O sucesso de uma edição desperta o apetite das editoras para a próxima, criando uma espiral positiva que mantém o interesse e a participação ativa das principais empresas do setor.
A Bienal Internacional do Livro de São Paulo, realizada no mês passado, foi um exemplo claro desse movimento: grandes editoras, impressionadas com o sucesso do evento paulistano, já ampliaram seus planos para a Bienal do Livro Rio, marcada para junho do ano que vem. A antecipação é tamanha que, a oito meses de sua abertura, mais de 90% dos espaços já estão reservados, consolidando o evento como um dos maiores marcos do calendário cultural.
Além de manter o mercado editorial aquecido, as Bienais servem como espaços de inovação e aprendizado. Cada encontro traz novas ideias que são aprimoradas e levadas para o evento seguinte. São Paulo, por exemplo, introduziu iniciativas como a venda antecipada de ingressos com cashback este ano, além da reserva online de senhas para sessões de autógrafos.
A edição do Rio, organizada pela GL events Exhibitions e o SNEL - Sindicato Nacional dos Editores de Livros, também já prepara inovações para o ano que vem, quando a cidade celebrará o título de Rio Capital Mundial do Livro 2025. Após o sucesso da edição de 2023, a expectativa é oferecer uma experiência ainda mais imersiva e transformadora aos leitores no ano que vem.
No total, as duas Bienais venderam quase 10 milhões de livros para um público de mais de 1,3 milhão de pessoas.
Essa constante busca por inovação é reflexo do comprometimento em evoluir e se adaptar às novas demandas do público e do mercado. Em São Paulo, a mudança para o Distrito Anhembi, espaço administrado pela GL events, é um exemplo que reforça a importância de uma gestão coesa e integrada, que permite a troca de boas práticas entre os eventos, otimizando o potencial de cada edição.
Mais do que um espaço de celebração da literatura, cultura e da educação, a Bienal tem se mostrado também um palco de entretenimento e oportunidades de negócio. Há, inclusive, um espaço crescente para a participação de marcas não endêmicas ao mercado editorial, que enxergam nesses encontros uma oportunidade de dialogar diretamente com um público diversificado e ávido por experiências. O potencial de engajamento é enorme, e acreditamos que ainda há muito espaço para que mais marcas se juntem a essa conversa.
O sucesso da Bienal São Paulo, com seu público recorde e estandes inovadores, eleva ainda mais nossas expectativas para a edição carioca, que tem tudo para ser um evento repleto de experiências imersivas, não só no campo da literatura, mas em um sentido mais amplo, estimulando o hábito da leitura e promovendo o consumo contínuo de livros. Com essa sinergia, continuaremos a impulsionar o mercado editorial brasileiro, celebrando a cultura e ajudando o setor a crescer.
Além do Rio e de São Paulo, Salvador também se posiciona como uma importante capital a apostar neste universo. Em abril deste ano, a Bienal do Livro Bahia, também promovida pela GL events Exhibitions, registrou um público recorde de mais de 100 mil visitantes. Ao longo dos seis dias de programação no Centro de Convenções Salvador, foram vendidos mais de 800 mil livros, destacando o sucesso e o impacto cultural do evento na região.
As bienais do livro colocam as cidades na vitrine do mundo como grande contribuidora para o desenvolvimento econômico e intelectual do Brasil.
* Tatiana Zaccaro é diretora da GL events Exhibitions e responsável pela Bienal do Livro Rio e Dante Cid é presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL).
