Sérgio Machado, um dos maiores editores que o Brasil já teve, faleceu, aos 68 anos, nesta quarta-feira (20) de complicações decorrentes de uma cirurgia feita em novembro passado. Machado assumiu a presidência do Grupo Editorial Record em 1991, depois da morte de seu pai, Alfredo Machado. Sob seu comando, a editora se reposicionou no mercado, comprando editoras e criando selos para diversificar seu catálogo, que atualmente conta com cerca de oito mil títulos distribuídos em selos e editoras como Bertrand Brasil, José Olympio, Civilização Brasileira e Verus, BestSeller. Ele deixa a mulher, Maria do Carmo, três filhas e três netos. Duas das filhas, Roberta Machado e Rafaella Machado, são diretora comercial e editora do selo Galera Record, respectivamente. Sônia Machado Jardim, sua irmã e sócia, assume a presidência do Grupo. O velório será a partir das 14h na Capela H do Cemitério do Caju (Rua Monsenhor Manuel Gomes, 155 - Rio de Janeiro / RJ) e o enterro está marcado para as 16h30.

Uau, 15 anos! Parece que foi ontem que o PublishNews nasceu meio de brincadeira. Nesse período, tantas pessoas contribuíram e participaram. Só editores já estamos no sexto. Leonardo Neto foi precedido de Alicia Klein, Renata Sturm, Maria Fernanda Rodrigues, Roberta Campassi e Iona Teixeira Stevens. Além disso, muitas outras pessoas passaram por nosso escritório e nossas páginas virtuais. Quem não conhece a história do PublishNews pode ler o que eu escrevi cinco anos atrás em "O início de uma nova década". Mas aproveito para reproduzir aqui a história da criação do PublishNews: ”Era uma sexta-feira, 20 de julho de 2001. Eu chegara às 6 da manhã na DeFato, uma empresa de clipping inteligente, localizada em Pinheiros, onde eu trabalhava como editor das notícias de saúde e TI. Na época, além de acompanhar as estripulias de José Serra como ministro da Saúde e saber qual era a última novidade no tratamento de acne, eu aprendi como resumir notícias radicalmente, deixando apenas as poucas linhas que traziam a informação "de fato" relevante [...]". Clique no Leia Mais para ler o texto de Carlo Carrenho, fundador do PublishNews, sobre os 15 anos do informativo.

Em 27 anos, os Programas de Apoio à Publicação (PAP) do governo francês já viabilizaram a tradução e a publicação de mais de 20 mil títulos de autores franceses e francófonos em mais de 75 países. No Brasil, os programas são feitos em duas modalidades: o PAP Cessão, que dá apoio à cessão de direitos autorais de obras francesas no Brasil e o PAP Carlos Drummond de Andrade, que dá apoio à tradução e impressão de obras francesas no Brasil. Este último está com inscrições abertas até o próximo dia 14 de agosto. Para se candidatar, os interessados devem enviar um dossiê para o Escritório do Livro do Consulado Geral da França no Rio de Janeiro aos cuidados de Madeleine Deschamps (madeleine.deschamps@diplomatie.gouv.fr) ou Alice Toulemond (alice.toulemonde@diplomatie.gouv.fr). O dossiê deve conter uma carta de pedido oficial do editor brasileiro, apresentando os argumentos que legitimem o apoio; catálogo da editora em PDF; orçamento referente aos custos de produção do livro; curriculum vitae do tradutor; cópia do contrato de cessão de direitos negociada com o editor francês; resumo do livro e um exemplar do livro francês original físico e em PDF. Os resultados serão divulgados em outubro. Mais informações, acesse o site do consulado.

O Grupo de Trabalho de Feiras Internacionais do Livro, composto por representantes dos ministérios da Cultura (MinC) e das Relações Exteriores e da Câmara Brasileira do Livro (CBL), convida editoras interessadas em expor seus livros no estande brasileiro nas feiras de Gotemburgo (22 a 25/09) e de Guadalajara (26/11 a 04/12). A adesão é gratuita e está aberta a qualquer editora que tenha em seu catálogo obras premiadas no Jabuti, Camões, Machado de Assis e FNLIJ. A ideia é que editores e agentes que visitem o estande brasileiro em cada um desses eventos tenham a chance de conhecer os livros e saber mais sobre o Programa de Apoio à Tradução e à Publicação de Autores Brasileiros no Exterior, encabeçado pela Fundação Biblioteca Nacional. Editores têm até o dia 31 de agosto para encaminhar as obras para a Divisão de Operações de Difusão Cultural do Ministério das Relações Exteriores (Esplanada dos Ministérios, Bloco H - Palácio Itamaraty Anexo I - 4º andar, Sala 413 - Brasília, DF – Brasil. CEP 70170-900), que cuidará do transporte internacional dos volumes. Depois do envio, a editora deverá enviar um e-mail para dodc@itamaraty.gov.br com a relação dos livros enviados e os seus dados de contato.

O Programa de Intercâmbio de Autores Brasileiros no Exterior da Fundação Biblioteca Nacional (FBN) está com as inscrições abertas até 5 de setembro. A iniciativa é destinada a editoras estrangeiras que tenham publicado obras de autores brasileiros ou já adquirido os direitos para publicação e desejam promover a participação desses autores em eventos literários internacionais. Também podem participar deste edital, instituições culturais estrangeiras que desejam organizar atividades literárias com autores brasileiros ou convidar autores brasileiros para períodos de residência no exterior. Tais eventos deverão estar programados para ter início entre 20 de outubro e 31 de dezembro deste ano. Para participar os autores deverão ter publicado no Brasil ao menos um livro nas áreas de Literatura e Humanidades. Clique aqui para ver o edital.

Depois de Daniela Kfuri comentar o mais recente artigo do Carlo Carrenho, sobre a importância e relevância de selos editoriais, Paulo Tedesco retoma o assunto para puxar sardinha para a sua brasa: a autopublicação. Para ele, "a autopublicação é a melhor forma, hoje, de auxiliar títulos e autores em áreas cinzentas de vendas, bem como aqueles que não ainda tenham conquistado algum concurso literário ou reconhecimento relevante, e que, se bem apoiados, poderiam vir a despertar para novas carreiras". Ao seu modo polêmico, Tedesco volta a alfinetar o digital, o que ele chama de "oba-oba" e de "suposta salvação milagrosa". Para ele, o modelo do KDP, a plataforma de autopublicação da Amazon, "não poderia e nem deveria ser jamais feito". Clique no Leia Mais e tenha acesso à íntegra da coluna de Tedesco dessa semana.

A autora Carmen Falcone nasceu no Brasil, mas foi nos EUA que conheceu o marido e é de lá que escreve seus romances apimentadinhos. Ela é autora da série The brazilians, inédita no seu país natal, mas que tem feito a cabeça de muitos leitores nos EUA. Nos livros, a sedução e a entrega são as únicas maneiras de seus protagonistas saírem das mais difíceis situações. Os dois títulos mais recentes da série acabam de ser vendidos para o selo Ignite da editora Entangled. A previsão é que os livros saiam por lá no fim do ano que vem.

Minas Gerais sempre teve grandes escritores e produziu grandes obras. Décadas depois deles, embora o mercado do livro, as tecnologias e os hábitos de leitura e informação tenham mudado, esta tradição ainda é mantida e a produção literária continua forte. É isto que a 1ª Semana do Livro Mineiro quer mostrar. O evento é uma iniciativa da recém-criada Sociedade para Difusão Literária, em parceria com a Livraria Leitura. A programação que iniciou nesta segunda-feira, segue até sexta (22), na Leitura do Shopping Pátio Savassi (Av. do Contorno, 6061, Funcionários - Belo Horizonte / MG), sempre das 14h às 22h. Participam mais de 30 editoras, com cerca de 500 títulos dos mais diversos gêneros literários e destinados aos mais diferentes leitores. Ainda estão programadas atividades paralelas, como mesa redonda, lançamento de livros.

Escrevendo Biografias é o tema do curso intensivo de férias que a Estação das Letras (Rua Marquês de Abrantes, 177, Flamengo. Rio de Janeiro / RJ) realiza nos próximos dias 25, 27 e 29 de julho, das 19h às 21h. Nos encontros, Paulo Cesar Araújo, o autor da polêmica biografia sobre Roberto Carlos, irá abordar aspectos como estrutura, técnicas de entrevista, contextualização histórica, pesquisa e cruzamento de informações.

A Universidade do Livro (Praça da Sé, 108, Centro. São Paulo / SP) está com as inscrições abertas para o curso O mercado de trabalho das editoras, que será conduzido por Laura Bacellar no dia 4 de agosto, das 9h às 18h. O objetivo é analisar as várias esferas de trabalho em editoras de livros e as ofertas tanto para empregados quanto para freelancers e empresas prestadoras de serviços.

Entre julho e setembro, a Oficina Cultural Casa Mário de Andrade (Rua Lopes Chaves 546, Barra Funda - São Paulo / SP) oferecerá uma programação especial com mais de 25 atividades para quem estuda ou tem afinidade com escritor que dá nome à casa. A grade relacionará Mário de Andrade com artes plásticas, cinema, literatura, música e teatro. Tudo será esmiuçado em ateliês, exibições de filmes, palestras e shows. A série de atividades foi dividida em cinco blocos temáticos. A “Biblioteca de Mário”, voltada para literatura, inclui palestras que tratam das pesquisas realizadas pelo escritor durante suas viagens pelo país. A “Discoteca de Mário" possibilitará ao público conhecer um pouco mais sobre o universo musical. A “Pinacoteca de Mário” apresentará um panorama que abrange a história das artes plásticas brasileiras. Já os filmes exibidos durante o mês de julho fazem parte da “Cinemateca de Mário” e serão comentados por especialistas em cinema e literatura. Por fim, o “Teatro de Mário”, área que era uma de suas paixões. Veja a programação completa aqui.

O Festival Literário de Araxá (Fliaraxá) comemora cinco anos de realização, levando ao município mineiro cerca de 60 autores, incluindo o teólogo Leonardo Boff, os filósofos Mario Sérgio Cortella e Marcia Tiburi, as escritoras infanto-juvenis Thalita Rebouças e Paula Pimenta, o poeta araxaense Chico Alvim, e Milton Hatoum, autor homenageado desta edição. Durante cinco dias, de 14 a 18 de setembro, o público será convidado a participar das atividades culturais gratuitas que acontecerão no Pátio da Fundação Cultural Calmon Barreto (Praça Arthur Bernardes, 10, Centro – Araxá / MG), como debates, oficinas, lançamentos de livros, saraus e concurso literário. A programação artística contempla espetáculos teatrais que trazem a literatura em seu cerne. A edição terá como tema O Amor, a Leitura e as Diferenças.

Anselm Grün é um monge beneditino da Alemanha que já vendeu mais de dois milhões de exemplares no Brasil. Só pela Vozes já publicou mais de 100 livros. É doutor em Teologia e vive na Abadia de Münsterschwarzach (Alemanha) onde, por muitos anos, exerceu a função de ecônomo e administrador. O autor já veio algumas vezes ao Brasil, e neste ano, Grün fará um novo tour pelo País passando pelas cidades de Recife, Salvador, Brasília, Limeira, Porto Alegre e São Paulo, no período de 24 a 29 de agosto. Na ocasião, irá lançar Onde eu me sinto em casa e encontro o equilíbrio e o bem-estar espiritual. No dia 28 de agosto o autor estará, juntamente com Mario Sergio Cortella, no estande da Vozes na Bienal Internacional do Livro de São Paulo para uma sessão de autógrafos, no Pavilhão do Anhembi (Av. Olavo Fontoura, 1.209, Santana. São Paulo/SP). O evento é gratuito.

Griso era o último dos unicórnios. Galopava por toda a planície, à procura de um semelhante, mas por onde passava, não obtinha sucesso. Conheceu um búfalo, uma baleia-de-chifre, um cavaleiro, mas nenhum outro unicórnio além de si mesmo. Em Griso, o único (Global Editora, 34 pp., R$ 49,90), o autor Roger Mello narra a aventura deste ser mítico por meio de textos curtos, e a retrata com ilustrações baseadas na arte universal, como pinturas rupestres e indianas, arte surrealista e adornos egípcios, evocando diversos estilos pitorescos da história da arte. Devido às diferentes influências artísticas que inspiraram Roger na feitura das ilustrações, Griso muda de cor, tamanho e forma o tempo todo, transformando este último unicórnio em vários.

O pintor debaixo do lava-loiças (Peirópolis; 180 pp.; R$ 39) mistura fatos reais com a fantasia do escritor e artista multimeios português Afonso Cruz. O protagonista do livro foi inspirado na vida dos avós do autor que, sim, esconderam um pintor judeu eslovaco que fugia do nazismo, embaixo da pia de sua casa. Ao acompanhar a trajetória de Jozef Sors, o autor constrói um novo romance de formação, possibilitando outros olhares sobre as relações entre o coletivo e o individual em meio ao ambiente de conflito e perseguição que marcou o século XX, com suas duas guerras mundiais.

Uma revista para quem ama os livros e, ainda mais, ama ler sobre eles. A Revista do Núcleo de Estudos do Livro e da Edição (NELE / USP), Revista Livro (Ateliê Editorial; 392 pp.; R$ 70), chega à 5ª edição unindo textos de vários professores e pesquisadores que, em várias seções, apresentam o livro como objeto de estudo. A cada edição, a publicação apresenta ainda um Dossiê Temático em que os autores são convidados a escrever sobre algum campo em comum. Neste número, há o Dossiê Tipografias, que tem a participação de nomes como Gustavo Piqueira e Carla Fernanda Fontana. A revista traz ainda as seções Bibliomania, com resenhas de livros que falam sobre livros, e Leituras, que apresenta artigos.

Voltado principalmente para trabalhos acadêmicos na área de Ciências Humanas, Um pouco de método – Nos estudos literários em particular, com extensão às humanidades em geral (É Realizações; 208 pp.; R$ 39,90), escrito pelo professor Roberto Acízelo de Souza, apresenta as normas que devem ser seguidas na sistematização de técnicas de estudo, pesquisa e preparação de trabalhos acadêmicos. Quem assimilar seu conteúdo terá mais facilidade para planejar e redigir um ensaio e entender os aspectos mecânicos do processo, para que possa se concentrar melhor no plano criativo, o da elaboração conceitual. Saberá conceber e formalizar um projeto de pesquisa e, ao elaborar projetos, conseguirá definir com clareza a fundamentação metodológica e a teórica necessárias aos bons projetos.