O mercado religioso é de grande importância na indústria editorial. Dentro dele, por exemplo, temos o livro mais vendido, a Bíblia. Para falar sobre as particularidades desse mercado, num país em que mais de 80% da população se declara cristã, o Podcast do PublishNews desta semana conversa com duas figuras destacadas do setor: Hugo Langone, poeta, tradutor, doutor em Teoria Literária e editor no Grupo Ediouro, à frente do Selo Petra, além de participar da Nova Fronteira e Agir, e com Samuel Coto, diretor editorial da Thomas Nelson, que faz parte da HarperCollins Brasil. Além de ser responsável pelo selo cristão do grupo, liderou aquisições como C.S. Lewis e J.R.R. Tolkien. Nesse bate-papo, eles falam sobre as diferenças do mercado cristão e católico, do seu crescimento nos últimos anos, da sua sofisticação, do público leitor cativo e muito mais. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

Tradicional evento da programação da Feira do Livro de Frankfurt (19 a 23/10), o Global 50 CEO Talk 2022 debaterá as tendências inovadoras na indústria editorial internacional com Ashleigh Gardner, vice-presidente da Wattpad Webtoon Studios, e Michael Tamblyn, CEO da Rakuten Kobo. No dia 19 de outubro, às 14h (horário da Alemanha), os dois serão sabatinados pelos representantes dos principais veículos de comunicação na cobertura do mercado editorial em todo o mundo: Bookdao (China), buchreport (Alemanha), The Bookseller (UK), Livres Hebdo (França) e Publishers Weekly (EUA), tendo como mote “as novas facetas do mercado global de livros hoje”. Comandado pelo consultor austríaco Ruediger Wischenbart, o CEO Talk pretende discutir os novos rumos que o mercado editorial global tem tomado. As novas formas que os autores encontraram para explorar sua propriedade intelectual; a ampliação dos campos de criação; a exploração do cross-media, entrelaçando livros, jogos e filmes; o sucesso das graphic novels e mangás e os novos modelos de negócios estarão entre os temas do debate. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

O site Publishing Perspectives noticiou na última semana, com ares de segredo de Estado o desenvolvimento de um aplicativo de publicação, sem revelar seu nome nem a empresa que deve lançá-lo ainda este ano ou no início de 2023. Ele é descrito como uma ponte entre as editoras comerciais tradicionais – baseadas em qualquer mercado editorial mundial – e a estrutura popular de serialização, semelhante a das plataforma Wattpad e Webtoon, que alcançam um público grande e fiel. Este novo aplicativo não será para conteúdo gerado pelo usuário (UGC), como muitas plataformas de serialização de alta visibilidade. Terá curadoria profissional, projetado como um recurso de mercado para livros publicados por editoras de qualquer tamanho. Tanto o Wattpad quanto o Webtoon são plataformas para a criação e consumo de conteúdo serializado, e seu público combinado hoje é de cerca de 180 milhões de usuários. Diferentemente do modelo desses dois gigantes, o novo aplicativo permitira publicação serializada de livros de catálogo. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

Ainda é possível encontrar material sobre o Bicentenário da Independência no noticiário do fim de semana nos grandes jornais. O Globo entrevistou Evaldo Cabral, que tem lançada uma nova edição de A outra independência (Todavia), obra que desmonta o centralismo da então capital na historiografia. O livro reafirma a posição do imortal da ABL, que dá muita importância à participação de Pernambuco no processo da Independência. Ele destaca a Revolta Pernambucana (1817), que teria dado início ao ciclo revolucionário que levaria à Independência. Na Folha, a coluna Painel das Letras comentou livros lançados agora com textos inéditos recentemente descobertos. Fala de Educação Natural (Record), que traz 26 contos e um romance inacabado do gaúcho João Gilberto Noll (1946-2017), e de A pipa de Diógenes (Jabuticaba), peça escrita na juventude por Gianfrancesco Guarnieri e Oduvaldo Vianna Filho, o Vianinha, dois dos maiores dramaturgos políticos brasileiros. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

O autor carioca Geovani Martins é o quatro nome confirmado na 20ª Flip, que acontece entre os dias 23 e 27 de novembro. Em 2018, Geovani lançou o elogiado livro de contos O sol na cabeça (Companhia das Letras), que reproduz a linguagem das ruas e usa gírias e expressões populares como instrumentos para contar sua história. Agora, ele lança seu primeiro romance, Via Ápia, que se passa em 2011 e trata dos impactos de uma Unidade de Polícia Pacificadora na vida de moradores da favela da Rocinha. A trama é dividida em três partes: a expectativa com relação à invasão; a ruidosa instalação da UPP; e a silenciosa partida da polícia e a retomada dos bailes funk que fazem o chão da favela tremer. Em capítulos curtos, que trazem perspectivas cruzadas, o narrador conduz os leitores pelas vidas dos cinco jovens protagonistas – suas paixões, amizades, dramas pessoais, ambições, frustrações, sonhos e pesadelos. Os assinantes da Assinatura Flip-se – clube de assinatura da festa literária em parceria com a livraria Dois Pontos – receberão a obra em primeira mão. Usando o cupom Vempraflip, a caixinha com o romance de Geovani sai por R$ 49,90 + frete. Clique no Leia mais para ter acesso à íntegra desta nota.

O escritor espanhol Javier Marías morreu neste domingo (11), aos 70 anos, em consequência de uma pneumonia. Publicado no Brasil pela Companhia das Letras, desfrutava de sucesso internacional no mundo literário desde o lançamento de Coração tão branco, em 1992, que vendeu 1 milhão de exemplares no ano de seu lançamento e foi traduzido para mais de 40 idiomas. Em 2002, ele começou a publicação da trilogia Seu rosto amanhã, que muitos críticos consideram sua obra prima. Juntos, Febre e lança (2002), Dança e sonho (2004) e Veneno, sombras e adeus (2007) formam um ambicioso projeto literário, um exercício de entrelaçamento narrativo. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

Luciane Mustafá e Vitor Camargo de Melo foram os brasileiros que levaram prêmios principais na edição 2022 do International Latino Book Awards. Concedido desde 1997 em Carlsbad, na Califórnia, o prêmio contempla autores, ilustradores e tradutores de livros lançados em inglês, espanhol ou português. Em sua galeria de vencedores estão Gabriel García Márquez, Pablo Neruda e Mario Vargas Llosa. A premiação engloba mais de uma centena de categorias. Vitor Camargo de Melo venceu como Melhor Livro de Ficção com Embaixo das unhas, e Luciane Mustafá ganhou na categoria Melhor Livro Young Adult em português, com o título Uma vitória interrompida. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

Esta semana, de 15 a 18, começa a oitava edição da Flim – Festa Literomusical de São José dos Campos. Maior evento literomusical do Vale do Paraíba, o evento acontece no Parque Vicentina Aranha, com uma programação extensa de oficinas, workshops, shows, mesas de debate com autores, atividades infantis, lançamento de autores regionais e mais. A curadoria geral é de Carol Rodrigues, com participação da curadora convidada Trudruá Dorrico, pesquisadora indígena Macuxi, referência no mapeamento da literatura indígena contemporânea. O anfitrião da festa será o professor indígena Luã Apyká. Dentro da programação haverá uma exposição de Marcelo Weiss, intervenções artísticas, participação de nomes como Lu Ain-Zaila, Natalia Borges Polesso, Ana Maria Gonçalves, Roberta Martinelli e Nego Bispo, e shows de Maria Gadú, Serial Funkers, Paulo Miklos, entre outros. A programação completa você confere clicando aqui.

Nesta segunda-feira (12), às 19h, José Ribamar Garcia, escritor piauiense radiado no Rio de Janeiro, lança Caminho dos ventos (Litteris Editora), na Blooks Botafogo (Espaço Itaú de Cinema, Praia de Botafogo, 316, Botafogo - Rio de Janeiro / RJ). Ambientado na Amazônia, onde mostra a luta dos sertanejos nordestinos atraídos pela extração da borracha, o livro é permeado pela história da região, dificuldades enfrentadas, o nascimento de amores e de cidades, derrotas e vitórias. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

No século XVIII, a Londres vitoriana escondia uma pequena botica que atendia a uma clientela peculiar. Nella, uma curandeira respeitada no passado, vendia venenos a mulheres que precisavam se livrar dos homens ameaçadores de suas vidas. Porém, quando uma garotinha de 12 anos entrou no caminho da boticária, o futuro de seu trabalho foi posto em risco. As consequências desse encontro ecoam através do tempo e chegam até aos dias atuais, reverberando em Caroline Parcewell, uma aspirante a historiadora cuja vida está de ponta-cabeça. Com um casamento em ruínas e uma vida infeliz, Caroline encontra refúgio no mistério que envolve uma série de assassinatos por envenenamento séculos antes, um achado que a levará até Nella e sua loja. Após descobrir um frasco de boticário em uma caça relíquias no Tâmisa, a vida dela se entrelaçará com a da boticária em uma reviravolta do destino. Da autora estreante Sarah Penner, A pequena loja de venenos (HarperCollins, 320 pp, R$ 54,90 – Trad.: Isabella Pacheco) é um best-seller internacional que conquistou o público com suas protagonistas fortes e inteligentes, e com reviravoltas capazes de prender o leitor.

Quando Meddelin Chan acaba matando sem querer o cara com quem teve um encontro, sua mãe intrometida chama as irmãs — três tias mais intrometidas ainda — para se livrarem do corpo. Mas desovar um cadáver é mais difícil do que parece, sobretudo quando ele é colocado em um cooler para bolos e acaba parando sem querer num resort de luxo na Califórnia onde está acontecendo o casamento bilionário em que Meddy, a mãe e as tias estão trabalhando. Esse casamento foi o maior contrato que a pequena empresa da família Chan conseguiu desde que começaram a trabalhar juntas. E agora nada, nem mesmo um defunto inconveniente, vai impedi-las de realizar a festa perfeita. Porém, como se não bastasse a confusão em que as cinco se meteram, as coisas pioram muito quando o grande amor dos tempos de faculdade de Meddy aparece de surpresa em meio ao caos em que o casamento está prestes a se transformar. Enraçado e repleto de reviravoltas, Disque T para titias (Intrínseca, 352 pp, R$ 59,90 - Trad.: Luciana Padua Dias e Maria Carmelita Dias), de Jesse Q. Sutanto, traz pela primeira vez na história das comédias-românticas-meio-thrillers a pergunta: será possível escapar de acusações de assassinato, reconquistar seu ex e realizar um casamento deslumbrante, tudo no mesmo fim de semana?

Sofia, ou bisnaguinha, a menina que “passa os dias conversando com as próprias ideias”, tinha um único desejo: tornar-se invisível. Após fazer esse pedido em seu aniversário de sete anos e tê-lo realizado, a pequena se vê livre para andar pelos lugares mais mágicos do mundo. A história invisível (Fósforo, 104 pp, R$ 64,90) é a estreia de Sofia Nestrovski na ficção. Neste livro, os leitores são levados pelos caminhos do universo infantil através do olhar dessa personagem que só queria escapar do tédio, mas acabou se lançando em um mundo fabular repleto de conversas com sapos e peixes e aos lugares mais recônditos, como o tronco de uma árvore. Com ilustrações inéditas de Danilo Zamboni, essa versão século 21 de Alice no País das Maravilhas convoca o leitor a fugir, a deixar para trás a rotina e a mesmice, e a reencontrar os pensamentos da infância abandonados ao longo dos anos. Ao se aventurar sem a supervisão de adultos, Sofia nos faz pensar sobre questões que não costumamos associar às crianças, como solidão, sofrimento e na escola como um espaço hostil: “Forçada todos os dias a ir à escola, horrorosa escola, pintada com cor de sorvete. Borboletas de manteiga voando do lado de fora da janela, e ela ainda ali. Tédio sobre tédio sobre tédio”. E, não seria a escola de Sofia uma alusão aos afazeres diários da vida adulta? Imaginar um mundo repleto de novidades pode se converter em um recurso para devolver o espanto e o deslumbramento ao nosso cotidiano e talvez seja a nossa única esperança para dias tão difíceis.

La Duiva é uma pequena ilha no litoral de um Uruguai imaginário. Lá, há mais de 200 anos, vivem os Godoy. A vida dos habitantes da ilha – em especial a de Tiberius Godoy e a do jovem Tomás – muda com o aparecimento de Coral, uma mulher misteriosa que surge das ondas em uma noite de lua cheia. Com Coral, a ilha é tomada por uma infestação de rosas vermelhas, que entram pelas janelas e invadem as casas. As rosas, com seu cheiro de amor, despertam paixões inesperadas... e muitas vezes incontroláveis. Inspirada pela poesia de Sophia de Mello Breyner Andresen, Letícia Wierzchowski, autora de A casa das sete mulheres, se vale da tradição do realismo fantástico sul-americano para incorporar elementos míticos à narrativa. Em Deriva (Planeta, 288 pp, R$ 56,90), Letícia mostra que o amor sempre chega de maneiras inesperadas e não deixa mais nada como era antes.