Boa parte de eventos marcantes da história social e política brasileira do período imperial ganharam destaque graças aos retratos feitos por Sébastien Auguste Sisson. Em celebração ao bicentenário de nascimento do artista francês radicado no Brasil, a Fundação Biblioteca Nacional (FBN), entidade vinculada ao Ministério da Cultura (MinC), recebe a “Exposição Sisson, 200 Anos”, que exalta a obra do autor da primeira história em quadrinhos (HQ) do Brasil e da maior coleção de retratos originais publicados no país. A exposição é uma parceria da FBN com o Instituto Sébastien Sisson.
A abertura acontece na sexta-feira (25), a partir das 14h, na sede da FBN (Av. Rio Branco, 219 – Rio de Janeiro / RJ), no Centro do Rio.
Com curadoria de Bárbara Ferreira, a exposição reúne obras raras da iconografia brasileira e demais itens históricos de grande valor, oferecendo uma jornada única pela história do Brasil por meio do estreito relacionamento do artista com a Biblioteca e do grande acervo de sua autoria preservado por esta instituição.
A exposição traz mais de 170 itens históricos e estará aberta ao público até 22 de janeiro de 2025, com o intuito de apresentar a especialidade artística de Sisson: os retratos litografados. São mais de 100 retratos de personalidades históricas do Brasil do século XIX, entre eles de D. Pedro II e de José de Alencar, de autoria do artista que, pelos serviços de restauro prestados à BN, foi condecorado pelo próprio Imperador.
Outras duas importantes vertentes artísticas de Sisson serão exibidas: as belíssimas gravuras de paisagens e monumentos da segunda metade dos anos 1800 e divertidas charges e caricaturas que ilustraram periódicos daquela época, incluindo a primeira história em quadrinhos brasileira (O namoro, Quadros ao vivo), publicada em O Brasil Ilustrado, de 15 de outubro de 1855.