
Foram movimentados 27,78% de livros a mais do que o mesmo período de 2024 e um faturamento também superior em 24,38%. Em números absolutos, foram comercializados 4,48 milhões de livros neste sétimo período enquanto em 2024, na mesma época, o setor registrou 3,50 milhões de vendas. Em receita, o setor chegou a R$ 215,70 milhões contra R$ 173,42 no ano anterior. Importante ressaltar que, em 2024, o período 7 não teve grandes movimentações promocionais.
"Mesmo excluindo o boom dos livros de colorir em 2025, o mercado editorial brasileiro manteve o fôlego: cresceu 5,81% em volume e 3% em faturamento. Ficção vem se consolidando como um dos grandes destaques do ano, com alta de 7,6% nas vendas e 17% na receita — mesmo liderando o aumento no preço médio, que chegou a R$ 50,44. Uma das possíveis causas desse fenômeno pode ser a combinação entre autores nacionais e influenciadores digitais. Outro segmento que se destaca no ano é o de literatura infantojuvenil, que cresceu 9% em volume e 14% em faturamento, impulsionado por títulos clássicos e autores internacionais, como Lynn Painter e Tim Warnes", analisa Luiz Gaspar, Diretor Regional da NielsenIQ BookData Brasil.
A boa performance contribui ainda mais para o resultado do acumulado do ano, que chega a variações positivas de 9,75% em volume e 9,93% em faturamento em relação ao acumulado de 2024. Desde o início do ano, o setor já alcançou 31,72 milhões de livros e arrecadou R$ 1,65 bilhão.
Ainda na análise ano a ano, a queda no número de ISBNs foi a -18,78%, caindo de 311,1 mil em 2024 para 252,7 mil este ano – um dado que aponta uma diminuição na bibliodiversidade das vendas do varejo. Em relação ao preço médio, a variação positiva é de apenas 0,16%, saindo de R$ 51,95 no ano anterior para R$ 52,04 em 2025.
“Os resultados agregados são bastante positivos, mas preocupa a drástica queda de ISBNs que, junto ao aumento da fatia dos top-500, nos indica tendência de concentração em menos títulos”, destaca Dante Cid, presidente do SNEL.
Sobre os gêneros analisados, a maior queda está em Não Ficção Especialista, com variação negativa de -2,28 p.p.. Enquanto isso, o maior crescimento está em Ficção, com variação positiva de 1,57 p.p..
Os números têm como base o resultado da Nielsen Bookscan Brasil, que apura as vendas das principais livrarias e supermercados no país.
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Metodologia
O objetivo da criação do Painel é dar mais transparência à indústria editorial brasileira. A iniciativa da parceria entre o SNEL (Sindicato Nacional dos Editores de Livros) e a Nielsen disponibiliza para o setor dados atualizados que poderão contribuir nas tomadas de decisões por empresários de todos os portes.
Para a realização do Painel, os dados são coletados diretamente do “caixa” das livrarias, e-commerce e varejistas colaboradores. As informações são recebidas eletronicamente em formato de banco de dados. Após o processamento, os dados são enviados online e atualizados semanalmente.
Nielsen Bookscan é o primeiro serviço de monitoramento de vendas de livros no mundo, presente em dez países, e o resultado de seu trabalho é um forte instrumento de decisão para as editoras que trabalham com estes dados. O SNEL divulga o Painel das Vendas de Livros no Brasil a cada quatro semanas.