Histórias acessíveis e protagonizadas por pessoas com deficiência ganham espaço com a Pingue Pongue Educação
PublishNews, Studio PN, 03/09/2024
Editora investe em diversidade e inclusão, oferecendo livros com recursos especiais, como uma codificação para daltônicos e fontes para baixa visão

Detalhes daas capas de livros da Pingue Pongue Educação
Detalhes daas capas de livros da Pingue Pongue Educação
Em meio às crescentes discussões sobre o papel dos audiolivros para tornar a literatura mais acessível, a editora Pingue Pongue Educação vai além. A casa tem apostado em publicações inclusivas sobre diversidade, e seu catálogo conta com recursos especiais de acessibilidade e obras escritas por pessoas com deficiência, ou seus cuidadores. Dentro dessa proposta, se destacam ainda temas como educação não violenta, educação antirracista e amorosidade.

Um dos recursos que a Pingue Pongue oferece é o ColorAdd, uma codificação que permite a pessoas com daltonismo identificar as cores inseridas nos livros – a editora é a única do Brasil a utilizá-la. A Pingue Pongue também publica livros com fontes ampliadas para pessoas com baixa visão e fontes especiais para pessoas com dislexia, além de títulos em Braille e táteis.

"Apresentamos para o público leitor e especialmente para educadores um catálogo que, além de incluir as minorias nos temas e na linha editorial como um todo, dá voz a autores e autoras com lugar de fala em cada assunto", afirma Aldrey Queiroz, diretor executivo da Pingue Pongue Educação. "Queremos contribuir para uma cultura de diversidade e de inclusão no sentido literal da palavra".

Segundo ele, além dos recursos de acessibilidade, a curadoria da casa editorial também prioriza autores que nunca tiveram espaço para contar suas histórias, como pessoas com deficiência e seus familiares e cuidadores. Andréa Werner, autora do livro Meu amigo faz iiiii (Pingue Pongue Educação), deputada estadual em São Paulo, mãe de filho autista e militante na acessibilidade e inclusão de pessoas autistas, ressalta a importância do foco editorial em histórias diversas:

“A representatividade é essencial para que as pessoas com deficiência se vejam inseridas na cultura. Lugar de pessoa com deficiência é onde ela quiser estar – e isso precisa estar nas mídias”, afirma Andréa. “A literatura tem uma característica única quando a gente pensa em mídias, porque pode ser uma experiência coletiva e individual: uma contação de histórias ou uma mãe lendo com uma criança. E, em cada uma dessas situações, o livro pode criar novos entendimentos, com espaço para reflexão”.

Andréa lembra que recebe “quase toda semana” mensagens de mães, professoras e até de crianças comentando a leitura de Meu amigo faz iiiii, e “falando de como ele ajudou a preparar uma turma para receber um aluno novo, ou a entender as diferenças”. “E sobre como é importante construir formas de se relacionar quando você conhece alguém que não se relaciona da mesma forma que você”, acrescenta a autora.

"O público entenderá a potência desse catálogo à medida que as histórias, muitas vezes contadas por pessoas antes sem espaço de fala, forem compartilhadas. São livros e assuntos tratados diretamente por autores antes invisibilizados", observa Aldrey Queiroz. Entre os títulos da Pingue Pongue estão também A árvore de Guilherme (ilustrado por um artista com daltonismo), Superblack (escrito por Pretinha Educadora e Renata Oliveira, militantes da educação antirracista), Um pouco mais que diferente (a autora, Mari Antiquera, tem paralisia cerebral) e Tem uma Dade em mim! (escrito por Isis Pacheco, psicóloga que estuda ansiedade em crianças).

Um dos próximos livros lançados pela Pingue Pongue é Socorro, meu filho não estuda!, de Tais Bento e Roberta Bento, criadoras do site SOS Educação. O evento de lançamento será durante a Bienal do Livro de São Paulo, no dia 8 de setembro, às 17h (no Espaço Educação). As autoras também escreveram o Guia para família parceira da escola no pós-pandemia (publicado em parceria entre a Pingue Pongue e o Instituto Ayrton Senna).

“As redes sociais trouxeram uma possibilidade nova para que pessoas com deficiência e temas como a diversidade pudessem ser abordados pelas pessoas que representam, de alguma forma, essa população. Mas no meio editorial esse processo caminhou um pouco mais lento”, analisa a autora Roberta Bento. “Felizmente temos percebido cada vez mais consciência por parte de setores da economia e da sociedade. A Pingue Pongue já tem no seu DNA esse perfil de proporcionar à educação experiências lúdicas e transformadoras, o que faz dela uma editora capaz de trazer os mais diversos assuntos de forma natural e enriquecedora”.

Segundo Roberta, Socorro, meu filho não estuda! é resultado de uma parceria entre as autoras, que além de educadoras especialistas na relação família-escola são mãe e filha. “Tais e eu somamos mais de 50 anos de experiência na área de educação, buscando respostas para os principais desafios que escola e família enfrentam ao educar a geração nascida na era digital. Nossa proposta é trazer informação de qualidade, baseada em pesquisas da neurociência cognitiva e em nossa própria trajetória de vida, como profissionais da educação, como mãe e filha e, no meu caso, como uma pessoa que superou muitos desafios desde a primeira infância por sequelas de uma paralisia cerebral”.


*Este artigo é um publieditorial do Studio PN. Para saber como ver a notícia da sua empresa aqui, escreva para Daniela Carqueijó no e-mail comercial@publishnews.com.br com o assunto "Publieditorial".

[03/09/2024 11:00:00]