Novo Prêmio Pallas de Literatura 2024 terá curadoria de Henrique Rodrigues
PublishNews, Redação, 16/05/2024
Edição de estreia comemora o meio século da editora carioca e pretende premiar um romance inédito de autor autodeclarado negro; além de ter sua obra publicada, vencedor ganhará uma mentoria com o escritor e curador

Henrique Rodrigues | © Monica Ramalho
Henrique Rodrigues | © Monica Ramalho
Em comemoração aos seus 50 anos de história a Pallas Editora anuncia a primeira edição do Prêmio Pallas de Literatura 2024, com curadoria do escritor e colunista do PublishNews Henrique Rodrigues. As inscrições abrem às 12h do dia 3 de junho e se estendem até às 15h do dia 28 de junho.

O resultado será divulgado em setembro, e o livro, publicado em 2025, quando a Pallas completará meio século em atividade. A iniciativa objetiva descobrir novos autores negros e oferecer a eles a primeira oportunidade de publicar um romance no país.

Para concorrer ao prêmio, o romance deve ter entre 120 mil e 500 mil caracteres, com espaços, e estar no formato PDF. O candidato não pode ter nenhum romance publicado, considerando que o prêmio é voltado para autores inéditos nessa categoria, e não deve se identificar de nenhuma forma a fim de garantir que a avaliação do júri seja baseada apenas na qualidade literária da obra.

Podem se candidatar brasileiros e estrangeiros residentes no Brasil e autodeclarados negros, a partir de 18 anos. De temática livre, os originais devem ser anexados ao formulário que exige preenchimento e estará disponível no site do Prêmio Pallas.

Além de publicar a obra, quem vencer ganhará uma mentoria com o escritor Henrique Rodrigues, escolhido pela editora para ser o curador do Prêmio Pallas de Literatura 2024. Nessa etapa, ele vai compartilhar a sua experiência sobre a cena contemporânea, como funcionam os eventos da área e o mercado de livros em geral.

"É uma premiação muito bem-vinda na cena literária brasileira, em que grandes autores e autoras sonham com a oportunidade de ter o seu livro publicado numa editora como a Pallas. Vale lembrar que o conteúdo do romance inscrito é totalmente livre", afirma Henrique.

"Comemorar 50 anos é comemorar a consolidação de um trabalho de recuperação dos saberes afro-brasileiros e afrodescendentes e da visibilidade de autores, pesquisadores e ilustradores que trabalham com essa temática valorizando a contribuição dos africanos que aqui chegaram e construíram esse país e que são sub-representados nos espaços de poder e na produção intelectual", afirma a editora Mariana Warth.

Cristina e Mariana Warth | © Acervo familiar
Cristina e Mariana Warth | © Acervo familiar
Mariana atua há 23 anos na editora fundada pelo seu avô, Antonio Carlos Fernandes, com outros sócios, e comandada desde 2003 pela sua mãe, Cristina Fernandes Warth. "O prêmio traz frescor e mobiliza, tanto autores quanto leitores. E é também uma forma de marcar novos projetos. Afinal, 50 anos marcam tradição mas também vanguarda no trabalho de discutir os saberes africanos e afro-brasileiros em diversos campos da cultura e conhecimento", diz Cristina.


[16/05/2024 10:00:00]