Desde o início de fevereiro, o PublishNews tem mapeado alguns mercados internacionais a partir dos dados trocados por alguns dos nossos colegas que participam da PubMagNet, uma rede de jornalistas e analistas especializados na cobertura da indústria editorial. A série já trouxe dados da França, Itália e Alemanha. A edição de hoje traz os principais destaques de como foi 2017 no Reino Unido. Os dados foram apresentados na última reunião do grupo, em Oslo, por Benedicte Page, editora adjunta da The Bookseller. De acordo com os números da Nielsen, o mercado de livros impressos se manteve praticamente estável em valor, com discreto aumento de 0,09% no faturamento. No entanto, em volume, o mercado lá perdeu 2,7%. Em números absolutos, quer dizer que, no ano passado, foram vendidos 189,8 milhões de exemplares, o que redundou em um faturamento de 1,59 bilhões de Libras. Benedicte observa que 2017 foi o terceiro ano consecutivo com crescimento do faturamento e observa que isso se deveu essencialmente ao aumento do preço médio do livro que hoje está em 8,39 libras. “Em geral, 2017 foi um ano sólido, mas não espetacular, sem novas tendências fortes ou grandes hits. Tendências como paródias e comida saudável, que foram fortes em 2016, desapareceram”, analisa a editora. Isso se refletiu nos resultados das editoras. Sem nenhum arrasa quarteirão, a Hachette, por exemplo, teve queda de 8% na comparação com 2016, quando lançou Harry Potter e a criança amaldiçoada. Pelo mesmo motivo, a Pan Macmillan caiu 10,5% sem algo que comparasse ao sucesso de Joe Wicks e seus livros de dieta. Clique no Leia Mais e tenha acesso à íntegra desta matéria.

Depois de ficar entre os sete melhores livros de 2017, na opinião da revista Kirkus Review, You can´t be too careful (Elsewhere Editions), do brasileiro Roger Mello, aparece agora na lista do Mildred L. Batchelder Honor Books, prêmio concedido pela American Library Association (ALA) a livros infantis publicados originalmente em um idioma diferente do inglês e em um país diferente dos EUA e posteriormente traduzido para o inglês para a publicação nos EUA. O grande vencedor na categoria foi The murderer's Ape (Delacorte Press), do sueco Jakob Wegelius e traduzido para o inglês por Peter Graves. O livro de Roger, que aqui no Brasil é publicado pela Companhia das Letras, com o título de Todo cuidado é pouco!, foi traduzido para o inglês por Daniel Hahn e aparece nominado junto com outros dois livros: Malala: activist for girls' education (Charlesbridge Publishing), de Raphaële Frier e Aurélia Fronty e traduzido do francês por Julie Cormier, e When a wolf is hungry (Eerdmans Books for Young Readers), de Christine Naumann-Villemin e Kris Di Giacomo, também traduzido do francês pela equipe da editora. You can´t be too careful é o primeiro livro do brasileiro vencedor do Hans Christian Andersen publicado nos EUA.

Quando Charles Cosac anunciou o fim da sua Cosac & Naify, a comoção foi enorme. Não à toa. Os livros editados pela casa de Higienópolis viraram sonho de consumo de 10 entre 10 bibliófilos no Brasil. Como se sabe, o estoque remanescente da editora seguiu para os depósitos da Amazon, que ainda o vende com exclusividade no Brasil. O catálogo da editora foi repartido em diversas outras casas editoriais. A GGBrasil, por exemplo, absorveu alguns na área de arquitetura e design. Cinco deles voltam às livrarias em 2018: Pensar com tipos (já em processo de distribuição) e ABC Bauhaus (sem previsão de publicação), ambos de Elen Lupton; Geometria do design (março), de Kimberly Elam; Nova York delirante (sem previsão), do arquiteto Rem Koolhaas, e Ligeiramente fora de foco (sem previsão), de Robert Capa. As novas edições chegam com novas capas, mas mantendo a tradução e o miolo publicados originalmente pela Cosac.

Marcio Coelho já colaborou com o PublishNews algumas vezes, com crônicas que mostram os bastidores do mundo editorial de forma leve e agradável de ler. Já contou, por exemplo, como foi a sua experiência editando a biografia de Gilberto Gil ou resgatando a história do Círculo do Livro. Agora, o PublishNews o convidou para colunista e reúne o que já foi produzido em uma única página. E para marcar essa estreia, Marcio conta um pouco sobre a sua história com Pedro Paulo de Sena Madureira, com quem trabalhou na Siciliano. "Lendo um perfil sobre o editor no Estadão, ficou óbvio, para mim, que um profissional como ele não cabe mais no nosso mercado. Menos pela capacidade, mais pela extravagância, totalmente justificada na época dele", analisa Marcio "Mas mesmo fora do mercado há algum tempo, Pedro Paulo de Sena Madureira é um dos maiores editores que o Brasil tem. Sim, é, porque um(a) editor(a) nunca está editor(a), é editor(a)", completa. Para ler a íntegra da coluna de estreia de Marcio, clique no Leia Mais.

Foi estendido o prazo para a entrega do questionário da Pesquisa Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro ano-base 2017. As editoras terão até o dia 02 de março para participar do diagnóstico sobre a produção editorial brasileira realizado anualmente pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), a pedido da Câmara Brasileira do Livro (CBL) e do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL). Até o momento, mais de 90 editoras já responderam ao questionário da pesquisa, disponível aqui. Qualquer dúvida, a editora deve entrar em contato com Mariana Bueno, preferencialmente pelo e-mail cbl-snel@fipe.org.br, ou pelo telefone (11) 3091-5823, entre 14h e 18h.

Na próxima segunda (19), a LabPub, a mais nova escola dedicada à formação continuada na área editorial do Brasil, dá início a sua programação, com o curso de Formação de Publisher. Na modalidade de Educação a Distância (EaD) ao vivo, o curso trará todas as etapas da edição de um livro que um publisher precisa saber e, além da teoria, os alunos entregarão ao final das aulas um plano editorial e um plano financeiro real, para aplicarem nas suas empresas ou em futuros projetos. Tudo isso, com o auxílio de um dos coordenadores exclusivos da casa, que dará um coaching individual para cada aluno. O corpo docente do curso é formado por profissionais já atuantes no mercado como Alessandra Ruiz (Sextante), Camila Cabete (Kobo), Luciana Borges (Companhia das Letras), Mariana Rolier (HarperCollins), Sintia Mattar (Trevisan | Mattar) e Pedro Almeida (Faro). Além deles, o LabPub anunciou a chegada do capista Delfin (Studio DelRey), que será professor das aulas de design editorial, e de Cecilia Arbolave (Lote 42), que conduzirá as aulas de produção gráfica. As aulas acontecem todas as segundas e quartas, das 19h às 21h10, e para mais informações de inscrições é só clicar aqui ou mandar e-mail para labpub@labpub.com.br.

Faltando pouco mais de seis meses para a 25ª edição da Bienal Internacional do Livro de São Paulo (3 a 12/08), realizada pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), o evento já conta com 70% de suas áreas de exposição vendidas. Em 2016, a Bienal do Livro de SP gerou aumento de 8% na movimentação de negócios, em relação à edição anterior, e em pesquisa encomendada pela CBL, realizada durante o evento, 78% dos expositores demonstraram interesse em participar do evento novamente e 69% dos visitantes têm intenção de retornar em 2018. Editoras como Ciranda Cultural, Companhia das Letras, Harper Collins, Melhoramentos, Moderna, Record e Sextante já confirmaram a participação no evento. Para este ano, os editores terão a opção de adquirir seus estandes por setorização, o que guiará o visitante pelos principais temas de seus interesses, tanto para o encontro com as editoras e autores, como para os espaços culturais. O sistema para escolha das áreas dos expositores será realizado nos dias 6 e 7 de março. Este ano, a 25ª Bienal também contará com o patrocínio da Microsoft Brasil que focará na educação e empreendedorismo com um espaço para professores e alunos no setor educacional. Os valores dos ingressos permanecem sem reajuste em relação à edição 2016, sexta, sábado e domingo, R$ 25,00 (valor inteiro), segunda à quinta, R$ 20,00 (valor inteiro). Informações sobre programação, ingressos e credenciamento serão divulgadas em breve.

A Biblioteca de São Paulo abriu suas portas em fevereiro de 2010. Para comemorar o seu oitavo aniversário, o espaço preparou uma programação especial para o final de semana. Neste sábado (17), às 11h30, 13h e às 14h50 acontece a intervenção poética-musical Poesias ao vento, em que as crianças e adultos terão a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre a música, poesia e contos brasileiros. Às 11h, a quadrinista Laerte participa do bate-papo Segundas Intenções, para falar sobre sua vida e obras, para participar é preciso enviar um e-mail para agenda@bsp.org.br ou ir até o balcão de atendimento. Às 14h será a vez de conhecer a produção literária dos autores Monik Lelis, Benício Targas e Maria Eugenia. Logo mais, às 15h30 a BSP irá homenagear os sócios que mais prestigiaram a biblioteca em 2017 e, por fim, às 16h acontece o espetáculo Sonhatório, onde um grupo de amigos partem em uma viagem imaginária em busca de comida.

Na próxima segunda (19), às 9h, a cidade de São Paulo ganhará uma biblioteca comunitária, aberta sete dias por semana, 24 horas por dia: a Livro Livre ESPM. A proposta do novo espaço é repassar os livros que serão doados pela comunidade de alunos, professores, parceiros, vizinhos e demais pessoas, que queiram compartilhar conhecimento por meio de livros de literatura, filosofia, artes e, também alguns exemplares didáticos e acadêmicos. “Qualquer pessoa que passar na Rua Dr. Álvaro Alvim, no número 123 e se dirigir a Livro Livre ESPM pode entrar, escolher e levar um livro. Ela não tem porta, não tem vidro, nem porteiro. É só passar e levar”, explica Dalton Pastore, presidente da ESPM e criador do projeto. “Certamente, se o leitor devolver este livro após o tempo que julgar necessário, outras pessoas também poderão se beneficiar da obra literária”, sugere. A biblioteca comunitária tem capacidade para expor dois mil livros e está localizada na fachada da instituição de ensino, de frente para a calçada. As doações serão recebidas na biblioteca acadêmica, que fica dentro do campus, no mesmo endereço.

Desde o seu lançamento, em 2012, Como eu era antes de você (Intrínseca), de Jojo Moyes, tem traçado um caminho de vitórias: alcançou o topo das listas de best-sellers em nove países e foi o ganhador, no ano passado, do Prêmio Avena PublishNews como o livro que mais vendeu na categoria Ficção. A sequência, Depois de você (Intrínseca) também teve uma carreira de sucesso. Agora, chega às livrarias, Ainda sou eu (Intrínseca, 400 pp, R$ 39,90 - Trad.: Ana Rodrigues, Cassia Zanon, Julia Sobral Campos e Maria Carmelita Dias). Na continuação, Lou Clark, personagem que ganhou vida na pele de Emilia Clarke nos cinemas, está prestes a começar uma nova fase da sua vida, em Nova York, longe de casa e de Sam, com quem se envolve, e tentando se adaptar a um emprego com uma chefe que guarda um importante segredo.

Em Garotas más (Fábrica 231 / Rocco, 336 pp, R$ 49,90 - Trad.: Elisa Nazarian), de Robin Wasserman, a principal estrela do basquete do ensino médio local, o popular Craig Ellison é encontrado morto com um tiro na cabeça e um revólver na mão. Em choque, os moradores da pequena cidade de Battle Creek acreditam se tratar de um caso de suicídio, especialmente após surgirem rumores sobre rituais de adoração satânica na região. Mas à medida que a rebelde e carismática Lacey Champlain se aproxima da tímida e solitária Hannah Dexter, segredos assustadores envolvendo a morte de Craig podem vir à tona. Vidrada por Kurt Cobain, a sedutora Lacey aos poucos transforma a impressionável Hannah numa cópia de si mesma. E as consequências dessa amizade obsessiva são sombrias e violentas.

Chris é um jovem de hábitos estranhos. Tímido e calado, não possui nenhuma rede social e ama ler os poetas que morreram jovens demais. Seu sonho? Ser escritor e, com a escrita, mudar a vida das pessoas. Morando numa cidade do interior, vê sua vida mudar por completo ao receber uma trágica notícia: sua mãe, Helena, precisa urgentemente de um transplante e junto com a família, parte para São Paulo em busca de um novo coração. Lily é uma garota paulistana que há muito tempo não sente seu coração acelerar. Cansada da vida que leva, nada mais é capaz de despertar seu interesse: roupas caras, seguidores nas redes sociais e muito menos o curso de cinema que acabou de começar. Tudo parece ter perdido o brilho de uma hora pra outra, mas um encontro inesperado, no parapeito de um prédio, mudará para sempre a vida destes dois personagens. Christian Figueiredo, que conquistou milhares de leitores com sua trilogia Eu fico loko, lança agora Um coração maior que o mundo (Outro Planeta, 208 pp, R$ 32,90) e dá voz a jovens tão diferentes, mas com anseios parecidos: viver por aquilo que faz o coração bater mais forte.

Ruth nasceu em uma Londres ainda muito marcada pelo fim recente da Segunda Guerra Mundial. Uma criança observadora e pensativa que se vê diante de um mundo adulto confuso, misterioso e de histórias incompletas. Seu maior refúgio está nas lembranças de um tempo mais simples, quando visitava seus avós em Norhambury. À medida que se aproxima da própria adolescência, Ruth descobre a motivação para perseguir o seu sonho de se tornar uma pianista renomada, ao mesmo tempo em que se depara com os segredos de sua família ao longo do caminho. A pequena pianista (Única / Gente, 464 pp, R$ 49,90 – Trad.: Sandra Martha Dolinsky), romance escrito por Jane Hawking, autora de A teoria de tudo, fala sobre a natureza imprevisível do comportamento humano e sobre assumir o controle do próprio destino, apesar dos desafios. Uma história sobre diferentes tipos de amor entre pais, avós e crianças, entre jovens descobrindo a primeira paixão e, acima de tudo, o amor pela música.