Pela primeira vez no Estádio Municipal Fausto Alvim, a 11ª edição do Fliaraxá terminou no domingo (9) depois de receber quase 200 autores e mais de 25 mil pessoas durante os cinco dias de evento. Com grande parte dos painéis lotados pelo público, o autor nacional foi o grande protagonista desta edição do evento. Tom Farias, Sérgio Abranches, Sérgio Rodrigues, Paulo Lins, Jeferson Tenório, Carla Madeira, Itamar Vieira Junior e Eliana Alves Cruz – a homenageada deste ano – foram só alguns dos nomes que inspiraram o público ao falar sobre temas atuais e pertinentes. Além de inúmeras falas sobre a importância da literatura, educação e patrimônio – que nortearam a programação – o protagonismo da literatura escrita por autores negros e os debates e diferentes perspectivas sobre o racismo também tiveram destaque. “O racismo faz parte do chão que a gente pisa, vai aparecer em tudo”, disse Eliana no painel que participou ao lado de Tenório, que por sua vez dividiu com o público como vê esse tema. “O racismo é um subproduto do ódio e, como subproduto, deve ser tratado como algo menor. Se ele aparece entrelaçado na minha história é porque está na estrutura, mas não é o tema”. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta matéria.

O 11º Festival Literário de Araxá (Fliaraxá) chegou ao fim neste domingo (9), após cinco dias de muita cultura em suas mais variadas formas, tendo a literatura e o incentivo ao hábito da leitura como condutores. Entre os livros mais vendidos na livraria do festival, o destaque, mais uma vez, vai para os autores nacionais, que lideraram as vendas. Salvar o fogo e Torto arado (Todavia), de Itamar Vieira Junior, ocupam o primeiro e o segundo lugar. O pódio é completado por Sem pecado não tem salvação (Miguilim), de uma das homenageadas do festival, Líria Porto. O Fliaraxá reuniu renomados autores e autoras nacionais, internacionais e regionais, somando cerca de 200 autores presentes. No top 5 de autores mais vendidos estão: Itamar Vieira Junior, Jamil Chade, Carla Madeira, Jeferson Tenório e Líria Porto. Clique no Leia mais para conferir as listas.

Se o leitor estiver atento às tendências do mercado editorial, já deve conhecer o convidado desta semana do Podcast do PublishNews – e talvez até seja um dos mais de 460 mil seguidores deste criador de conteúdo voltado para o mundo literário: Tiago Valente. Mestre em letras e influenciador, Tiago faz nos seus canais indicações, apresenta sinopses e desenvolve receitas baseadas nas histórias que lê. Seus vídeos bem produzidos conseguem até mexer nas listas de livros mais vendidos. Ele é considerado um dos primeiros TikTokers no Brasil a falar de literatura – com domínio do tema – na plataforma de vídeos. Com um repertório amplo de literatura internacional, Tiago é hoje um dos principais BookTokers do país. Nesta conversa, além de pegar as impressões do influenciador sobre o mercado editorial, o podcast traz ainda uma lista de indicações de livros, séries e filmes. O Podcast do PublishNews é um oferecimento da MVB, a empresa que torna os seus livros visíveis com serviços como Metabooks e Pubnet; da UmLivro, novo modelo de negócios para o mercado editorial: mais livros e mais vendas; e da Câmara Brasileira do Livro (CBL), a entidade que representa editores, livreiros, distribuidores e demais profissionais do setor. Você também pode ouvir o programa pelo Spotify, iTunes; Google Podcasts, Overcast e YouTube. Clique no Leia mais para ouvir o episódio.

Na Folha de S. Paulo, Ludimila Moreira escreveu sobre a possibilidade da Flip erradicar estereótipos em torno da autora homenageada do evento em 2023, Patrícia Rehder Galvão, a Pagu. O texto mostra como, dentro de um anseio em torno da construção de um novo ícone feminista, a escritora teria sua imagem reduzida. No Estado de S. Paulo, a notícia de que o autor Mario Vargas Llosa, de 87 anos, se recupera da Covid-19 após internação em Madri. O Estadão também falou sobre a abertura da loja Aigo Livros, a nova livraria no Bom Retiro, em São Paulo, com literatura coreana e de outras comunidades imigrantes de SP. O portal OPTclean noticiou sobre as opções disponíveis e os melhores dispositivos "e-readers" disponíveis para os usuários lerem livros digitais. O Globo falou do relançamento da obra de Bukowski com olhar feminino e uma revisão crítica na era pós #MeToo. Ainda no contexto da despedida de Zé Celso, o jornal informa que o artista deixa livro sobre Teatro Oficina e adaptação de 'A queda do céu' em aberto. Zé Celso, dramaturgo, diretor e ator, morreu aos 86 anos, na última quinta-feira (06). O Metrópoles fez uma matéria sobre o 'vai e vem' por trás do fechamento e da reabertura da Livraria Cultura, no Conjunto Nacional, em São Paulo. Clique no Leia mais para ver a nota na íntegra.

Os ingressos para a Feira do Livro de Frankfurt estão disponíveis a partir desta segunda-feira (10) pelo site do evento. As entradas custam de 25 € (para estudantes, livreiros e outras categorias) a 139 €, ingresso que vale para os cinco dias do evento – este ano, de 18 a 22 de outubro. Entre os autores confirmados para a programação da maior feira da indústria do livro, estão nomes como Marc-Uwe Kling, Cornelia Funke, Deborah Feldman, Rafik Schami e Christopher Clark. Em 2023, a Frankfurter Buchmesse celebra seus 75 anos de existência. Este ano, o país convidado é a Eslovênia, e a homenagem passa não apenas pela paisagem literária, mas também pela longa tradição de apicultura – o lema da edição é "Honeycomb of Words", algo como "favo de mel de palavras". O foco será na poesia e na filosofia eslovena, bem como na relação do país com a natureza. Como parte do programa profissional, haverá discussões sobre a indústria do livro local, com tópicos como a leitura na era digital e a importância de leituras profundas. Mais de 70 escritores, tradutores e poetas eslovenos vão participar do pavilhão. Neste ano, a Feira vai dedicar o BOOKFEST para as livrarias da região metropolitana de Frankfurt. A programação engloba eventos com autores internacionais e será anunciada nas próximas semanas. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Laura Wittner é a primeira autora anunciada para a programação oficial da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), que será realizada de 22 a 26 de novembro de 2023. A argentina condensa em sua prática literária múltiplas facetas: tradutora, poeta, crítica, professora. O livro de poemas Tradução da estrada é o primeiro título publicado no Brasil, pelo Círculo de Poemas (Luna Parque/Fósforo). Já seu livro-ensaio sobre tradução, Se vive e se traduz, será lançado em novembro, na ocasião da Festa, pela Bazar do Tempo. “Pode-se notar, sobretudo em sua poesia, que o cotidiano, compreendido pelo mais captável do dia-a-dia, não apenas é o seu meio de condução mais direto a uma profunda intimidade, como também é sua maneira de traduzir as relações criadas pelos sentimentos em constante mudança, em estado sempre provisório”, explica Milena Britto, curadora da Flip em dupla com Fernanda Bastos. "Laura Wittner instaura no tempo da poesia uma investigação das coisas íntimas do cotidiano”, complementa Fernanda Bastos. Laura Wittner nasceu em Buenos Aires, em 1967. É formada em Letras pela Universidade de Buenos Aires. Hoje coordena oficinas de poesia e tradução, e trabalha como tradutora literária para diversas editoras. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Angela Davis e Gina Dent vêm ao Brasil para participar do XVIII Congresso Internacional da Abralic (Associação Brasileira de Literatura Comparada), que começa nesta segunda-feira (10) na Universidade Federal da Bahia, em Salvador. As duas participam da mesa “Abolicionismo. Feminismo. Já.”, que marca o lançamento do livro de mesmo nome, lançado pela Companhia das Letras. A mesa será na terça (11), às 10h30, no Auditório da Faculdade de Direito da UFBA. Davis e Dent conversarão com a professora Denise Carrascosa, com mediação de Feibriss Cassilhas. Entre outros nomes confirmados no evento, estão Conceição Evaristo, Ailton Krenak e Anielle Franco. Outras editoras também marcam presença no Congresso. Três autores do catálogo da Cepe Editora, Flora Süssekind, Anita Martins Rodrigues de Moraes e Wander Melo Miranda, também do evento. Além dos nomes incluídos na programação oficial, os autores terão os livros postos à venda na Livraria 30porcento, junto às publicações da editora da Universidade Federal da Bahia (Edufba). Clique no Leia mais para ver a nota na íntegra.

O projeto Biblioteca Mauricio de Sousa doou para o Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas de São Paulo (SisEB) mais de 19 mil itens que serão distribuídos, nos próximos meses, na forma de kits com acervos sobre a Turma da Mônica para 82 bibliotecas de 70 cidades no estado. Parceria entre o SisEB e o Instituto Mauricio de Sousa, o projeto tem o intuito de incentivar a leitura para todos os públicos, com a distribuição de kits com centenas de livros para os acervos de bibliotecas públicas e comunitárias no estado de São Paulo no segundo semestre de 2023. “Neste ano em que a personagem Mônica completa 60 anos, comemoraremos doando uma “biblioteca do Mauricio” para 82 bibliotecas do SisEB que, por sua vez, celebram a ocasião com ações de dinamização de seus acervos”, explica o diretor executivo da SP Leituras, Pierre André Ruprecht. "Um dos benefícios esperados é intensificar os diálogos de qualidade desses equipamentos culturais com seus públicos. E, além de disponibilizar os livros para as comunidades, as bibliotecas selecionadas realizarão atividades tendo como base o material doado via edital”. A iniciativa também conta com o apoio das editoras Ação Claretiana/Ave Maria, Cem por Cento Cristão, Cortez, Culturama, Girassol Brasil, Matrix, Online, Panini e Fundação Dorina. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Por ocasião das comemorações alusivas à Revolução Constitucionalista de 1932, 9 de julho, a Associação dos Funcionários Públicos do Estado de São Paulo (AFPESP) expõe ao público, até o dia 28 deste mês, parte de seu acervo especial de livros sobre o movimento paulista em favor de uma Carta Magna democrática, em contraposição ao governo de Getúlio Vargas. A mostra de livros está aberta à visitação na Unidade CBI da AFPESP (Rua Formosa, 367, 16º andar – São Paulo / SP). “A mostra reúne 30 títulos, a maior parte deles composta por relatos históricos que contextualizam o leitor nos aspectos daquela mobilização e engajamento de São Paulo numa causa democrática”, relata Hosaná dos Santos Dantas, gerente da Coordenadoria de Educação e Cultura, em nota. A exposição realiza-se por meio do projeto “A Biblioteca da AFPESP destaca”, que confere visibilidade a temas referenciais de cada mês. O acervo é disposto em vitrine diferenciada, à qual os visitantes têm acesso. Alguns dos exemplares estão disponíveis para consulta. No local, o bibliotecário Rony de Andrade, responsável pelo espaço, fornecerá orientações de manuseio. Clique no Leia Mais para ler a nota na íntegra.

Nesta terça-feira (11), a escritora Cynthia Araújo faz o primeiro lançamento do seu novo livro A vida afinal – Conversas difíceis demais para se ter em voz alta (Editora Paraquedas), na Quixote Livraria (Rua Fernandes Tourinho, 274, Savassi), em Belo Horizonte (MG), às 18h30. Cynthia, que é colunista do blog Morte Sem Tabu, na Folha de São Paulo, analisa na obra as expectativas irreais de pacientes com câncer avançado. Ela reflete sobre como pensar na ilusão de uma vida longa e no projeto para futuros distantes pode desviar a atenção do viver o presente da melhor forma possível, também a partir de uma doença grave da sua mãe. O texto de apresentação da obra é assinado pela escritora Mariana Salomão Carrara, finalista do Prêmio Jabuti 2022. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Estão abertas as inscrições para o 5º Argumenta, laboratório imersivo gratuito do Sesc RJ, que oferece capacitação e consultoria especializada para novos roteiristas de todo o País que queiram desenvolver um projeto original de longa-metragem de ficção. Profissionais experientes do mercado audiovisual vão ajudar os novos autores, estreantes ou não, a aprimorarem seus roteiros. Para participar do laboratório, os interessados devem se inscrever no site do Argumenta até 25 de julho. Os autores devem ser maiores de 18 anos e terem, no máximo, produzido um longa-metragem de ficção, na função de roteirista e/ou diretor. O argumento deve ter de 6 a 10 páginas. Não é necessário que a pessoa roteirista tenha experiência prévia no mercado. Os nomes dos 10 selecionados serão divulgados no dia 25 de outubro. As atividades do laboratório vão acontecer de 26 de novembro a 1º de dezembro no Sesc Nogueira, em Petrópolis, Região Serrana do Rio. Os custos de transporte aéreo e terrestre, assim como estadia e alimentação, serão arcados pelo Sesc RJ. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Em As velhas (Jandaíra, 128 pp, R$ 53), Adilia Belotti reúne 12 contos cujos títulos remetem às mulheres que são suas protagonistas. Todas são mulheres velhas, vivendo em São Paulo. Algumas se conhecem, outras apenas se cruzam nas ruas da cidade, às vezes formam vínculos misteriosos, imersas em seus cotidianos. Há a lembrança do período inicial da pandemia de Covid-19, mas o protagonismo é da cidade de São Paulo, que evidencia uma velhice que está sendo (re)inventada e não se aparta do espaço público, da agitação urbana, do transporte. Uma velhice que interage e sente a vida com intensidade. As narrativas falam de velhas que carregam consigo as jovens que foram um dia: urbanas, apressadas, transitando entre um real que de repente, em algum momento a partir da quinta década de vida, perde os contornos conhecidos, e um imaginário que vai ganhando tessitura. O livro é ambientado na cidade de São Paulo, que ganha protagonismo com suas ruas, sua paisagem urbana, seus espaços comuns e cotidianos, ao mesmo tempo que incorpora as protagonistas e mostra que elas também fazem parte desse cenário urbano e da agitação da cidade, não aceitam a imposição de uma velhice passiva e que muitas vezes sofre com estereótipos e preconceitos. A capa é ilustrada por Mariana Coan, com projeto gráfico da Doroteia Design.

Morgana é uma cidadezinha no Mississippi em que todos se conhecem. Crianças e idosos convivem com adultos de diferentes posições sociais. A natureza – rio, árvores, pássaros, bosques e trilhas – se mistura com as casas e os pequenos negócios. Esse lugar fictício, com as características do sul dos EUA, é o elemento central de As maçãs douradas (Carambaia, 288 pp, R$ 119,90). O livro reúne sete contos interligados, com personagens em comum, e cobrem um período de cerca de 40 anos. A violência, a morte e os preconceitos se apresentam de forma latente, às vezes quase cômicas, ao lado de pequenas rusgas. A música também tem um papel central e assume feições de evasão para seus personagens. Inédito no Brasil, é considerado a obra-prima de uma das maiores escritoras americanas do século XX, Eudora Welty (1909-2001), dona de um estilo bem particular, em que a oralidade evolui para uma linguagem elaborada como uma tapeçaria. A edição da Carambaia tem tradução e posfácio de José Roberto O’Shea, tradutor de autores como Robert Louis Stevenson, Flannery O’Connor, Mark Twain, Joseph Conrad e James Joyce.

Uma pessoa em situação de rua que divide um caixa eletrônico com um homem de meia idade e muitas dívidas, um taxista convence o passageiro a pegar um caminho diferente para ver se a ex-mulher que o abandonou está num bar, um funcionário de uma empresa de telemarketing que vê proximidade e distância com um cliente quase homônimo milionário. As personagens de Náufragos (Malê, 114 pp, R$ 52,00) são pessoas comuns que vagam pelas ruas de uma grande cidade como sonâmbulos peripatéticos, falando sozinho, com público ou não, compartilhando silêncios e segredos na mesma respiração. A beleza da boa literatura pode ser verbalizar o pensado, mas não dito. Pode ser refletir sobre o acontecido, sendo ele passado ou ainda presente. Nestes 19 contos, Fernando Molica propõe uma investigação sobre a solidão, o naufrágio, seja ele amoroso, religioso ou financeiro. As personagens desse grande naufrágio estão quase sempre acompanhadas e em movimento, mas estão sós, inexoravelmente sós. Como, no fundo, estamos todos nós.

Bagdá noir (Tabla, 352 pp, R$ 89 – Trad.: Jemina Alves) faz parte da premiada série de antologia noir da Akashic Books. Uma das cidades do mundo mais devastadas pela guerra entra para a coleção com um volume de histórias sombrias, reunindo 14 contos ambientados em diferentes regiões de Bagdá, que formam um complexo mosaico de experiências e perspectivas. Da introdução de Samuel Shimon, organizador da antologia: “No seu conjunto, as histórias de Bagdá noir testemunham a duradoura resiliência do espírito iraquiano em meio aos desdobramentos da vida real e de um estado de desespero contínuo, do qual a literatura noir oferece apenas uma ideia. As contribuições deste livro também se sustentam como contos independentes, nos quais as tradições riquíssimas de interculturalidade transcendem a realidade política imediata — mesmo que nela se baseiem.”