
Realizado pela primeira vez no mês de maio, com curadoria formada por Cristiane Tavares, Maria Carolina Casati e Roberto Guimarães, o evento propôs diálogos sobre literatura, migração, memória, identidade e ancestralidade. O público lotou as mesas, oficinas e shows — entre eles, os de Juliana Linhares, Dj Luis Simonetti, Paulo Tatit, Quimbará e Zé Pitoco, que transformaram o centro da cidade em palco para encontros entre arte, palavra e música.
O evento contou com a participação de autores como Jamil Chade, que falou sobre exílio e distopia a partir de seu novo livro (ainda não publicado) de crônicas de uma viagem pela distopia americana, Luciany Aparecida, Kaká Werá, Bianca Santana, Milly Lacombe, Dia Nobre, entre outros. Em um dos momentos mais marcantes, Luciany destacou: “A literatura é esse lugar onde a gente não desaparece. É onde a gente existe de novo.”
Além das mesas literárias, a FLIMA promoveu ações de acessibilidade, como LIBRAS, audiodescrição e legendas nas transmissões do auditório. As mesas foram transmitidas pelo YouTube e Instagram, em tempo real, e alcançaram ao menos cinco mil espectadores. Os vídeos seguem salvos e podem ser vistos no canal da FLIMA.
Outros destaques foram a Feira de Livros e a Feira de Produtores Mantiqueira, que reuniram mais de 50 expositores entre editoras independentes, coletivos editoriais, livrarias, designers e produtores artesanais da região, que movimentaram a economia local e fortaleceram os vínculos com a comunidade.
A festa também se expandiu para além dos espaços tradicionais, ocupando praças, escolas e bares da cidade. “A FLIMA é uma travessia entre afetos e palavras. A Mantiqueira se torna, durante o festival, um território onde as histórias se cruzam, resistem e florescem”, comentou o diretor e curador, Roberto Guimarães.
A data para o próximo ano deve ser divulgada nos próximos dias, bem como o tema e homenagem.
Fliminha
Além da programação para o público adulto, a FLIMA 2025 trouxe também a Fliminha. Voltada especialmente para o público infantil, a Fliminha teve uma programação repleta de atividades como contação de histórias, oficinas criativas, apresentações teatrais e shows.
Entre os destaques, estiveram a oficina de origami conduzida por Maria do Carmo e a oficina de argila ministrada por Chirley Pankará, que emocionou ao proporcionar às crianças um contato direto com a natureza.
“O contato das crianças com a natureza em sua forma primária é emocionante! Ver elas moldando a argila, criando esculturas e brincando é um momento de muito aprendizado e respeito com nosso bem mais precioso”, ressaltou Chirley.
Os shows infantis também foram momentos de muita interação e alegria para os pequenos, segundo a organização.
“Com certeza, no próximo ano, teremos uma Fliminha ainda mais recheada de atividades! As crianças são nossos futuros leitores, e esse contato precoce com o universo da cultura faz toda a diferença”, destacou a curadora Cristiane Tavares.