Presente no mercado editorial brasileiro há pouco mais de dois anos, a AYA Books busca agora sua expansão focando em três pontos: diversificação do conteúdo, da tecnologia – como forma de facilitar o acesso das pessoas –, e da personalização da entrega. A plataforma oferece mais de 20 mil títulos entre e-books, audiolivros e minilivros e conta com dois modelos de negócio no aplicativo. A AYA Books está inserida em um contexto maior: faz parte do Grupo FS, que por sua vez tem a Exa – empresa de soluções digitais em cibersegurança – como subsidiária. Assim, o sistema AYA Conteúdos conta com apps como o AYA Books – oferecendo livros digitais e audiolivros –; AYA Books Kids, voltado para o público infantojuvenil; AYA Bancah, com jornais e revistas digitais; e o AYA Ensinah, pioneiro no setor educacional e editorial do Brasil via assinatura digital. “A nossa ideia é entender como o usuário quer receber o conteúdo e como podemos peneirar e criar um acervo que, de fato, tenha uma boa qualidade a ponto de alguém tirar R$ 10 do bolso para comprar o nosso produto”, explica Laura Rocha Barros, COO da Exa. Pensando na personalização de entrega, a AYA tem construído uma equipe para colocar essas ideias em prática. Biatriz Machado, por exemplo, se juntou ao Grupo nos últimos dois anos como executiva e diretora de conteúdos. Ela explica que a ideia central da empresa é conseguir justamente trazer para o cliente o que ele precisa. “Quando falamos em leitura e acesso, temos que pensar que não vamos conseguir evoluir se não tivermos a maior parceria possível com as editoras. Então, na verdade, a grande engrenagem que vai nos fazer andar para frente é essa parceria”, destaca. “Muito por conta disso, temos tido resultados significativos no nosso app nos últimos tempos". Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

O escritor Ricardo Lísias entrou com recurso contra a decisão do ministro Alexandre de Moraes de proibir a circulação do livro Diário da cadeia (Record). Em decisão do dia 16 de janeiro, o ministro do STF reverteu a posição do TJ-RJ e definiu o recolhimento do livro (que na verdade já estava esgotado) e multa para autor e editora caso exemplares fossem comercializados. O volume é assinado por "Eduardo Cunha (pseudônimo)" e se trata de uma performance literária – ou seja, uma obra de ficção – escrita por Lísias. O autor é conhecido por provocar os limites entre realidade e ficção na sua obra e já teve outros problemas semelhantes com a Justiça. O recurso pede a revisão da decisão, ou, se esse pedido não for atendido, requer a submissão da matéria ao Plenário do STF. Os autos foram remetidos à conclusão do ministro nesta terça-feira (28). O livro foi lançado em 2017 e enfrenta processos jurídicos por parte do ex-deputado desde o seu lançamento. A principal alegação dos advogados de Cunha é que o uso do pseudônimo é “uma estratégia comercial ardil e inescrupulosa”. De acordo com o recurso agora interposto pelo advogado de Lísias, Lucas Mourão, "a decisão [do ministro] parece presumir, equivocadamente, que os potenciais leitores seriam ignorantes em um nível tão intenso que nem sequer poderiam distinguir entre ficção e realidade, tampouco conhecer o signicado do termo pseudônimo – estampado em letras maiúsculas na capa do livro – ou do termo romance, inscrito na contracapa da obra". Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O site americano Bookshop.org lançou nesta terça-feira (28) a sua loja de livros digitais para livrarias independentes. A nova plataforma permite que livrarias vendam e-books diretamente para os consumidores. A varejista digital, que tem um modelo de partilha de lucros com as livrarias independentes associadas, teve receitas de US$ 44 milhões em 2024, distribuindo US$ 7 milhões. O CEO Andy Hunter acredita que as vendas de livros digitais podem impactar esses números para cima, de acordo com o Publishers' Weekly. "Livrarias independentes trabalham com margens de talvez 2% em um bom ano", disse Hunter ao site americano. "E-books são entre 10 e 15% do mercado. Se eles puderem ser até 5% da receita de uma livraria independente – se conseguimos chegar nessa marca de metade do mercado – pode ser um grande fator de mudança". A plataforma tem conteúdos de todas as grandes editoras, além de livros autopublicados. A partir de abril, as livrarias poderão incorporar as vendas diretamente em seus sites – vendas realizadas nesse formato terão 100% dos lucros direcionados para as livrarias. Por ora, as lojas são compensadas de acordo com o modelo vigente da Bookshop, que compartilha lucros com as afiliadas. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O PublishNews publica regularmente a Área Indie, espaço publieditorial que reúne informações sobre livros lançados de forma independente ou autopublicados. Para saber como participar da seção, escreva para o comercial no e-mail comercial@publishnews.com.br. Essa semana, o espaço tem uma novidade. O livro Histórias em Salvador (DEC STÚDIO), de Simone Marya de Moura, é uma aula de história através da literatura. Composto de 20 contos independentes, que propõem despertar o interesse do leitor sobre fatos históricos, alguns deles pouco divulgados; ampliar o entendimento sobre a cultura baiana; valorizar atuais e antigas tradições; enfim, conhecer uma Salvador antiga para entender a atual. A autora destaca a contribuição dos africanos na formação da cultura baiana, a participação indígena em nossa história, alguns movimentos de resistência como a revolta dos chinelos; fatos históricos como o bombardeio de 1912; antigos monumentos, alguns inclusive desaparecidos; transformações urbanas e sociais na Bahia ao longo do século XX, a rica e diversa manifestação religiosa presentes em suas ladeiras. Publicado pela DEC STÚDIO, com a primeira edição em 19 de outubro de 2024, esgotada em dois meses e, por ser adotado como livro paradidático em uma grande escola de Salvador, fez-se necessário outra tiragem em tão pouco tempo. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A Companhia das Letras abriu seis vagas em seu time para as áreas de marketing e comunicação. Para as vagas de assistente de marketing e assistente de redes sociais, é preciso ter formação concluída ou em andamento, preferencialmente em Marketing, Publicidade, Comunicação Social ou áreas correlatas. A primeira irá auxiliar na execução de campanhas e apoiar a criação de materiais de marketing; e na segunda, criar e publicar conteúdo original e relevante para as contas da editora e interagir com seguidores. A Companhia também abriu uma vaga para analista de marketing para desenvolver e executar campanhas de marketing on-line e off-line para lançamentos; criar e editar conteúdo para redes sociais; realizar pesquisas de mercado e concorrência; e preparar relatórios de desempenho de campanhas. As outras três vagas são para estágio em mídias sociais para os selos de não ficção, em eventos, e em comunicação interna e relações públicas. Para se candidatar em qualquer uma das três oportunidades, é preciso clicar aqui. Interessados devem se inscrever na vaga de preferências até 7 de fevereiro. As informações completas sobre cada oportunidade estão nos links correspondentes.

A Global Editora está à procura de um editor de literatura. É necessário ter formação Educacional: graduação em Editoração, Produção Editorial, Letras ou outros cursos da área de Ciências Humanas, Pós-Graduação ou MBA no campo editorial e inglês. As atribuições do cargo incluem acompanhar o processo de edição dos livros da editora; revisar e liberar provas; revisar e liberar e-books; prospectar originais; realizar contato com os autores antes, durante e após o processo de publicação de obras; elaborar pareceres (ou buscar especialistas para tal, quando necessário) para originais recebidos pela editora com vistas à publicação; orientar o departamento de arte quanto ao conteúdo dos livros; orientar o departamento comercial; delegar tarefas de trabalho para a equipe e checar a execução delas. Interessados devem encaminhar currículos para recrutamento@globaleditora.com.br até 31 de janeiro.

A VR Editora abriu uma vaga para analista comercial. É preciso ter superior completo e conhecimento do sistema winbooks será um diferencial. As funções do cargo incluem o atendimento a clientes, livrarias, distribuidores e canais alternativos; atendimento a feiras e eventos; elaboração de relatórios diversos; envio de remessas de reposição, mapas e lançamentos; acerto de consignação/devolução de consignação; visitas externas quando necessário. Disponibilidade para viagens. A vaga é CLT e interessados devem encaminhar currículos para atendimento@vreditoras.com.br.

O Radar de Licitações – seção fixa do PublishNews+ que reúne, semanalmente, informações sobre processos licitatórios para a compra, confecção de livros e demais serviços editoriais – divulga mais dois editais. O primeiro refere-se à aquisição de livros didáticos, tem pregão marcado para o dia 6 de fevereiro e seu valor ultrapassa R$ 900 mil. Já o segundo visa aquisição de livros de apoio, tem valor estimado em mais de R$ 2 milhões e está com a disputa marcada para o dia 2 de fevereiro. A seção, exclusiva para os assinantes do PN+, é alimentada pelo Radar de Licitações, consultoria de Natália Vieira que, além de buscar novas licitações, presta um serviço de apoio aos editores e distribuidores interessados em vender para governos, nas mais diversas esferas de poder. Para acessar o Radar dessa semana, clique aqui.

O livro São Sebastião, de Luis Felipe Silveira de Abreu, é o título vencedor da primeira edição do Prêmio UERJ de Literatura. A EdUERJ publicará a obra, em formato impresso e digital, e ficará responsável pela organização da cerimônia de lançamento, em data a ser divulgada. Operando milagres, de Rogério Rocha Ferreira, recebeu menção honrosa. O Prêmio recebeu inscrições de novelas de 80 a 120 páginas, inéditas, escritas em língua portuguesa. A iniciativa contemplou escritores de todo o Brasil e teve 72 inscrições. O texto vencedor amarra, no tempo, duas epidemias: a crise do HIV e o acontecimento da COVID-19. No enredo, um dramaturgo, no leito da UTI, experimenta as reminiscências de uma viagem de carro com o pai e perpassa trechos de seu trabalho mais importante, um monólogo declamado por São Sebastião, padroeiro dos doentes e considerado ícone da cultura queer.

Terá início em março de 2025 a primeira turma da pós-graduação Leituras sem fronteiras - mediação e formação de leitores, realizada pelo Instituto Emília em parceria com a Pedagogia para Liberdade e o Ecossistema Somas. Esta especialização (lato sensu) vai explorar temas essenciais do universo do livro, da leitura e dos leitores, além de discutir as condições que promovem a formação de leitores em diversos espaços de incentivo à leitura, institucionais ou não, com impacto sobre as infâncias, adolescências e juventudes no contexto dos desafios contemporâneos. O curso será oferecido integralmente no formado on-line, permitindo que todas as pessoas interessadas, de qualquer região do Brasil, possam se inscrever. As aulas serão síncronas (ao vivo), com atividades assíncronas complementares (flexíveis), com leituras, e atividades propostas pelos professores. As inscrições estão abertas. São oferecidas quatro modalidades de pagamento, como forma de atender a diferentes públicos de interesse. Informações e inscrições podem ser feitas através do site. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Em um Rio de Janeiro onde a magia faz parte do cotidiano, e histórias estranhas são apenas normais, o quarteto de amigos Amanda, Madu, Diego e Alícia se une para localizar um valioso algoritmo de redes sociais que ganhou vida e está à solta. É assim que inicia a nova “romantasia” young adult A magia que nos pertence (Plataforma21, 424 pp, R$ 69,90), escrita pela autora e ilustradora carioca Fernanda Nia. Encontrar um feitiço para chamar de seu é pura sorte ou talento: nem todo mundo tem a habilidade da magia. Amanda nunca foi muito boa com feitiçaria, mas desenrola tudo com jogo de cintura, argumentos afiados e seu famoso “jeitinho brasileiro”. Ela atua no Geniapp, aplicativo que oferece serviços para ajudar clientes desesperados a solucionarem percalços mágicos. Quando descobre que Diego, seu antigo parceiro de trabalho no Geniapp, está atrás do algoritmo fugitivo, não perde a oportunidade de se juntar à perseguição – mesmo que isso signifique lidar com sentimentos antigos e mal resolvidos entre os dois. Madu é o completo oposto da prima Amanda: ela nunca contou a ninguém que pode espiar os segredos das pessoas com quem divide uma refeição. Determinada a proteger a prima, Madu embarca na missão de desmascarar as verdadeiras intenções de Alícia, de quem ela não consegue decifrar os pensamentos – ela só não esperava se afeiçoar tanto assim pela garota misteriosa. Neste universo fantástico e hiperconectado, com os cartões postais do Rio de Janeiro servindo de cenário, Fernanda Nia mistura ameaças tecnológicas a dilemas da juventude, como amizade, família, traumas psicológicos, luto e a complexidade das relações humanas.

Depois de ficar viúva, Lark Thompson tem certeza de que o amor está morto e enterrado. Decidida a recomeçar a vida, ela se muda do Texas para Galway, na Irlanda, onde acaba por morar bem ao lado de uma funerária, comandada pelo tímido e reservado Callum Flannelly. O rapaz também encara um dilema: precisa se casar antes dos 35 anos para herdar o negócio da família, de acordo com o testamento do falecido avô. Os novos vizinhos iniciam uma amizade quando a extrovertida texana se oferece para ajudá-lo a encontrar a mulher ideal e resolver o problema. Em uma comédia romântica sobre como os opostos se atraem, Morrendo de amor (VR, 356 pp, R$ 74,90 – Trad.: Bárbara Waida) mistura humor e sensibilidade ao abordar temas universais como luto, a busca pela própria identidade, a importância de construir relacionamentos saudáveis e o que significa ser demissexual. Escrito por Ivy Fairbanks, este sucesso do TikTok alterna a narrativa entre o ponto de vista dos protagonistas, por meio de diálogos divertidos, cenas hot e a cultura irlandesa como cenário. Embora esteja sofrendo pela morte repentina do marido, Lark não perde a personalidade engraçada, sarcástica, e a habilidade de enxergar leveza até em situações difíceis. Já Callum vive uma rotina solitária e metódica, reflexo de uma gagueira que o fez passar por bullying desde jovem e aumentou sua insegurança. Juntos, os dois unem as diferenças para encorajar um ao outro a superar os próprios medos e a solidão.

Em 23 minutos (HarperCollins, 240 pp, R$ 49,90), obra de Waldson Souza, Hugo vive uma vida pacata na cidade de Pedra Redonda, interior de Goiás. Ao voltar de uma comemoração antecipada de seu aniversário de 18 anos, o jovem se depara com uma figura oculta atrás de um poste. Desconfiado, tenta fugir, mas a figura revela-se um homem nervoso, com uma arma na mão, que aponta para Hugo e dispara. Desnorteado e atônito, Hugo acorda 23 minutos depois, e se questiona se ainda está vivo ou se tudo aquilo é parte de sua “passagem”. Ao se ver em meio àquilo que imagina ser a cena de seu assassinato, ele descobre que a arma do crime continua no chão e a leva consigo para casa. A partir daquele dia, Hugo passa a experienciar o mesmo acontecimento todas as noites. Sempre no mesmo horário, por 23 minutos, não importando o lugar em que estiver, Hugo morre e volta à vida. Enquanto aprende a lidar – e a esconder – sua nova realidade, o jovem parte em uma jornada para entender não só o que está acontecendo, mas também quem ele realmente é e o que o futuro reserva para ele.

Em Minha história de amor com Yamada-Kun, nível 999 (Galera, 192 pp, R$ 49,90 – Trad.: Angélica Andrade), escrito por Mashiro, Akane acabou de levar um pé na bunda do namorado. Na maior 'fossa', ela decide sair do jogo virtual de RPG que os dois costumavam jogar juntos. Só que, em vez de deletar a própria conta, Akane resolve enfrentar os inimigos fraquinhos no jogo como forma de lidar com o estresse e a mágoa. É assim que ela conhece Yamada, um pro gamer tão na dele que Akane não sabe se o garoto é blasé ou fascinante. Precisando encontrar um jeito de superar o ex, Akane começa a passar mais tempo no jogo, e, mesmo sem querer, seu caminho insiste em cruzar com o de Yamada. O que será que existe por trás da fachada impassível daquele pro gamer? Parece que ele está interessado apenas no jogo, mas isso está ótimo para Akane. Afinal, ela não quer saber de viver outro um relacionamento nem tão cedo. Será mesmo?

Sucesso no BookTok internacional, Blu, como a cor azul (Mood, 352 pp, R$ 59,90 – Trad.: Karla Lima), da escritora canadense Marie-France Leger, é para os fãs de romances dramáticos e histórias de autodescoberta. Blu Henderson usa um sorriso falso todos os dias, avançando na vida porque precisa não porque quer. O quieto, introvertido e misterioso Jace Boland chama sua atenção no segundo em que ela o vê. Depois disso, o jogo termina não apenas para Blu, mas para Jace também. Atraídos juntos por uma força inexplicável, surge então uma conexão turbulenta que persiste e atormenta, conserta e rompe, e força Blu e Jace a enfrentar seus traumas do passado enquanto tentam fazer seu relacionamento funcionar. Na linha de É assim que acaba e Pessoas normais, o foco da narrativa é a relação de um casal cuja paixão é ameaçada por questões de depressão a autossabotagem. A jornada envolve não apenas o romance, mas também o amadurecimento dos personagens, que percebem que a cura não está no outro. Selo Young adult da Ciranda Cultural, a Mood tem como compromisso se destacar no universo literário conectado às redes sociais e expandir o alcance de romances contemporâneos no Brasil.