Apanhadão: Reportagem destaca práticas machistas no mercado editorial
PublishNews, Redação, 27/01/2025
Em outras notícias, O Globo​ reuniu em uma matéria nesta semana livros, filmes e peças de teatro que retratam a luta das mulheres contra a ditadura militar brasileira

Agência Pública ouviu profissionais do mercado editorial sobre temas como machismo e misoginia | © Retha Ferguson/Creative Commons
Agência Pública ouviu profissionais do mercado editorial sobre temas como machismo e misoginia | © Retha Ferguson/Creative Commons
A Agência Pública fez uma reportagem sobre "exclusão, misoginia e 'clubinho de homens' no mercado editorial". A repórter Amanda Audi conversou com dez mulheres e ouviu, "de modo quase unânime, que ainda há muito machismo no meio e falta muito para que o setor seja igualitário entre homens e mulheres. A maioria não quis se identificar justamente para não sofrer represálias de seus colegas".

A colunista Adriana Ferreira da Silva também comentou no Nexo sobre o mesmo assunto. O portal ainda entrevistou a professora de psicologia clínica da UnB (Universidade de Brasília) Valeska Zanello para falar sobre o conceito de “casa dos homens”. A pesquisadora publicou um artigo em 2020 a partir da sua investigação sobre conteúdos trocados por homens em grupos de WhatsApp.

Aproveitando a discussão levantada por Ainda estou aqui e o incrível sucesso do filme, O Globo reuniu em uma matéria nesta semana outros livros, filmes e peças de teatro que retratam a luta das mulheres contra a ditadura militar brasileira. "De acordo com a pesquisa da professora da Universidade de Brasília (UnB) Regina Delcastagnè, de 121 romances sobre a ditadura publicados entre 1971 e 2024, 79 foram escritos por homens e 43 por mulheres. Cerca de metade dos livros de autoria masculina foram editados antes de 2000. Dos romances escritos por mulheres, apenas cinco saíram antes dessa data", diz a matéria.

A Folha noticiou que o livro Ainda estou aqui (Alfaguara), de Marcelo Rubens Paiva, vai ser publicado em inglês, nos EUA e no Reino Unido, pela Charco Press. O jornal também publicou uma resenha sobre a nova História da literatura no Rio Grande do Sul (Coragem), organizada por Luís Augusto Fischer e que em mais de 2 mil páginas compila artigos de especialistas sobre o assunto – resenhas de dois autores gaúchos (José Falero e Natalia Borges Polesso) também saíram por lá.

O escritor Luis S. Krausz escreveu no Estadão sobre os 80 anos da libertação de Auschwitz. O artigo mostra o que os escritores sobreviventes nos mostram com seus livros. "Como Ruth Klüger, autores se empenharam em descrever a própria perplexidade e em enfatizar a inadequação de todos os conceitos que fundamentam a chamada civilização para dar conta do que viram com os próprios olhos e do que sentiram na própria pele durante o Holocausto", diz a matéria. O jornal também entrevistou Ignácio de Loyola Brandão, colunista e escritor.

O Publishers' Weekly publicou uma reportagem para falar sobre o que o mercado editorial norteamericano pode esperar do segundo mandato de Donald Trump como presidente dos EUA – uma das principais preocupações é justamente a liberdade de expressão, já que o agora presidente é conhecido por intimidar escritores e jornalistas que escrevem sobre ele ou sobre suas investidas políticas.

O Valor publicou uma reportagem sobre capistas de livros, e o jornal O Povo, de Fortaleza (CE), também escreveu sobre como as editoras estão utilizando recursos estéticos para chamar a atenção de leitores nas livrarias.

[27/01/2025 09:50:00]