Mariana Salomão Carrara e Alexandre Alliatti são os vencedores do Prêmio São Paulo de Literatura 2023, a maior premiação individual do setor literário brasileiro em valores financeiros. Eles foram anunciados em uma cerimônia na noite desta segunda-feira (27), na Biblioteca Parque Villa-Lobos, na capital paulista. Carrara levou pelo romance Não fossem as sílabas do sábado (Todavia), na categoria melhor romance de 2022, e Alliatti, pelo livro Tinta branca (Patuá), na categoria melhor romance de estreia de 2022. "Foi só com o Se Deus me chamar não vou (Nós, 2019) que eu entendi o que é a completude de ser escritora com leitores", disse a autora no seu discurso de agradecimento. Quando Alliatti subiu no palco, ele brincou dizendo que estava se sentindo na cerimônia do Oscar em que anunciaram o vencedor errado. "Ao mesmo tempo em que temos que brigar por mais e mais leitores, a literatura brasileira contemporânea parece estar num lugar tão pujante. Temos muito livros incríveis para ler", afirmou. Clique no Leia mais para ler a matéria na íntegra.

A Nielsen Book e o Sindicato Nacional dos Editores de Livro (SNEL) divulgaram o 11º Painel do Varejo de Livros no Brasil – referente ao período de 9 de outubro a 5 de novembro – e que apresenta um fôlego ao setor, que segue em queda desde julho. O 11º período – que antecede Black Friday – registrou uma queda no volume de 2,65%, sendo 3,65 milhões de obras comercializados em 2023, contra 3,75 milhões no mesmo período em 2022. Em faturamento, com um preço médio 5,54% superior, o setor arrecada R$ 166,77 milhões contra R$ 162,32 milhões no ano anterior, o que representa uma variação positiva de 2,74%. “Esperamos que o atual período represente para o setor livreiro uma virada de chave tanto para os resultados que ainda virão da Black Friday, como depois para o Natal. Com a chegada de novos lançamentos e a disposição para o consumo, esperamos que os resultados deste fim de ano nos ajudem a compensar ao menos parcialmente a queda acumulada e também indique aos editores caminhos para os próximos períodos”, avalia Dante Cid, presidente do SNEL. No acumulado do ano, a performance de 2023 apresenta queda de 0,41% no valor, sendo R$ 2,06 bilhões em 2022 contra R$ 2,05 em 2023. Já no volume, a queda é maior: 6,13%. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

O autor irlandês Paul Lynch venceu o Booker Prize 2023 – prêmio que consagra a melhor obra de ficção escrita em inglês no Reino Unido ou Irlanda – com a obra Prophet song (Oneworld), sobre uma mãe forçada a fazer o que for preciso para manter a sua família unida. O anúncio foi feito no último domingo (26) e, segundo os jurados, a obra “é um triunfo da narrativa emocional, estimulante e corajosa. Com grande vivacidade, Prophet song capta as ansiedades sociais e políticas do nosso momento atual. Os leitores acharão isso comovente e verdadeiro, e não esquecerão tão cedo seus avisos”, comentaram. Paul demorou quatro anos para escrever o livro. Na história, a cientista e mãe de quatro filhos Eilish Stack atende a porta de sua casa em uma noite chuvosa em Dublin e encontra dois agentes da recém-formada polícia secreta da Irlanda querendo falar com seu marido. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

A Editora Melhoramentos anunciou a contratação de Jefferson Zanqui como seu novo Gerente Nacional Comercial. Zanqui ingressou no mundo dos livros em 1993, tendo trabalhado em algumas das maiores editoras do Brasil, incluindo a editora Moderna, do grupo Santillana, a Companhia das Letras e a LeYa, entre outras. "Sob a liderança de Zanqui, a Editora Melhoramentos está posicionada para enfrentar desafios e oportunidades no mundo em constante evolução da publicação de livros no Brasil", diz a casa. Corina Campos, por outro lado, também inicia um novo desafio à frente do departamento comercial e marketing da Elo Editora. Conhecida como "Santa Corina", há 34 anos a executiva trabalha na cadeia comercial, em divulgação escolar, vendas atacadistas, comerciais B2B e institucionais, e agora assume a missão de levar a Elo Editora a ganhar capilaridade em todo o território nacional, por meio do time próprio e de parceiros. “Quando conversei com a Luciana e o Marcos senti uma forte conexão com o projeto e fiquei impressionada com a beleza do catálogo que eles construíram até o momento. O catálogo tem 16% de suas obras premiadas”, conta Corina, em nota. Clique no Leia Mais para ler a nota na íntegra.

O 65º Prêmio Jabuti terá como mestres de cerimônias os jornalistas Sandra Annenberg e Ernesto Paglia, ambos da Rede Globo. A entrega das estatuetas desta edição será no dia 5 de dezembro, às 20h, para convidados, no Theatro Municipal de São Paulo. Sandra Annenberg tem carreira jornalística de destaque sendo reconhecida por sua atuação como apresentadora e repórter em diversos programas da Rede Globo, onde também foi âncora e editora executiva do Jornal Hoje. Atualmente, apresenta o Globo Repórter. Ernesto Paglia, igualmente respeitado no campo do jornalismo, foi repórter especial e fez a cobertura jornalística de eventos nacionais e internacionais significativos em sua carreira. Será a primeira vez que eles apresentarão juntos uma cerimônia de entrega de prêmios. Este ano, no total, a premiação contou com 4.225 obras inscritas, que mostram o tamanho do prêmio e da literatura brasileira. Na ocasião, serão conhecidos os vencedores das 21 categorias do Prêmio – distribuídos em quatro eixos: Literatura, Não Ficção, Produção Editorial e Inovação – e o Livro do Ano. O evento também será transmitido pelo canal oficial do Youtube da CBL e também pelo TikTok do Prêmio Jabuti. Clique no Leia mais para ter acesso à íntegra desta nota.

Enquanto o mercado brasileiro estava na maravilhosa festa de Paraty discutindo questões importantes sobre o mercado editorial e sobre cultura e leitura, o mundo da Inteligência artificial estava dando voltas e reviravoltas! É impressionante e preocupante como o avanço nesta área é muito rápido, quase impossível acompanhar as notícias. Por isso selecionei algumas mais relevantes (na minha opinião) para compartilhar e refletir. Que a IA é um tema que o mercado editorial está tentando abordar com mais profundidade já não é mais notícia. Na segunda (27), a Conferência profissional Future Book 2023 tratou de temas importantes como audiobook e IA com algumas palestras que valeram a pena, como o Keynote: How publishing can embrace AI, ou o painel How should publishing navigate the evolving AI landscape?, ou em outro painel How AI is impacting audio. Em Paraty também foram discutidas as questões do avanço da tecnologia no mercado editorial e como usá-la da melhor maneira. Um caso de uso interessante é o da Springer Nature que quer se colocar como a primeira editora a usar o GPT para criar livros acadêmicos. Enfim, aqui no Brasil as coisas vão um pouco mais lentamente no mercado editorial, mas mesmo em meio a muitas polêmicas e pontos a serem esclarecidos precisamos abordar este tema. Eu diria que precisamos conhecer mais sobre este tema. Clique no Leia mais para acessar a íntegra deste artigo.

Depois de quatro anos, a Rocco volta a participar do maior evento geek e pop do país – a CCXP – com um estande próprio. Neste ano, a CCXP deve atrair 300 mil visitantes para o São Paulo Expo (Rodovia dos Imigrantes, 1,5 km, Vila Água Funda, São Paulo / SP) entre os dias 30 de novembro e 3 de dezembro. O estande da editora terá 100 m2 e vai abrigar várias sessões de autógrafos com autores e autoras da casa, como Babi Dewit, que lançará o romance As coisas que eu disse, André Gordirro, autor da trilogia Lendas de Baldúria, e Mariana Chazanas, com Amor ou algo assim. “Por conta de franquias como Harry Potter, Jogos Vorazes, Eragon e Divergente, a Rocco tem muita afinidade com o público geek que frequenta um evento como esse. Além de ser uma boa oportunidade para vendas, é também um ótimo momento para exposição da marca, divulgação dos destaques de final de ano e, principalmente, interagir com os fãs”, diz Bruno Zolotar, diretor de marketing e vendas da Rocco. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A Buzz Editora está à procura de um coordenador editorial que tenha experiência em negociação, dinamismo e facilidade de relacionamento interpessoal. É preciso também ter formação em Letras, Jornalismo, Comunicação ou áreas correlatas; domínio do Pacote Office e Adobe Profissional; experiência comprovada na área editorial de livros; e inglês fluente ou avançado. Conhecimento em um terceiro idioma é considerado um diferencial. As funções do cargo incluem a gestão e planejamento editorial; planejamento estratégico; gestão de equipe editorial; desenvolvimento de projetos editoriais; prospecção de obras; análise de projetos editoriais para o mercado trade e educacional; negociações nacionais e internacionais; contato com editoras internacionais e agências literárias e gestão de profissionais e empresas terceirizadas. O regime é CLT e interessados devem encaminhar currículos para contato@buzzeditora.com.br.

O escritor moçambicano Manuel Mutimucuio, autor de Moçambique com Z de Zarolho (Dublinense), faz um pós-Flip em São Paulo e Porto Alegre para encontros literários e sessões de autógrafos. A turnê conta com o apoio do Instituto Camões. Em São Paulo, nesta terça-feira (28), às 19h, na Livraria da Travessa (ua dos Pinheiros, 513 - São Paulo - SP), Mutimucuio se encontra com o jornalista literário Rodrigo Casarin, responsável pela coluna Página Cinco do Uol, para conversar sobre seu livro e dialogar com os leitores. A editora Dublinense, editora responsável pela publicação, já prevê um segundo romance, a ser lançado em 2024. Manuel Mutimucuio é moçambicano — nasceu na capital, Maputo, em 1985, mas passou os seus anos formativos na Beira. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

De olho no crescimento do mercado da literatura erótica, a Editora Lacre acaba de criar o selo Kāma – palavra sânscrita que significa “prazer” –, voltado para o segmento, com o livro Coletânea Kāma – poemas e contos eróticos (Lacre, 124 pp, R$ 51). A noite de autógrafos, na primeira quinzena de novembro, na Livraria da Travessa de Ipanema, contou com a presença de alguns autores declamando seus escritos. A proposta da editora Flávia Lamas Portela é valorizar o livro impresso neste segmento. "A literatura erótica nunca esteve tão viva e vários autores editam suas próprias obras em formato digital porque tem vergonha ou não querem aparecer, mas isso não é justo, porque temos um material muito rico e que merece ser lido por um público maior", afirma a idealizadora do projeto. No começo do ano, a Lacre lançou um edital em suas redes sociais convidando escritores a participarem do projeto Kāma e, depois de receber material de todo o Brasil, selecionou 33 obras. Entre os autores que enviaram contos e poemas estão Ilana Eleá, Sérgio Barreto, Gabi DiMello, Andrea Neiva, Maria Cecilia Costa Junqueira e Kika Gama Lobo. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O episódio mais recente do Papo CBL, disponível nas plataformas a partir desta segunda-feira (27), tem como convidada a Coordenadora Geral do Livro do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), Nadja Cezar, detalhando a importância e grandiosidade do PNLD (Programa Nacional do Livro Didático) como política pública para a sociedade, além de comentar as novidades do programa para o próximo ano. Durante a conversa, Nadja falou sobre o programa de Educação para Jovens e Adultos (EJA), que também usa os livros didáticos, e da importância de se ter material específico para atender às necessidades específicas de cada segmento. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A Faperj anunciou na última quinta-feira (23) o resultado do Programa de Apoio à Editoração – 2023. Nessa edição, o Programa teve mais orçamento e foram selecionados 148 projetos, número que representa quase o dobro do total de obras financiadas na edição anterior, em 2022. O total de investimento nesse Programa será de cerca de R$ 3,5 milhões, número também superior ao que previa o edital (R$ 3 milhões). Clique aqui para ver os contemplados. Os recursos deverão ser enviados, via SisFaperj, até o dia 1º de dezembro de 2023. Segundo a Fundação, a publicação dessas obras possibilitará a difusão e divulgação de pesquisas e/ou estudos desenvolvidos no estado do Rio de Janeiro, por meio da edição em formato de livro, e-book, coletânea, publicação periódica temática, obra de referência, CD (de áudio, de dados e híbridos) e DVD (de vídeos documentários, científicos ou educativos, de dados e híbridos) nos suportes impresso (incluindo o Sistema Braile), eletrônico ou digital. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O Molla Lisboa (Mostra do Livro Latino-americano) vai promover um encontro para apresentar autores brasileiros e discutir a literatura brasileira em Portugal, na Casa do Comum, livraria e Centro Cultural, em Lisboa. A programação será nos dias 28 e 29 de novembro. No primeiro, com destaque para a poesia e, no dia seguinte, para a prosa. Três escritoras, cujas obras estão inéditas em Portugal, foram selecionadas para o evento: Ana Elisa Ribeiro, Lucíola Macêdo e Maria Esther Maciel. Trechos da obra das autoras serão lidos e apresentados para o público português. Além delas, duas outras mesas, com escritores e editores já atuantes em Portugal, completam a programação. A primeira, com Amilcar Bettega, Ronaldo Cagiano e Eltânia André, discute a presença de autores brasileiros em Portugal. A outra, com Marcos Pamplona, Paula Cajaty, Andrea Zamorano e Álvaro Filho, terá como tema o mercado editorial em Brasil e Portugal. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Seguindo as comemorações dos 60 anos da Dona da Rua, a Panini lança em novembro o novo card colecionável da Mônica. Desta vez, homenageando a personagem no traço do ano de 1967, de Mauricio de Sousa, trazendo no verso do produto, curiosidades da época. São seis modelos de cards colecionáveis, que representam as seis décadas de criação da dona da rua. O brinde é exclusivo da loja online Panini e da modalidade Assinaturas da editora. A peça é um item de 89 x 63 mm feito para colecionadores e é composto por uma moeda dourada da personagem, dentro de um acrílico transparente, fechado por imã, com um adesivo oficial da Panini. O colecionável Mônica 1967 pode ser adquirido pelo consumidor, na loja Panini, e precisará atingir R$ 250 em compras, tendo um produto da MSP incluso, obrigatoriamente, nesse valor. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

No dia 30 de novembro, quinta, às 19h30, a Academia Mineira de Letras (AML) recebe o poeta e acadêmico Afonso Henriques Neto para a palestra 'A poesia entre os Guimarães e os Guimaraens'. Na ocasião, haverá lançamento e noite de autógrafos do livro Correntezas em tinta e versos - Quatro séculos de poesia na família Guimaraens (Ibis Libris), e que estará à venda a R$80 na sede da AML (Rua da Bahia, 1466 - Lourdes). Com entrada franca e intérprete de Libras, o encontro integra o ciclo Livro do Mês e conta com mediação de Ângelo Oswaldo, prefeito de Ouro Preto e ocupante da cadeira 03 da AML. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Os destinos da família de Didi e de Camilo se cruzaram muito tempo atrás. Camilo Santos, proprietário de um cartório, começava a juntar uma fortuna com seus trambiques. Didi havia sido levada aos dez anos pela mãe de Camilo para trabalhar na casa dos Santos, onde teria acesso à educação e a uma vida melhor. Uma história tristemente comum, que para Didi significou décadas de exploração e abusos, de falta de direitos e de todos os outros privilégios de ser considerada "da família" pelos Santos. Num ciclo também bastante comum no Brasil, cinco de suas filhas acabaram indo trabalhar para Camilo e seus filhos. Só que os tempos mudaram. Dilsa, que trabalha com Caíque, filho de Camilo, e sua esposa Renata, hoje entende mais que a mãe sobre os mecanismos perversos que mantêm sua família à mercê dos Santos. E a partir de uma pequena oportunidade ela irá empreender uma verdadeira guerra contra eles. Leandro Assis e Triscila Oliveira, autores do também aclamado Confinada, criam em Os Santos (Todavia, 176 pp, R$ 99) um retrato cristalino do Brasil de nossos tempos: de um lado, as forças do atraso, do preconceito e da violência; de outro, a esperança que nasce da solidariedade e da vontade de uma vida e de um mundo melhores. A obra será lançada logo mais, às 19h, na Livraria Janela (Rua Maria Angélica, 171 | Loja B - Rio de Janeiro / RJ), com participação de Leandro e Triscila.

Um dos mais conhecidos contos do autor brasileiro Lima Barreto (1881 – 1922) ganha a sua versão em quadrinhos pelas mãos do artista Caeto. Publicado originalmente em um jornal carioca, em 1911, O homem que sabia javanês (Peirópolis, 48 pp, R$ 68) narra em primeira pessoa as aventuras do jovem Castelo, recém-chegado à capital brasileira, durante a República Velha. Sem muito apreço pelo trabalho, o rapaz vive deixando dívidas pelas pensões em que se hospeda, até se deparar com um anúncio publicado no Jornal do Commercio: certo Barão procura por um professor de javanês. Mesmo sem conhecer a língua falada em terras muito distantes, Castelo candidata-se à vaga. Observador sagaz do mundo à sua volta, Lima Barreto não economiza no humor e no sarcasmo ao apresentar a história do farsante professor, expondo sem condescendências, uma sociedade que valorizava as aparências em oposição ao verdadeiro conhecimento. Em diálogo muito afinado com o autor pré-modernista, Caeto consegue representar a ironia contida no texto e retratar a paisagem urbana do Rio de Janeiro, os personagens e os costumes do início do século XX, contribuindo para que possamos entrar, ainda mais, no clima da história.

O ilustrador espanhol Juanjo Guarnido e o roteirista francês Alain Ayroles apresentam aos leitores o álbum Nas Índias traiçoeiras (Nemo, 160 pp, R$ 194,80 - Trad.: Renata Silveira), que constitui seu Livre d’Or (Livro de Ouro). Ayroles resgata um romance picaresco de 1626, escrito por Francisco de Quevedo, e decide continuá-lo nos quadrinhos, quatro séculos depois. Patife cheio de simpatia, Don Pablos de Segóvia é o personagem que narra suas aventuras picarescas na América, ainda conhecida como as “Índias”, durante a Era de Ouro. Um malandro que segue à risca um dos mandamentos de seu pai: “não trabalharás”. Miserável e rico, adorado e desprezado, Pablos sempre carrega consigo maquinações, as quais o levarão dos cortiços aos palácios, dos picos da Cordilheira aos meandros do rio Amazonas, até o mítico local mais desejado no Novo Mundo: o Eldorado!

Onde o samba e a espiritualidade se entrelaçam em uma dança, surge a figura enigmática de Zé Pilintra. Este é o início de uma jornada onde lendas populares se misturam com o misticismo de uma cidade cheia de segredos e mistérios, trazendo a magia da espiritualidade afro-brasileira ao universo da literatura infanto-juvenil. Nas páginas desta história em quadrinhos, o mundo onde o real e o espiritual se encontram, onde o boêmio Zé Pilintra revela suas origens e assume seu papel como guardião da malandragem e ícone da espiritualidade afro-brasileira. A HQ Zé Pelintra (Arole Cultural, 72 pp, R$ 59,75) foi criada por Bruno Brunelli, autor e ilustrador do projeto. A obra narra a trajetória desse personagem desde o sertão nordestino até os Arcos da Lapa carioca, revelando sua origem mítica e sua importância nas tradições afro-brasileiras, ressaltando ainda aspectos importantes da origem do povo brasileiro e do racismo histórico arraigado na sociedade até os dias atuais. A história em quadrinhos é uma oportunidade para os leitores conhecerem mais sobre a cultura e a religiosidade do povo brasileiro, além de se encantarem com as aventuras e a sabedoria de Zé Pelintra.