Nova coleção resgata a vida e obra dos pioneiros da tipografia e da impressão
PublishNews, Redação, 03/02/2025
Primeiro volume da coleção produzida pelas editoras Ateliê Editorial e Mnema é ‘O inventor de livros: Aldo Manuzio, Veneza e seu tempo’, com a trajetória do tipógrafo italiano que desenvolveu como poucos a arte da impressão de livros

As editoras Ateliê Editorial e Mnema trazem para este ano a estreia da coleção Inventores de livros, que tem como objetivo não apenas ser dirigida ao conhecedor do livro, de sua história e de suas técnicas. Destina-se, sobretudo, ao leitor interessado em conhecer melhor as origens e as pessoas por trás da trajetória e da evolução deste objeto que tem em mãos: o livro.

A coleção pretende resgatar a vida e obra dos pioneiros da tipografia e da impressão e render homenagem aos grandes tipógrafos e editores que possibilitaram a difusão da cultura e mudaram o mundo como conhecemos: Aldo Manuzio, Johannes Gutenberg, Christophe Plantin, dentre outros.

Sob a coordenação de Plinio Martins Filho e com edição, notas e projeto gráfico de Gustavo Piqueira, a coleção traz referências, textos e imagens sobre os parâmetros fundamentais que embasaram a arte tipográfica e que ainda se encontram presentes nos livros atualmente.

O primeiro volume O inventor de livros: Aldo Manuzio, Veneza e seu tempo, escrito por Alessandro Marzo Magno e com tradução de Antonio de Padua Danesi, traz a vida e obra do tipógrafo italiano que, além de estabelecer inúmeros procedimentos tipográficos que servem de modelo até nossos dias, desenvolvendo como poucos a arte da impressão de livros, foi também o primeiro a exercer o papel de editor como conhecemos hoje. A obra está em pré-venda no site de ambas as editoras e em promoção (De: R$ 206 – Por: R$ 144,20).

Seu trabalho reunia as mais recentes descobertas tipográficas ao esmerado trabalho filológico com o qual possuía grande familiaridade. Foi com Aldo que se firmou o livro moderno, com capa dura, folha de rosto com marca do impressor, sumário, paginação padronizada, cólofon. O formato in-octavo permitiu a portabilidade do livro e revolucionou o modo de ler, como Gustavo Piqueira apontou na Nota Introdutória presente na obra: “Gutenberg inventou a impressão com tipos móveis, mas quem inventou o livro impresso foi Aldo Manuzio”.

Alessandro Marzo Magno | © Luca Vecellio
Alessandro Marzo Magno | © Luca Vecellio
Dono de prodigiosa erudição e detentor de notável capacidade de criar e manter relacionamentos com as mais proeminentes figuras da cultura de seu tempo, Aldo tem lugar de destaque no panteão dos restauradores da cultura clássica no Ocidente pelo seu trabalho de edição de obras completas dos grandes autores gregos e latinos. A imprensa aldina foi responsável pela segunda fase do Renascimento: aquela que viu a popularização do resgate dos valores estéticos, morais e conceituais da Antiguidade greco-romana. Na esteira de seu trabalho, os livros de Platão, Aristóteles, Cícero, Plínio saíram dos muros das bibliotecas monásticas, surgindo assim, uma cultura clássica secularizada.

Dividido em 12 capítulos, Marzo Magno descreve a importância de Manuzio na trajetória editorial: “Além do papel e da tinta, tudo o que caracteriza um livro como o conhecemos hoje devemo-lo a Aldo Manuzio. Esse senhor culto e refinado colocou na mão de seus contemporâneos, há meio milênio, um objeto que usamos substancialmente inalterado ainda em nossos dias”.

[03/02/2025 10:00:00]