Trauma, angústias e a descoberta da infecção pelo HIV
PublishNews, Redação, 23/01/2025
Terceiro livro do autor Hermes Coêlho, que adotou Brasília como lar, celebra a força de nossa própria humanidade

eclipse (Patuá, 81 pp, R$ 60), terceiro livro do jornalista e escritor piauiense Hermes Coêlho, reúne poemas que abordam a força do que não parece visível, mas se faz presente ainda assim, para abordar o trauma da descoberta de que foi contaminado pelo vírus HIV e seus desdobramentos. A obra, publicada pela Editora Patuá, conta com a orelha assinada pelo poeta mato-grossense Nicolas Behr, prefácio do escritor cearense Pedro Jucá e posfácio do também autor, este piauiense, Adriano Lobão Aragão. Ora pessoal, ora quase filosófico, eclipse encerra o que o autor nomeia de “Trilogia do trauma”. “Nu” e “Violado”, suas publicações anteriores, compõem, junto do lançamento do momento, uma série de livros de poemas em que o autor expõe angústias que relacionam pertencimento e experiências humanas. O poeta destrincha a experiência da descoberta do vírus em seu corpo escancarando os silenciamentos impostos a quem recebe o rótulo de pessoa vivendo com o HIV e lida com o estigma social que isso significa ainda hoje. Segundo ele, a premissa do livro é trabalhar “o trauma de viver na companhia de um inimigo íntimo, um vírus que, tratado, não oferece risco a ninguém, mas que invisibiliza socialmente, segrega, exclui”.

Tags: Patuá, Poesia
[23/01/2025 07:00:00]