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PublishNews, Guilherme Sobota, 24/06/2025
De 30 de julho a 3 de agosto, a Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) celebra sua 23ª edição. Em uma coletiva de imprensa nesta terça-feira (24), os organizadores anunciaram a programação completa e alguns novos nomes na agenda oficial da festa. Um dos destaques é a forte presença das discussões políticas, voltadas para o contexto geopolítico, na programação do evento. Entre os nomes anunciados nesta terça-feira (24), estão Arnaldo Antunes – que vai fazer a sessão de abertura do evento, na quarta-feira –, Marina Silva, Gregório Duvivier e o historiador Ilan Pappe. Este ano a Festa volta a seu período tradicional, entre os meses de julho e agosto, depois de alterações em seu calendário em decorrência da pandemia. O autor homenageado desta edição é Paulo Leminski. Em Paraty, a Flip terá dois novos espaços: o Palco Caprichos e Relaxos, dedicado à poesia, e o Palco da Praia, onde vão se apresentar as mais diversas manifestações culturais paratienses e da região da Costa Verde. A curadoria literária é, pelo segundo ano, da editora Ana Lima Cecilio. Além da curadora, participaram da coletiva Mauro Munhoz, diretor artístico da Associação Casa Azul, a diretora de cultura e comunicação da Flip, Belita Cermelli, e o coordenador do Programa Educativo, Luis Filipe Pôrto. Sobre a presença dos temas políticos na programação, a curadora afirmou que houve debates internos sobre os assuntos. "Ilan Pappe é israelense, a grande discussão dele é justamente tentar olhar para a questão palestina no que ela tem de óbvio, sem tanta ideologia. Ele é lido como ideólogo, mas é uma pessoa muito séria, dá aula nos EUA e na Inglaterra. Tivemos essa discussão, no conselho, entendemos a delicadeza da questão, mas com toda a barbaridade de crianças morrendo, ele olha de um jeito sensato, com bagagem de estudos e pesquisas. É uma boa hora para ouvi-lo. A Flip sempre se prestou ao papel de fornecer instrumentos para que as pessoas possam tirar conclusões", comentou Ana Lima Cecilio. Clique no Leia mais para ler a matéria na íntegra.
PublishNews, Guilherme Sobota, 24/06/2025
A Feira do Livro divulgou que recebeu 80 mil pessoas durante os nove dias de sua realização na Praça Charles Miller, em São Paulo (SP) – 14 a 22 de junho de 2025. Esta foi a quarta edição do evento paulistano, que entrou agora no Calendário Oficial da Cidade. O público foi maior do que em 2024 (quando foi de 64 mil pessoas), mas ficou abaixo das expectativas divulgadas anteriormente pela organização, que esperava receber 110 mil visitantes. De toda forma, a duração do evento (nove dias) e a realização durante o feriado de Corpus Christi parecem ter dissipado dúvidas que ficaram do ano passado, quando alguns expositores manifestaram questionamentos sobre esses assuntos. Na Livraria da Travessa – livraria oficial e espaço de autógrafos do evento –, o livro mais vendido foi Ideologia: Uma introdução (Boitempo), de Marilena Chauí, seguido de Uma delicada coleção de ausências (Companhia das Letras), de Aline Bei, e Que não se repita: A quase morte da democracia brasileira (Seja Breve), de Eugênio Bucci. Veja a relação dos top 15 títulos abaixo. Entre as editoras, os resultados também foram celebrados. O Grupo Autêntica registrou um crescimento de 140% nas vendas na Feira em relação ao ano passado. O aumento da área ocupada no evento e a presença de autores de destaque na programação foram os principais fatores para esse desempenho histórico, de acordo com a editora. Com saldo positivo, a Companhia das Letras também completou mais uma participação na Feira do Livro. Pelo terceiro ano, a editora levou ao estande a campanha “Literatura Brasileira Viva”. A Editora Nós também vendeu 40% a mais do que na edição passada. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.
PublishNews, Talita Facchini, 24/06/2025
A Feira Internacional do Livro de Pequim encerrou sua 31ª edição no domingo (22) após cinco dias de negociação de direitos autorais, conferências, exposições temáticas e networking. A BIBF 2025 recebeu uma participação internacional recorde, com 1.700 expositores de 80 países e regiões, e mais de 220 mil títulos em exposição. Foram registradas ainda quase 300 mil visitas de 110 países e regiões. Um total de 2.826 acordos de direitos autorais e memorandos de entendimento foram assinados, incluindo 1.955 de exportação, 753 de importação e 118 memorandos de entendimento sobre co-publicação — reafirmando a crescente importância da feira no mercado editorial global. Entre os diversos eventos e fóruns é possível destacar alguns pontos fortes em cada um. O Fórum Internacional de Publicações, por exemplo, destacou as mudanças que a IA está trazendo ao ecossistema editorial — não como um substituto para a criatividade humana, mas como um amplificador de alcance global, colaboração e inovação. Já a Conferência PubTech destacou como a China está se tornando um motor de inovação para a publicação digital. Na Conferência STM, a CEO da Associação STM, Caroline Sutton, elogiou a liderança da China na adoção de tecnologia acadêmica e reiterou que a inovação sempre foi a força vital da publicação desse segmento. Vale destacar que a Feira deu bastante importância ao lançamento da edição chinesa de Lula: Biografia, de Fernando Morais publicada pela Yilin Press (selo da Phoenix Publishing Group) na BIBF 2025. Sendo a primeira biografia autorizada do presidente Lula, o lançamento serviu para destacar o intercâmbio cultural entre a China e o Brasil. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.
PublishNews, Redação, 24/06/2025
A Bienal do Livro Rio mal acabou e a Bienal Internacional do Livro de São Paulo - outro grande evento literário - já confirmou a data da sua 28ª edição: o evento será realizado de 4 a 13 de setembro de 2026, no Pavilhão do Distrito Anhembi, em São Paulo. Promovida pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) e organizada pela RX, a Bienal do Livro de São Paulo é o principal palco do mercado editorial brasileiro e se consolida como o terceiro maior evento do gênero no mundo. Reunindo editoras, autores, agentes literários, profissionais do livro e leitores de todas as idades, o evento movimenta a cadeia produtiva do livro e reforça o compromisso com a democratização do acesso à leitura e à cultura. "A Bienal do Livro de São Paulo é mais do que um evento. É um movimento em prol da leitura, da cultura e do conhecimento. Em 2026, mais uma vez, abriremos espaço para o diálogo entre autores, leitores e profissionais do livro, reafirmando nosso compromisso com a valorização da leitura como ferramenta de transformação individual e coletiva", afirma Sevani Matos, presidente da Câmara Brasileira do Livro. Mais informações sobre o lançamento comercial serão divulgadas em breve. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.
PublishNews, Redação, 24/06/2025
Duas das principais publicações culturais do Reino Unido – The Bookseller e The Stage – se uniram para lançar o British Audio Awards, também conhecido como The Speakies, um novo evento anual que celebra conquistas excepcionais em audiolivros e audiodramas. À medida que a narrativa em áudio continua a cativar o público em todo o Reino Unido e além, o British Audio Awards destacará as melhores produções de entretenimento em áudio. De thrillers envolventes a memórias evocativas, de novas produções de audiodramas a performances de narração estelares, o British Audio Awards reconhecerá escritores, narradores, produtores e equipes criativas que dão vida a histórias por meio do som. Os dois veículos têm um longo histórico de entrega de prêmios respeitados, incluindo o The British Book Awards e o The Stage Debut Awards. O British Audio Awards combina esse legado com a energia e a interatividade de um formato em rápida evolução. Como uma iniciativa intersetorial, o British Audio Awards reúne o mercado editorial e as artes cênicas de uma forma que nenhuma premiação anterior conseguiu. Os júris contarão com especialistas de ambos os setores, e o evento em si foi projetado para refletir a natureza imersiva da narrativa em áudio — parte tapete vermelho, parte apresentação teatral. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.
PublishNews, Redação, 24/06/2025
A Paulus Editora está à procura de um designer gráfico para integrar seu time. É preciso ter formação em Design Gráfico, Design Editorial, Comunicação Visual ou áreas correlatas; domínio do pacote Adobe (InDesign, Illustrator, Photoshop); noções de diagramação e tipografia editorial; e familiaridade com produção de materiais gráficos para impressão e digital. As funções do cargo incluem criar capas e projetos gráficos para livros impressos e digitais; diagramar miolos de livros seguindo padrões editoriais e orientações técnicas; preparar arquivos para envio à gráfica e plataformas digitais; colaborar com editores, revisores e demais membros da equipe para garantir a qualidade visual das publicações; e auxiliar na manutenção da identidade visual da editora e suas coleções. A vaga é presencial, na Vila Mariana. Interessados devem encaminhar currículos para rh@paulus.com.br.
PublishNews, Redação, 24/06/2025
A Ciranda Cultural abriu duas vagas: para assistente comercial e assistente editorial. Para a primeira é preciso ter experiência ou interesse pelo segmento editorial/livreiro e conhecimento no sistema Totvs. As funções da vaga incluem dar apoio a toda área comercial interna e externa realizando assistência em todos os processos de vendas e digitação e acompanhamento de pedidos. Já a vaga de assistente editorial exige formação superior em Letras, Comunicação ou Produção Editorial (pode estar cursando também); domínios da gramática do português; conhecimento literário em livros infantojuvenis; e inglês avançado. Revisão de textos; aprovação de provas gráficas; pesquisas de imagens com orientação do editor; tradução de pequenos textos e criação de textos de quarta capa ou orelhas estão entre as atribuições do cargo. Interessados devem encaminhar currículos para elaine.santos@cirandacultural.com.br sinalizando no assunto o nome do cargo desejado.
PublishNews, Redação, 24/06/2025
A nVersos Editora abriu uma vaga para analista financeiro. Os requisitos incluem curso superior em Ciências Contábeis e/ou Administração de Empresas; e experiência comprovada com financeiro de editora; conhecimento e experiência com o sistema Winbooks e pacote Office; conhecimento em inglês. Entre as atribuições do cargo estão controlar e efetuar o pagamento do contas a pagar; prestar contas de compromissos financeiros; realizar o planejamento financeiro; verificar emissão e vencimentos de boletos e notas fiscais; negociar contas em atraso; acompanhar o fluxo de caixa; elaborar relatórios e indicadores da posição financeira da empresa; participar dos processos de folha de pagamentos e benefícios; promover e controlar integração do sistema Winbooks para tomada de decisões; e integrar departamentos para redução de custos e otimização de processos e resultados. Interessados devem encaminhar currículos para financeiro2@nversoseditora.com.br até 12 de julho
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“Só se pode ler por prazer”
Escritor argentino
(1899-1986)
1.
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Do dia para a noite (Day to night)
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2.
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Dias frios (Fall Winter)
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3.
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Dias quentes (Spring Summer)
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4.
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Isso e aquilo (This & That)
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5.
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Elo Monsters Books: Flow Pack
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6.
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Seja o líder que você gostaria de ter como chefe
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7.
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Inquietação empreendedora
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8.
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Prosperidade inesgotável
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9.
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Excelência
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10.
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40 dias de fé e milagre
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PublishNews, Redação, 24/06/2025
Neste sábado (28), a partir das 12h, a Boitempo e o Armazém da Utopia realizam, com apoio das fundações Lauro Campos e Marielle Franco e Mauricio Grabois, a primeira edição da Festa de aniversário de Karl Marx na capital carioca. O encontro acontece no Armazém da Utopia, no Boulevard Olímpico/Orla Conde (Armazém 6 – Cais do Porto, Rio de Janeiro / RJ), e vai reunir nomes como Arlene Clemesha, Elias Jabbour, José Paulo Netto e Talíria Petrone. Livros da Boitempo e da Boitatá e estampas da Camisa Crítica serão vendidos ao longo de todo o evento. Visitas guiadas ao Armazém da Utopia, intervenções cênicas da Companhia Ensaio Aberto, sessões de autógrafos com os participantes, bolo de aniversário, sorteio de livros, música e um Espaço Camaradinha, voltado aos pequenos, complementa a festa. A entrada é gratuita. Realizado desde 2018 em São Paulo, o evento chega ao Rio de Janeiro com a proposta de ampliar o alcance do Dia M e debater assuntos contemporâneas à luz do trabalho do filósofo alemão Karl Marx: “Era um desejo antigo levar a festa e os debates para outras cidades do Brasil e o Rio de Janeiro é o primeiro passo nessa expansão. Estamos muito entusiasmados com a primeira edição carioca, no ano em que a Boitempo completa três décadas publicando livros comprometidos com a interpretação e a transformação do mundo”, comenta Ivana Jinkings, diretora da Boitempo. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.
PublishNews, Redação, 24/06/2025
De volta à Idade Média neste seu quarto romance, Umberto Eco nos traz sua mais divertida obra de ficção formatada como uma farsa erudita, passada entre 1152 e 1204. Narra a aventura pitoresca do jovem camponês Baudolino (Record, 462 pp, R$ 94,90), adotado por Frederico I, o Barba Ruiva, em uma saga que vai desde a coroação deste imperador à invasão de Constantinopla pelas Cruzadas. Com isso, Eco transporta o leitor para uma época de geografia inexplorada, em que terras e mares desconhecidos pautavam projetos de expansão territorial, religiosa e comercial, desatando ambições de governantes, negociantes, intelectuais e aventureiros, como Baudolino e seus companheiros. Estruturado como uma narrativa em flashback feita por Baudolino ao historiador Nicetas Coniate (1150 – 1215), o romance mistura história e fantasia com muito humor. Inclui uma expedição a um reino do Oriente governado por um líder católico, lendas do Santo Graal, rumos das tribos perdidas de Israel, a procura do Santo Sudário e até uma homenagem à construção de Alexandria, cidade natal do autor, no Piemonte. Baudolino celebra a força do mito e da utopia com o charme e a grandiosidade das criações de um mestre.
PublishNews, Redação, 24/06/2025
Ambientada nas décadas de 1960 e 1970, a narrativa de Terra partida (Intrínseca, 320 pp, R$ 59,90 - Trad.: Renato Marques) tem como centro um casal que tenta se recuperar de um trauma devastador levando uma rotina pacata em sua fazenda no interior da Inglaterra. No entanto, o retorno de uma figura do passado vai abalar as frágeis estruturas da família e provocar rompimentos inimagináveis. Beth Johnson vive dias tranquilos ao lado do marido, Frank, e do cunhado, Jimmy, na fazenda da família. Seu casamento é feliz e sua relação com a terra a deixa realizada. No entanto, a superfície aparentemente sólida esconde uma rachadura irreparável: a perda do filho, Bobby, morto em um trágico acidente sobre o qual os Johnson mantêm silêncio. Quando Jimmy atira em um cachorro que invadiu a propriedade e atacou seus cordeiros, um golpe do destino atinge a família. O animal pertence a Gabriel Wolfe, o primeiro amor de Beth, aquele que deixou seu coração em pedaços uma década antes. Divorciado, e agora um escritor de sucesso, ele está de volta à cidade ao lado do filho, o pequeno Leo. Sentindo-se culpada pela morte do cão e desconcertada com o quanto o menino a faz lembrar do filho falecido, Beth passa a se aproximar da criança e, consequentemente, de Gabriel. O reencontro com o passado coloca Beth diante da jovem sonhadora que um dia foi e que, por circunstâncias da vida, adormeceu dentro de si. Com todos os elementos de clássicos consagrados que marcam gerações, Terra partida, escrito por Leslie Hall, é uma obra sobre o legado do primeiro amor e as marcas que decisões irrevogáveis podem deixar em nossas vidas.
PublishNews, Redação, 24/06/2025
Escrito em uma cadência viva que evoca a grandeza do interior do país, Violande e o andante (Rua do Sabão, 152 pp, R$ 70), de Luiz Henrique Silva, acompanha uma moça de família abastada chamada Violande e um misterioso cavaleiro de nome Dimas. Vindo de terras incertas, o andante conserva em si o compromisso com a independência de Minas e a emancipação de seu povo. Ao ter seu destino cruzado com o de Violande, ele descobre que o amor também é um ideal pelo qual se deve combater bravamente. O forasteiro inicia, então, uma rota penosa pelas trilhas do sertão com o intuito de lutar contra as convenções que ameaçam separá-lo de sua amada, que, ao longo da jornada, se converte de moça prendada em uma mulher revolucionária. Com ecos de Guimarães Rosa e José Lins do Rego, Violande e o andante se destaca por sua linguagem rica em brasilidade e por personagens que transitam entre o real e o ficcional. Violande, ao se insurgir contra os destinos impostos à mulher sertaneja, torna-se símbolo de resistência e transformação. Já Dimas, o andante, representa a travessia entre mundos: o do exílio e o do pertencimento.
PublishNews, Redação, 24/06/2025
O protagonista-narrador de Uma negra comédia (Danúbio, 228 pp, R$ 81,20) permanece sem nome do início ao fim. Talvez em razão de ser uma história parecida com a de muitos brasileiros, mas também porque a própria narrativa em primeira pessoa já torna sua vida tão única que dispensa uma identidade definida. Neste novo livro de Fábio Gonçalves, o personagem principal é um garoto que cresce e tenta se compreender no mundo diante de uma realidade violenta na periferia de São Paulo. Nascido nos anos 1990, mora no Jardim Luso, favela que faz divisa com Diadema, à época considerada a cidade mais perigosa do Brasil. Filho de uma família de quatro irmãos de diferentes pais, muitas vezes assume o papel de cuidador da casa enquanto a mãe trabalha como empregada doméstica em uma região nobre da capital e lida com as agressões do padrasto, o proprietário do cortiço onde todos residem. Neste contexto, o garoto relata experiências íntimas sobre amor, amadurecimento e perspectivas de futuro ao passo que é constantemente impactado por questões externas. Enquanto experimenta felicidades e frustrações do primeiro romance na infância, descobre as consequências fatais do crime, entende a influência do tráfico na comunidade, encara a falta de oportunidades para os jovens periféricos, percebe os impactos da violência doméstica e compreende as nuances das desigualdades socioeconômicas.
PublishNews, Redação, 24/06/2025
Nascida em uma família católica nos anos 1980, a narradora de Mulher de pouca fé (Companhia das Letras, 240 pp, R$ 89,90) se converte, ainda criança, a uma influente igreja evangélica no Rio de Janeiro depois que o pai decide abraçar a doutrina pentecostal e se torna um fiel fervoroso. Para quem nunca se sentiu acolhida na escola, entre colegas, e pela sociedade de modo geral, a religião surge como resposta para a dor da solidão. Fazer parte da igreja passa a ter muitos significados. Vestir o rótulo de “crente” num meio de classe média em que eles são minoria a enquadra em um estigma, mas por outro lado faz com que a menina se sinta parte de algo maior. Precoce, desde criança é chamada a cumprir papéis importantes na comunidade religiosa. No auge da juventude, alguns episódios fazem com que a personagem passe a questionar as próprias convicções, e ela decide romper com a igreja. Já adulta, recebe o diagnóstico de autismo e busca se reaver com o passado a partir de novas interpretações para as situações que a formaram. Escrita por Simone Campos, Mulher de pouca fé é uma obra de ficção que parte de um testemunho real para narrar uma trajetória pouco convencional, em que a religião se apresenta, num primeiro momento, como acolhimento e, mais tarde, como privação.
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