Livros considerados "artísticos" apresentam algumas particularidades editoriais e mercadológicas. O PublishNews conversou com livreiros, editoras e livrarias que trabalham com livros de arte, arquitetura, fotografia, de artistas e também fotolivros, para ter um panorama mais abrangente de como é a situação do setor dentro do mercado editorial e reuniu as obras mais vendidas entre arquitetura, fotografia e arte no último ano. Esses títulos apresentam algumas particularidades, quando comparados a de outros gêneros: o público nichado das obras e o alto preço dos livros, por exemplo, são alguns dos desafios que autores e editoras nacionais destacam do mercado editorial brasileiro. No Brasil, o IMAGINÁRIA_festa do fotolivro – é o primeiro festival realizado no Brasil dedicado aos livros contemporâneos de fotografia . Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

No segundo dia, senti que tinha sacado melhor a estrutura do evento, só que ainda estava um pouco perdida sobre o que fazer, pois só passaria três dias na Feira do Livro de Frankfurt, para além de acompanhar a programação aberta, obviamente. Afinal, eu sou uma ilustradora freelancer… não uma agente ou editora que negocia direitos, que são os profissionais que costumam frequentá-la. Eu já estava ciente de que a Feira é focada nesse lado mais business do mercado editorial e, de fato, preciso dizer que foi difícil encontrar colegas da área criativa como diretores de arte e designers, profissionais com os quais eu poderia fazer networking e agendar reuniões apresentando meu portfólio. Por outro lado, concluí que, como minha agenda estava mais tranquila, poderia tirar um tempo para turistar e comprar souvenires pela cidade antes de ir ao evento. Como boa mineira e taurina, posso ser bem mão-de-vaca, e a cotação do euro também não ajudava, fazendo com que eu sentisse uma facada no bolso toda vez que fazia a continha na cabeça de multiplicar por seis e me dar conta de que as coisas que pareciam tão baratas na verdade eram um absurdo de caras. Eu estava ainda me recuperando do choque de ter gastado quase R$ 30 num mero salgado de queijo feta na noite em que cheguei na cidade, sabe? Considerando este cenário e o preço da passagem de metrô, eu me recusei a pagar tanto dinheiro para chegar em um lugar que era “logo ali” a pé. Para nós, belorizontinos, tudo é “pertinho”. Nessa brincadeira, acabei andando uns 6km naquele dia – mas não me arrependi nem um pouco. O que não gastei com a passagem, eu investi numa deliciosa casquinha de pistache e avelã no caminho. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

Organizado pela revista de fotografia do Instituto Moreira Salles, o Festival ZUM acontece nos dias 2 e 3 de novembro (sábado e domingo), no IMS Paulista (Av. Paulista, 2424 – São Paulo / SP). São dois dias de atividades gratuitas, incluindo feira de fotolivros, oficina e bate-papos. No evento, também será lançada a 27ª edição da revista ZUM. Além dos debates, no sábado (2), às 10h, acontece a tradicional apresentação das publicações selecionadas na Convocatória de Fotolivros ZUM/IMS. A seleção traz um panorama dos fotolivros lançados no último ano. Em seguida, três obras serão premiadas por um júri. Nos dois dias de festival, a Feira de Fotolivros reunirá publicações de cerca de 30 editores, coletivos e artistas no térreo do centro cultural. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Uma abordagem moderna da arte literária será foco do Festival Literatura Brasileira no XXI. O festival acontece no dia 9 de novembro, às 13h30, no Centro Cultural de Diadema (Rua Graciosa, 300 – Diadema / SP), localizado no centro da cidade, com objetivo de enaltecer a literatura contemporânea na região. Uma das principais mesas da programação será "Diálogos de dentro: olhar literário sobre a diversidade", com mediação de Sallié Oliveira, prosador e poeta natural do município. Com curadoria de Marcos Kirst, o Festival Literatura Brasileira no XXI acontece ao longo do ano em seis cidades: Ribeirão Preto, Jundiaí, Diadema, Lençóis Paulista, Ubarana e São Bento do Sapucaí, que recebeu o evento em setembro. O Festival é integrado a feiras e eventos culturais, constituindo-se de mesas-redondas e atividades artísticas. Escritores e escritoras convidados foram finalistas ou vencedores do Prêmio São Paulo de Literatura em edições anteriores e, ao lado de autores e mediadores locais, apresentarão sua visão e expectativa sobre a literatura que está sendo escrita neste início de século. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Você, leitor(a), trabalha em editora? Livraria, distribuidora, gráfica, agência literária? Escreve, edita, ilustra, traduz, comenta livros? Oferece ou procura algum serviço ou produto ligado ao setor editorial? Então esta promoção é para você – e também para qualquer pessoa e empresa que queira se colocar em contato com uma audiência diversa, atenta, engajada e numerosa (no site, são centenas de milhares), consumidora de cursos de inglês a vinhos, passando por pacotes de viagem e utensílios domésticos. Em novo aceno ao mercado anunciante, o PublishNews pratica essa semana descontos e condições especiais em alguns dos seus principais produtos e serviços comerciais – é um movimento de antecipação à Black Friday, daqui a cerca de um mês. A promoção envolve o e-mail marketing, a Área Indie e o HUB PN, e os descontos podem chegar a 50%. A exclusividade tem dia e hora para terminar: segunda-feira, 4 de novembro, às 14h. Interessados devem escrever para comercial@publishnews.com.br, em mensagem com o título “Promoção PublishNews”, aos cuidados de Brisa Espinheira. Entregue a uma base de quase 16 mil endereços eletrônicos – contingente formado em larga medida por profissionais, empresas e entusiastas do mercado livreiro –, com taxas de abertura acima de 20%, o e-mail marketing do PublishNews tem sido usado pelos mais diferentes players do setor. Autores, editoras, livrarias, entidades de classe, uma série de empresas e profissionais que prestam serviços à indústria do livro, utilizam-no para se comunicar com os mais variados públicos. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

O Grupo Elo Editorial abriu uma vaga para editor de educação infantil para integrar equipe de concepção e edição de projeto editorial de didáticos. A pessoa contratada também será responsável por gerir o processo de produção editorial de materiais didáticos; editar materiais de apoio pedagógico; elaborar e editar textos quando necessário (incluindo texto de apresentação, quarta capa e outros); analisar originais; acompanhar a produção editorial até o fechamento da obra; e manter contato com autores e fornecedores. É preciso ter formação específica em Pedagogia ou Letras (Língua Portuguesa); experiência em edição de materiais de Educação Infantil; conhecimento do processo editorial completo; experiência em leitura crítica, tratamento de originais, relação com autores, edição de textos, validação de preparação e de revisão de originais; conhecimento de obras didáticas, incluindo sistemas de ensino; e facilidade no trabalho em equipe. Ter sido docente será um diferencial. A vaga é CLT e 100% presencial. Interessados devem enviar currículos para curriculos@eloeditora.com.br colocando no assunto o nome da vaga.

A Editora Online está à procura de um estagiário em jornalismo. Para se candidatar é necessário ter inglês intermediário a avançado; boa gramática; e cursar Jornalismo / Comunicação Social a partir do 2º semestre no período noturno. As funções do cargo incluem auxílio na criação de pautas de livros e revistas; auxílio na tradução do inglês para o português / português para o inglês; e auxílio em reuniões e eventos. Os benefícios incluem tíquete Refeição e vale transporte. Interessados devem encaminhar currículos para cyntia.santana@editoraonline.com.br até 10 de novembro.

A Martins Fontes - Selo Martins está à procura de um profissional freelancer para auxiliar na Festa do Livro da USP. As atribuições do cargo incluem cuidar do atendimento ao cliente e da organização do espaço. É preciso ter experiência prévia com feira de livros. Interessados devem enviar currículos para marcio@emartinsfontes.com.br até 4 de novembro.

O PublishNews publica regularmente a Área Indie, espaço publieditorial que reúne informações sobre livros lançados de forma independente ou autopublicados. Para saber como participar da seção, escreva para o comercial no e-mail comercial@publishnews.com.br. Essa semana temos duas novidades. A primeira é Um lugar chamado Thoera: Aventuras missionárias em terras moçambicanas (Uiclap), livro de Márcio Rodrigues da Silva que narra seu empreendimento missionário na região inóspita de Thoera, nas margens do Rio Zambeze. O livro documenta sua chegada a Moçambique em 2011 e a subsequente jornada para uma área remota ao norte, próximo à fronteira com o Malawi, onde nenhum missionário branco havia se aventurado antes. Um lugar chamado Thoera é um convite para uma viagem repleta de aventuras, perigos e intervenções divinas, destacando a transformação espiritual e social de uma comunidade marcada pela guerra civil. A segunda obra é Na calada da noite (Viseu). Escrita por José Sérgio Batista, a obra contém, predominantemente, poemas. A noite e seus elementos, a natureza, o amor, a alegria, a tristeza, a solidão, o escapismo e o silêncio são abraçados pela poesia de modo envolvente e criativo. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

O PublishNews+, área exclusiva para assinantes do PN, tem adiantado, semanalmente, os livros que só chegarão às livrarias em 45 dias. O serviço, chamado de Próximo Capítulo, é realizado graças a uma parceria com a MVB / Metabooks e tem por objetivo municiar livreiros de informações do que está no prelo das editoras. Entre as novidades programadas para a semana entre os dias 16 e 22 de dezembro estão as obras Anne Rice: Biografia vampírica, a única biografia autorizada sobre a renomada criadora do vampiro Lestat e das bruxas Mayfair, escrita por Katherine Ramsland; e Vermelho, de Paula Febbe, que mostra em quatro perspectivas interligadas como o desejo, a busca por afeto e nossos próprios limites — ou a ausência deles — podem alterar nossas histórias irreversivelmente, ambos publicados pela DarkSide; e Sacramentadora (Trama), terceiro volume da série Os Relatos da Guerra das Tempestades, escrita por Brandon Sanderson. Confira todas as novidades clicando aqui. Por enquanto, o Próximo Capítulo está aberto para todos os que se cadastrarem na plataforma, mas em breve o serviço ficará exclusivo para os assinantes do PN+. A nova seção se soma a outros serviços oferecidos aos assinantes do PN+, como o Radar de Licitações. Clique aquipara saber como ser um assinante do PN+.

Em Krakatoa (Todavia, 176 pp, R$ 74,90), Veronica Stigger confirma seu lugar como mestra em produzir a “inquietante estranheza” por meio de uma orquestração sutil do discurso originário do mito (forma e conteúdo) com o cotidiano mais contemporâneo, do mais banal ao mais bizarro. Outra coisa que um romance, Krakatoa é uma obra transgênero, atravessada por personagens telúricos e cósmicos, elementares: a terra e o sol, o fogo e a água, o vento e a tempestade, o carvão e o petróleo, o pântano, o tsunami. O planeta cuja superfície apenas arranhamos é descrito como uma membrana instável pressionada e penetrada por fogo e água pelos dois lados, por cima e por baixo: a queda do céu e a explosão do útero ctónico, o parto do “feto infernal” que Gaia gesta em suas profundezas. Escrevendo em cima da catástrofe, a partir dela, em torno dela, Krakatoa não traz, entretanto, lições — traz visões.

Em A amiga maldita (Intrínseca, 256 pp, R$ 69,90 – Trad.: Marcello Lino), a escritora italiana Beatrice Salvioni revisita o período em que a Itália viveu sob o totalitarismo de Mussolini para revelar os ecos desse período que reverberam ainda hoje em todo o mundo, com o crescente radicalismo da extrema direita. Ao abordar as mazelas do machismo, as turbulências da adolescência e as consequências da guerra e da disseminação das ideias fascistas, A amiga maldita oferece uma história de amizade feminina e crescimento, além de fazer uma contundente crítica à sociedade patriarcal. No prólogo da obra, o leitor é apresentado à Francesca, de 13 anos, que está às margens do rio Lambro, em Monza, na Itália, e sobre ela jaz um homem que tentou estuprá-la. Após salvar a amiga, Maddalena a ajuda a se livrar do corpo. A partir desse evento fatídico, Francesca narra como as duas chegaram até aquele momento. Tudo começa em 1935, um ano antes, num domingo de missa, quando ela se fascina pela menina que todos chamam de “a Maldita”, uma rebelde de origens humildes e segregada pela comunidade por supostamente ter poderes misteriosos.

“Aqui se conta a história de como Juan persegue Juan […].” Assim se inicia a obra Nem mesmo os mortos (DBA, 480 pp, R$ 104,90 – Trad.: Silvia Massimini Felix), que traz uma busca de mais de quatrocentas léguas e mais de quatrocentos anos, em que Juan, ex-soldado da Coroa Espanhola, seguirá os rastros de um suposto profeta indígena conhecido como Pai e sua Bíblia sacrílega, o livro notório e terrível que leva consigo. A perseguição transcende territórios e séculos, em um caminho que aponta para o norte, sempre para o norte, ou seja, sempre em direção ao futuro, em uma jornada alucinada desde a Nova Espanha do século XVI até o muro de Trump de hoje. Entre antigos conquistadores a cavalo e migrantes ilegais, indígenas insubordinados e camponeses à espera de um mundo melhor, revolucionários mexicanos e mulheres assassinadas no deserto de Juárez, Juan cruza fronteiras de olho na recompensa que lhe trará o futuro que idealizou. Com referências a Meridiano de sangue, de Cormac McCarthy, e a Coração das trevas, de Joseph Conrad – claras quase ao ponto da homenagem –, e com ecos de Roberto Bolaño e dos filmes de faroeste dos anos 1960, Nem mesmo os mortos é um épico não apenas sobre o que se transforma com o tempo, mas também sobre o que permanece: a violência, a subjugação de um povo pelo outro, a religião como ferramenta de poder e última esperança. O que permanece, na narrativa, é uma inquietação em relação às noções de presente, passado e futuro, que se dobram, se repetem e se perdem umas das outras, que são e não são ao mesmo tempo, que não existem, e que, ainda, são tudo que há.

A coleção Trilogia realista Machado de Assis (Selo A+M / Landmark, 1056 pp, R$ 160) é composta por três dos seus mais célebres romances: Memórias póstumas de Brás Cubas (1881), Quincas Borba (1891) e Dom Casmurro (1899). Essas obras marcam a fase madura do autor e refletem o espírito crítico e irônico com que ele retrata a sociedade brasileira do século XIX, especialmente a burguesia urbana do Rio de Janeiro. Em Memórias póstumas de Brás Cubas, Machado rompe com a narrativa tradicional, utilizando um protagonista morto para contar sua própria história, misturando realismo, pessimismo e humor ácido. Já em Quincas Borba, o foco recai sobre a exploração da teoria filosófica do “humanitismo”, criada pelo personagem Quincas, e suas implicações na vida do ingênuo Rubião. Por fim, Dom Casmurro aborda a ambiguidade dos sentimentos humanos, especialmente através da possível traição de Capitu, mantendo o leitor em constante dúvida. A trilogia é uma crítica profunda aos valores e à hipocrisia da sociedade, sendo reconhecida pela sofisticação de sua construção narrativa e pela introspecção psicológica dos personagens.

Publicado em livro pela primeira vez em 1891, O retrato de Dorian Gray (Antofágica, 480 pp, R$ 119,90 - Trad.: Samir Machado de Machado) levou seu autor, Oscar Wilde, à prisão após um processo judicial sobre moralismo e obscenidade. Já no século XXI, descobriram-se versões anteriores à do livro, dando início a outro debate acerca de todas as versões da obra. A edição da Antofágica traz o texto de 1891 com notas de rodapé comentando o processo de escrita do autor ao longo de todas as versões deste clássico que é um dos mais amados e analisados da literatura mundial. Até onde você iria em troca da juventude eterna? Rico, jovem e extremamente atraente, Dorian Gray está no auge de sua vida. Mas quando torna-se inspiração para o pintor Basil Hallward a ponto de ganhar dele um retrato, algo imediatamente se transforma: perturbado pela consciência do envelhecimento, faz uma espécie de barganha para que a pintura carregue o peso da idade enquanto sua própria juventude se mantenha preservada. Entregue à liberdade do prazer e da satisfação de todos os seus desejos, Dorian Gray passa a viver uma vida secreta. Embora aos olhos do conservadorismo inglês seja visto como um homem de moral intocada, no submundo londrino deixa-se levar por um hedonismo extremo, envolvido em relações violentas e com um distorcido senso de ética que degradam apenas o retrato. Polêmico, O retrato de Dorian Gray carrega não somente a análise de uma época, mas também uma profunda crítica à sociedade, ao moralismo vitoriano e, sobretudo, ao desejo de uma juventude permanente. É a história de uma vida dupla marcada tanto pela culpa quanto pelo prazer. As artes ficaram à cargo do artista Marcelo Tolentino, que usou a técnica da monotipia para gravar mais de 60 ilustrações.