Os dois primeiros títulos são Pop filosofia, de Marcia Tiburi, que tensiona os conceitos de “filosofia pop” e “filosofia acadêmica”, diante dos desafios contemporâneos; e Falsolatria, de Jean Wyllys, depoimento-ensaio do autor sobre um mundo povoado de fake news, onde tudo reluz e nada (ou quase nada) é ouro.
Pop filosofia
Em Pop filosofia, livro de Marcia Tiburi, a pensadora brasileira se propõe a apresentar o conceito homônimo cunhado por Gilles Deleuze no século XX para pensar uma filosofia que esteja aberta a se “transfigurar”, em sentido emprestado da pop art de Andy Warhol, movendo-se de seu lugar historicamente encastelado e distante da vida contemporânea pelo aprisionamento no olhar acadêmico de tradição patriarcal, branca e europeia.
Diante do que tem se constituído como um projeto organizado de apagamento da filosofia e do pensamento reflexivo em meio à indústria cultural, neste livro Tiburi resgata e investiga o conceito deleuziano para propor uma renovação do fazer filosófico “em nome de um pensamento livre, criativo e capaz de levar impulsos questionadores às últimas consequências, isento de amarras formais e entregue a potencialidades”.
Sobre a autora:
Marcia Tiburi é graduada em filosofia e artes, mestre e doutora em filosofia e pós-doutora em artes pela Unicamp. Sua área de investigação situa-se entre a estética e a política. Dela, a editora Nós publicou Quatro passos sobre o vazio (2019), Um fascista no divã (2021) e O contrário da solidão (2021), além de Sous mes pieds, mon corps (2022), pela Nossa Éditions.
Falsolatria
Em Falsolatria, segundo título da Coleção Pop filosofia, coedição entre a Editora Nós e as Edições Sesc São Paulo, Jean Wyllys lança mão do neologismo “falsolatria” (união entre as palavras “falso” e “idolatria”) como uma chave para pensar o momento sociopolítico que vivemos hoje no Brasil e no mundo. Sob o signo da “idolatria” ao falso, ou da “adoração de falsidade”, o autor passa em revista nossa relação com as redes sociais, a internet e a impressa ao mesmo tempo em que investiga as ramificações das fake news que destroem reputações, e até vidas, num depoimento-ensaio sobre uma época na qual tudo reluz e nada (ou quase nada) é ouro.
Sobre o autor:
Jean Wyllys é escritor, jornalista, mestre em letras e linguística pela Universidade Federal da Bahia e doutorando em direito e ciência política pela Universidade de Barcelona. Foi três vezes eleito como deputado federal. É autor, entre outros, de Tempo bom tempo ruim: identidades, políticas, afeto (2014).