De acordo com a Academia, além dele estão inscritos Edgard Telles Ribeiro, Lucas Pereira da Silva, Tom Farias (Uelinton Farias Alves), Sonia Netto Salomão, José Efigênio Eloi Moura, Eduardo Luiz Baccarin Costa, Ruy da Penha Lôbo, João Calazans Filho, Martinho Ramalho de Melo, Alda Nilma de Miranda, Chislene de Carvalho, J. M. Monteirás, Remilson Soares Candeia e Antônio Porfírio de Matos Neto. O favorito, segundo o jornal O Globo, é o escritor Edgard Telles Ribeiro.
Ao refletir sobre a relevância da Academia no país, Carlos Cardoso ressalta o desejo de colaborar para fortalecer ainda mais o papel da instituição como símbolo da identidade cultural do Brasil. “Com minha experiência como engenheiro e gestor, somada à minha paixão pela literatura, espero humildemente contribuir para ampliar a atuação da ABL entre as mais variadas gerações, preservando e valorizando a riqueza da poesia na língua portuguesa”.
Engenheiro por formação, Carlos Cardoso descobriu o gosto pela poesia na adolescência. Alguns dos poemas do livro “Sol Descalço”, relançado em 2021 pela Record, foram escritos quando ele tinha 14 anos. Nas últimas três décadas, ele vem se dedicando cada vez mais ao ofício da escrita. Como bem definiu o professor e crítico literário Ítalo Moriconi: “o lirismo de Carlos Cardoso é moderno. Ele tem um controle muito grande do ritmo, são frases com uma pontuação, uma modulação sonora, que revela um grande talento para a linguagem poética. Alguns dos seus poemas integram o que há de melhor na poesia contemporânea brasileira.”
Em sua poética, Carlos Cardoso defende que a escrita acompanha a experiência subjetiva do mundo. “O poeta deve incitar a reflexão nas pessoas ou provocar uma fagulha que leve ao questionamento sobre como estamos e como podemos nos tornar melhores a cada dia”, afirma.