
Nascido em Belo Horizonte (MG), Affonso lecionou literatura no exterior, dirigiu o departamento de letras da PUC-Rio, atuou como crítico literário, e foi cronista do Jornal do Brasil e d’O Globo. Também foi presidente da Biblioteca Nacional, na década de 1990, período em que instituiu o Programa Nacional de Incentivo à Leitura, em vigor até hoje.
Com mais de 60 obras publicadas, destaque para os três volumes de Poesia reunida, Intervalo amoroso, Redefinindo centro e periferia, Tempo de delicadeza e Como andar no labirinto.
Em comunicado oficial, a Câmara Brasileira do Livro (CBL) lamenta o falecimento do escritor. “Sua trajetória literária e intelectual marcou a cultura brasileira ao longo de décadas. Affonso Romano destacou-se pela sensibilidade e profundidade com que abordava temas sociais, culturais e políticos. Como presidente da Fundação Biblioteca Nacional (1990-1996), foi um grande incentivador da leitura e da valorização do livro, contribuindo significativamente para o fortalecimento do setor editorial no Brasil”, disse.
O Ministério da Cultura (MinC) também destacou o período em que Affonso foi presidente da FBN. “Durante sua gestão, foi responsável por grandes ações de incentivo à leitura, como a criação do Sistema Nacional de Bibliotecas (SNBP) e o Programa Nacional de Incentivo à Leitura (PROLER) [...] O MinC lamenta a partida de Affonso Romano de Sant'anna e agradece sua enorme contribuição à nossa cultura”.
Affonso deixa uma filha, a atriz, roteirista e diretora Alessandra Colasanti, e um neto.
O velório do escritor será realizado nesta quarta (5), das 11h às 14h, na Capela Histórica do Cemitério da Penitência, no Rio de Janeiro.