clique. Criei essa tabela, com cores e filtros, pra facilitar nossa vida e, por isso mesmo, é um arquivo vivo, assim como a Flip. Todo ano, pós evento, eu vou descobrindo as mil coisas que perdi, os autores que deixei de encontrar, alguns por falta de tempo, mas a maioria por simplesmente não saber tudo que estava rolando. Por isso essa tabela: que a gente possa ativamente se ajudar e se encontrar pelas ruas e pedras de Paraty", diz a jornalista ao PublishNews. A Casa PublishNews é um dos espaços parceiros da 23ª Festa Literária Internacional de Paraty (Flip). A Casa vai reunir mais de 102 convidados em 28 painéis e mesas de debates. Clique aqui para ver a agenda completa. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Último dia! O Prêmio Jovens Talentos da Indústria do Livro 2025 está com as inscrições abertas até o dia 28 de julho. Profissionais do mercado editorial de até 35 anos podem se inscrever para concorrer à já tradicional premiação – o vencedor ou vencedora do Prêmio Especial terá sua viagem (passagens aéreas e hospedagem) garantida para a Feira do Livro de Frankfurt, que este ano ocorre entre os dias 15 a 19 de outubro. A escolha dos finalistas será feita pela organização do Prêmio e os nomes dos selecionados serão anunciados no dia 30 de julho, durante a programação da Casa PublishNews na Flip 2025. O Prêmio Jovens Talentos é uma realização do PublishNews em parceria com a Feira do Livro de Frankfurt e com patrocínio da MVB América Latina e da Associação Brasileira de Livros e Conteúdos Educacionais (Abrelivros). Profissionais de todas as áreas de empresas ligadas ao mercado do livro podem se inscrever, sejam da área editorial, de produção, marketing, comercial, divulgação, administrativa, etc. O prêmio inclusive é aberto a freelancers e empreendedores. Para se inscrever, é necessário preencher este formulário: https://forms.gle/5q61p7mh3M8Q... São aceitas tanto inscrições próprias quanto de terceiros – a recomendação é que cada candidato ou terceiro realize a inscrição apenas uma vez. Esta fase não funciona como sistema de votação, nem tem nenhum caráter acumulativo. Podem se inscrever profissionais que tenham nascido a partir de 1º de janeiro de 1990. O prazo final para as inscrições é o dia 28 de julho – este ano, não haverá prorrogação do período, então, programe-se! Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Nos últimos dias, alguns dos principais jornais do país publicaram reportagens, artigos e entrevistas sobre o uso de inteligência artificial na produção literária. N'O Globo, uma matéria entrevistou escritores, editores e advogados para discutir quais são os limites do uso de obras literárias para o treinamento de modelos de linguagem de IA: uma das conclusões é que é preciso desenvolver e elaborar novas legislações, já que os atuais marcos legais foram estabelecidos em tempos em que essa tecnologia não era tão presente e difundida. Já a Revista Cult anunciou a realização de um seminário online com editores, escritores e jornalistas sobre o uso ético da IA no mercado. A Folha de S. Paulo também publicou uma entrevista com o escritor Sérgio Rodrigues, autor do recente Escrever é humano (Companhia das Letras), em que ele sustenta que a literatura não deve desaparecer com o avanço da tecnologia. O Globo ainda entrevistou Paulo Coelho – o escritor topou dar uma rara entrevista por conta da celebração dos 100 anos do jornal, no qual ele trabalhou no início dos anos 1970. "Me criticaram o quanto quiseram e hoje ninguém sabe quem são eles. E eu sou eu", disse o autor de 78 anos sobre os seus críticos. A Folha também contou como a obra de Laerte vem sendo publicada pela Z Edições, e também entrevistou o escritor e editor Cadão Volpato sobre seu novo livro, Notícias do trânsito (Seja Breve), em que narra sua experiência com a transição de gênero de sua filha. Em celebração ao Dia do Escritor, o Correio Braziliense falou com autores da literatura contemporânea sobre o estado do mercado editorial brasileiro. O portal Clientes SA também reuniu alguns dos principais nomes do setor para falar sobre as transformações da indústria do livro no Brasil nos últimos anos. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A obra de Ziraldo ganha nova projeção com uma série de eventos que celebram o legado do artista falecido em 2024. O legado do escritor, chargista e cartunista estará presente na 23ª edição da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), que ocorre de 30 de julho a 3 de agosto. A ação Pé de Livro deste ano, na Praça da Matriz, terá uma árvore cercada de obras do Ziraldo. Pela primeira vez no evento, um Pé de Livro será integralmente dedicado a um único autor. A árvore, da espécie Pinda, tem um espaço ao seu redor com tapetes, estante, almofadas e muitos títulos – tanto os clássicos de Ziraldo quanto os inéditos – à disposição do público. Ao todo, são cerca de 200 exemplares com a assinatura de Ziraldo que posteriormente serão doados a bibliotecas, escolas e espaços de leitura do município de Paraty. Cada Pé de Livro tem essa missão, idealizada pela FLIP e pela Associação Casa Azul, organizadora da feira. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O Grupo Elo Editorial está com uma vaga aberta para o cargo de gerente comercial para, dentre outras funções, liderar e motivar a equipe de vendas, definir metas e acompanhar o desempenho individual e da equipe. As atribuições do cargo também incluem desenvolver e implementar planos de ação e estratégias comerciais; monitorar o mercado, analisar a concorrência, identificar tendências e oportunidades de negócio; gerenciar o relacionamento com clientes, negociar contratos, garantir a satisfação e fidelização; acompanhar o processo de vendas; buscar novas oportunidades de mercado, prospectar clientes e expandir a área de atuação da editora, entre outros. É preciso ter experiência em editora; habilidades em gestão de equipes, estratégias de vendas e domínio de ferramentas digitais. Interessados devem encaminhar currículos para curriculos@eloeditora.com.br até 30 de julho, informando no assunto o nome do cargo desejado.

Editora Gente está contratando uma pessoa revisora de texto freelancer. A pessoa selecionada será responsável por revisar um playbook institucional que reúne os principais processos, diretrizes e práticas da empresa. É necessário ter formação em Letras, Jornalismo, Comunicação ou áreas correlatas, além de experiência prévia com revisão de textos institucionais, manuais, políticas internas ou materiais corporativos. A vaga é para trabalhar em São Paulo, como freelancer. Pessoas interessadas devem mandar currículo para o email joyce.silva@editoragente.com.br até o dia 1º de agosto.

A Feira do Livro da Sociedade de Estudos Espíritas 3 de Outubro é um dos principais eventos entre as instituições espíritas do Brasil. Em 2025, o evento será realizado nos dias 3, 4 e 5 de outubro na sede da da 3 de Outubro (Rua Clélia, 669, Lapa – São Paulo / SP). As editoras interessadas já podem entrar em contato com a organização para garantir suas mesas. Para ampliar a visibilidade e o interesse do público, a Feira do Livro Espírita da 3 de Outubro terá espaço para atrações culturais e literárias, como tardes e noites de autógrafos, palestras, bate papo com a plateia, performances, shows musicais, contação de histórias e outros. Esse espaço estará disponível gratuitamente para realização de atividades promovidas pelos expositores. Para isso, basta que a a editora envie a(s) proposta(s) de atividades culturais para o e-mail contato@3deoutubro.org.br, até 19 de setembro. As propostas serão submetidas à apreciação da Comissão Cultural da 3 de Outubro, de modo a selecionar as atividades compatíveis com os objetivos da Feira e da Doutrina Espírita e para adequação aos horários da programação oficial da Feira. A programação completa, tão logo seja aprovada, será divulgada por dia e horário nas redes sociais da 3 de Outubro e em folhetos a serem impressos e distribuídos. Para outras informações, entrar em contato com Sandra pelo telefone 11 99980-4412.

Dentro das comemorações do seu aniversário de 50 anos, a Pallas Editora lança O tempo do cão, uma obra feita a quatro mãos do ilustrador lisboeta António Jorge Gonçalves com o escritor angolano Ondjaki. O livro surgiu a partir dos desenhos de Gonçalves e ele convidou Ondjaki para criar a narrativa verbal. As obras de Ondjaki já publicada em mais de dez idiomas. A noite de autógrafos será na terça, dia 29 de julho, das 19h às 22h, no Cinema José Wilker (Rua Leite Real, 11 — Rio de Janeiro / RJ) em parceria com a Casa 11, em Laranjeiras, Rio de Janeiro. Um espetáculo de imagens e poesia será apresentado antes de os autores receberem o público. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Ambientado entre os anos de 1990 e 2020, Meu passado nazista (Record, 364 pp, R$ 89,90), de André de Leones, é um romance de trama intensa que entrelaça a vida de três personagens cujos destinos se chocam de maneira tumultuada. Leandro, o protagonista, é um professor marcado por um trauma familiar devastador: seu pai foi assassinado, e sua mãe, esmagada pela dor, mergulha em uma depressão avassaladora que a impede de viver plenamente. Com a perda de ambos, Leandro passa a viver com o avô (nazista) e com a tia, em uma casa marcada pelo silêncio e por segredos. Cristian, seu melhor amigo, é um advogado de moral dúbia, filho de um poderoso local (simpatizante de Hitler). Em um momento de embriaguez, Eleonora, namorada de Cristian, o trai com um estranho. Esse ato aparentemente trivial desencadeia uma série de eventos que transformam o romance em uma jornada caótica e imprevisível. Por meio dessas três figuras emblemáticas, Leones conecta de forma única a Era Collor ao Terceiro Reich, Richard Wagner a duplas sertanejas melancólicas, e faz um alerta sobre a persistência do espectro nazista, que reaparece nos lugares mais improváveis. Meu passado nazista é um romance de histórias entrelaçadas, vozes narrativas múltiplas e interrupções temporais.

Campo formoso (Lacre, 460 pp, R$ 89,90) é um romance que tem como base histórias sobre a família da autora Maria Victoria Oliveira. Através de personagens complexos e uma narrativa que alterna perspectivas e incorpora elementos de realismo mágico, o livro explora temas universais como família, identidade, superação e o peso do passado. A narrativa mergulha na complexa história da família Borges, em Campo Formoso, uma cidade no Planalto Central que espelha o interior do Brasil. A trama central gira em torno do Coronel Adauto Borges e sua esposa Maria Pia. O casamento é abalado pela chegada de Bento, filho ilegítimo do Coronel, personagem principal do livro. Ao longo de suas páginas, a obra apresenta uma prosa em que a autora alterna perspectivas para revelar as múltiplas faces de acontecimentos e vivências: da rigidez do Coronel até a resistência silenciosa da esposa e a busca de identidade do filho bastardo. A trama é marcada por um ato simbólico de ruptura com o passado e celebração das transformações que o tempo impõe. O romance é inspirado em histórias que Victoria escutou do seu pai, Benedicto, neto bastardo de um coronel em Goiás. Embora o livro seja uma obra de ficção, incorpora elementos verídicos, como a infância, a história da fazenda Fim do Mundo e sua viagem aos Estados Unidos. A autora criou personagens baseados em parentes, mas com características e experiências ficcionais.

Betoneira vida (Editora Malê, 196 pp, R$ 56), romance de estreia de Flávio da Conceição, ergue um retrato cru da periferia de Fortaleza, onde o cimento das obras é uma metáfora com a violência cotidiana, muitas vezes orquestrada pelo próprio Estado. Finalista do Prêmio Malê de Literatura, o autor entrega uma narrativa em que afetos, perdas e resistências se misturam ao concreto das grandes cidades. Protagonista da história, Dário é um leitor voraz de livros de sebo. Juntamente com a namorada Samira, eles são admiradores de autores como Lima Barreto, Clarice Lispector, Conceição Evaristo e Manoel de Barros. Seu pai, Jerônimo Firmino, é um trabalhador da construção civil e marcado pelo luto. Os amigos da obra, Carlos e Chico deixam Fortaleza para trabalhar em São Paulo. A curiosidade de conhecer a grande metrópole transformará a vida deles para sempre. O romance costura histórias que atravessam o país do Nordeste ao Sudeste, das obras em Fortaleza às obras na capital paulista. Personagens universais que buscam novas possibilidades de vida e reconstrução.

Estavam em uma festa. Ou antes de uma festa, estavam com paramilitares na puberdade e traficantes confundidos pelo vício. Ou depois de uma festa, num retiro para aristocratas que pretendem aflorar ou perder os sentidos. Nessa festa, promovida por uma elite decadente, enfants terribles e literatos presenciam uma espécie de milagre que vai mudar o curso de suas vidas. Em seu novo romance O bom massacre (Telaranha, 280 pp, R$ 86), o autor Leonardo Marona conduz os leitores a mais um roteiro com elementos caros também à sua poesia – o abuso de substâncias químicas, a devassidão e as dinâmicas de poder para compor, enfim, a escrita sobre a escrita. Os leitores talvez possam encontrar um colo para se deitarem, entorpecidos pelo sexo e pela violência. Leonardo Marona é escritor, tradutor e jornalista. Por quase duas décadas, foi livreiro na Livraria da Travessa e organizou saraus e clubes de leitura de poesia.

Em Sanduíche (nVersos, 232 pp, R$ 69 – Trad.: Carolina Simmer), de Catherine Newman, quando Rocky sai de férias com sua família a Cape Cod, não imagina que, desta vez, a tradicional viagem de verão se tornará o gatilho para uma avalanche de memórias. Entre lembranças da infância dos filhos e de sua própria juventude, ela se vê confrontada com o peso do tempo, as mudanças irreversíveis que a menopausa causa ao corpo e as escolhas que moldaram sua vida. O que era para ser apenas mais uma temporada no chalé da família acaba se transformando em uma jornada íntima de redescoberta e reavaliação do seu casamento e da sua identidade. A protagonista, Rocky, tem 54 anos e está à beira do colapso — físico, emocional, hormonal. Mas ela não é nenhuma caricatura do caos: é uma mulher real, complexa, contraditória, tentando manter o equilíbrio enquanto é pressionada por todos os lados. Seus dois filhos estão crescendo e deixando o ninho. Seus pais estão envelhecendo e resistindo à ajuda. Seu casamento com Bob, embora cheio de carinho, está atravessado pela falta de desejo, de paciência e de tempo. E seu corpo… seu corpo está em revolta, com a chegada da menopausa.