Mauricio Stycer participa de bate-papo e sessão de autógrafos do livro sobre Gilberto Braga
PublishNews, Redação, 30/01/2024
Jornalista e escritor lança 'Gilberto Braga, o Balzac da Globo' (Intrínseca) nesta terça (30), no Rio de Janeiro

Mauricio Stycer e Gilberto Braga © Paulo Severo
Mauricio Stycer e Gilberto Braga © Paulo Severo
O jornalista e escritor Mauricio Stycer se reúne com o dramaturgo Ricardo Linhares em um bate-papo sobre o livro Gilberto Braga, o Balzac da Globo (Intrínseca) nesta terça-feira (30), na Livraria da Travessa do Shopping Leblon (Av. Afrânio de Melo Franco, 290 – Rio de Janeiro / RJ). O evento, que também incluirá uma sessão de autógrafos com o autor, começa às 18h30.

Na obra, Mauricio e Artur Xexéo, falecido em 2021, retratam a trajetória de um dos maiores novelistas da história da televisão brasileira. “Balzac da Globo” é como Artur Xexéo e Mauricio Stycer se referem a Gilberto Braga, que era assim chamado por causa das temáticas abordadas pelo dramaturgo em suas novelas, que incluíam dinheiro, ambição e vingança. A mente fértil de Gilberto para criar histórias tem raízes nos acontecimentos de sua própria vida — que daria, por si só, uma novela, como a dupla de jornalistas nos apresenta na biografia, lançada em janeiro pela Intrínseca.

As histórias contadas por Xexéo e Stycer sobre a infância e a juventude de Gilberto Braga, que se dividiu entre a Tijuca e a Zona Sul do Rio de Janeiro, explicam o porquê de o autor ter se tornado um retratista tão prolífico das classes média e alta. Muitas narrativas presentes nas novelas de Gilberto foram baseadas nas vivências dele, que nunca abandonou o olhar crítico porém sensível.

A obra remonta aos primeiros anos da carreira de Gilberto, quando foi professor da Aliança Francesa e crítico de teatro de O Globo. As páginas também relatam como teve início o trabalho do dramaturgo na televisão, após um convite de Daniel Filho, além das dificuldades que enfrentou ao longo de sua jornada profissional. O livro é, ainda, um tributo às novelas de Gilberto por parte dos autores, que dão ao leitor a chance de relembrar tramas e conhecer muitas curiosidades sobre as produções. A biografia conta com depoimentos de artistas que puderam trabalhar ao lado do mestre, conhecido pelo pioneirismo na TV ao tratar de temas considerados tabus, como racismo e sexualidade.

“Muitas qualidades foram atribuídas a Anos dourados, mas o que ficou para Malu Mader, ‘além do forte traço feminista’, foi ‘o elogio à bondade dos personagens’, segundo ela, algo incomum na obra de Gilberto. A atriz tem razão ao observar que o novelista é mais festejado como um grande criador de vilãs e vilões. Marcos e Lurdinha, apesar de bons, eram cativantes e interessantes. ‘Me orgulha ter feito uma personagem por onde ele expressou tão bem a transformação pelo amor.’ Malu conta que, assim como Lurdinha, ela própria foi se transformando ao longo da história. Durante as gravações da minissérie, decidiu sair da casa dos pais e morar sozinha. ‘Anos dourados me mostrou a dimensão mais profunda e mágica da profissão.’”

Além de homenagear o dramaturgo, a biografia celebra o trabalho de Artur Xexéo, falecido em 2021, aos 69 anos. A voz do jornalista é amplificada por Mauricio Stycer, que recebeu a missão de finalizar o manuscrito.

[30/01/2024 09:00:00]